Park Jihyo e bichinhos de pelúcia.

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— E foi assim que conseguimos vir te buscar. — Nayeon contava em seu típico tom animado, enquanto tinha os braços da namorada ao redor da sua cintura.

Nayeon e Jihyo trocavam algumas carícias encostadas próximas a pia, Jeongyeon parecia focada em ajudar a sogra a cozinhar, mas hora ou outra alimentava a namorada mais baixa que pedia por um pedaço da carne que preparava. Tzuyu e Sana, ambas sentadas na mesa, observavam as interações ainda um pouco tímidas, mas permitiam-se sorrir diante de algumas piadas e birras. Era realmente bonito de ver a forma que elas agiam e o quanto eram maduras pra levar uma relação como a delas para frente.

Desde que chegaram, ambas sentiram-se extremamente bem recebidas, fosse pelo forte abraço que ganharam da mulher tatuada ou pela forma que a conversa estava fluindo bem, mesmo estando ali há apenas uma hora. A casa também era extremamente aconchegante e arejada, com grandes janelas de madeira que permitiam que uma brisa leve dominasse o ambiente e pela decoração típica da região, denunciando os tantos anos que a casa provavelmente já vivera.

— Vocês não fazem ideia do quanto essa garota estava emburrada pela casa. — A mãe de Jihyo anunciou, cortando algumas verduras para colocar no molho que usaria.

A mulher tinha cabelos um pouco grisalhos que denunciavam a sua idade, mas aparentava ter a energia de uma mulher jovem.

— Mãe... — A de cabelos rosados quase puxado para loiro já sentia o rubor nas bochechas. Não ligava de parecer boba na frente das namoradas, mas ela tinha visitas agora.

— E eu não estou mentindo. — A mulher arrancou risadas não só das duas figuras já acostumadas com o seu humor, mas também de Tzuyu e Sana, que achavam graça da situação constrangedora que a senhora iniciou. — "Ah droga... O que eu faço, mãe?"

Park Juliana, ou Julie, como alguns chamavam, imitou o tom da filha.

— Vai me constranger na frente das visitas... — Jihyo murmurou revirando os olhos. Sua mãe adorava as raras vezes que tinha visita em sua casa, era sempre mais um motivo para queimar o seu filme.

— Não tem problema, eu não me importo. — Tzuyu brincou com o típico sorriso sacana nos lábios. Um fato sobre ela, era que não demorava muito para se enturmar, seja onde fosse. — Você se importa, Sana? — Não bastava entrar na pilha da mais velha ali, ela também tinha que incluir a loira.

— Bom... — Sana ponderou.

Jihyo arqueou a sobrancelha na direção das duas, como se pudesse queimá-las com o olhar. Talvez ela quisesse.

— Vocês duas... — Foi tudo o que ela conseguiu proferir, dando um sorriso incrédulo e negando com a cabeça.

Tzuyu divertia-se com a situação quando sentiu um leve toque na barra de sua camisa por debaixo da mesa, a pequena mão da loira ao seu lado agarrava o tecido com certa força. Sem entender muito bem, a morena olhou para Sana que parecia querer falar com o olhar.

— Não implique com alguém que conhecemos agora. — Sama somente sussurrou, bem baixo, mas Tzuyu compreendeu e deu de ombros.

Nayeon riu baixo, quase de forma inaudível enquanto sentia o calor dos braços da namorada ao redor da sua cintura. Ela sabia que Tzuyu e Jihyo tinham coisas em comum e duas delas eram; o humor ácido e o incrível dom de adorar implicar com tudo.

Tzuyu fez uma careta em direção a Sana que revirou os olhos, a morena resolveu não dar bola para o possível constrangimento da mais baixa e logo voltou a sua atenção a conversa.

— Eu também quero um pouco, amor. — Jihyo pediu manhosa a Jeongyeon, que agora cortava em cubinhos a carne que a ofereceu antes.

Jeongyeon não hesitou em parar o que fazia para levar o pequeno pedaço para a namorada.

Acaso Prometido || SatzuOnde histórias criam vida. Descubra agora