capitulo 12 : o conflito interno

4 1 0
                                    

Após o confronto contra seu pai, Erza se distanciava cada vez mais de seus amigos, até mesmo do mestre. A batalha interna que travava era feroz, e a guilda parecia um lugar distante e solene. Ela estava sempre envolvida em trabalhos, como se cada missão fosse uma forma de escapar dos seus próprios demônios. O tempo passava e, aos poucos, ela se tornava uma sombra do que era.

Um dia, Makarov, preocupado com o estado de Erza, não conseguiu mais se conter. Com firmeza, ele a convocou: "Descanse! É uma ordem como mestre." Erza fechou a mão com força, lutando contra a vontade de obedecer. O mestre continuou: "Você não percebe que está se matando aos poucos? Não come, não descansa... Você parece uma múmia. Agora descanse. Tudo vai ficar bem."

As palavras de Makarov ecoaram no ar tenso da sala quando, de repente, alguém entrou pela porta. Era Laxus. Ele aparecia como um trovão em um céu claro, e sua presença imediatamente alterou o clima do ambiente. Sem pensar duas vezes, ele atacou Erza com um movimento rápido e preciso. No entanto, ela desviou com facilidade e lançou um olhar feroz para ele.

"Soubesse que está causando problemas, Erza?" Laxus disse cinicamente, seu sorriso desafiador refletindo a tensão que pairava no ar.

Erza não hesitou em responder com a mesma intensidade: "Problemas? Você não faz ideia do que é um verdadeiro problema. Tentar me intimidar só revela o quão fraco você realmente é."

A sala ficou em silêncio enquanto os dois trocavam farpas afiadas. Natsu, percebendo a tensão crescente entre eles, aproximou-se de Makarov e disse: "Mestre, não acha melhor parar essa briga?"

Makarov respondeu com seriedade: "Não. Ambos precisam aprender uma lição."

Erza continuou a encarar Laxus com olhos ardentes. "Você pode ser forte, Laxus, mas força não é tudo. O que você sabe sobre lutar contra os próprios fantasmas? Eu enfrento monstros que você nem consegue imaginar."

"Monstros? Por favor," Laxus respondeu com desdém. "Você está apenas se escondendo atrás de uma armadura de bravura. A verdade é que você está sozinha nessa luta."

O olhar de Erza se tornou ainda mais intenso. "Sozinha? Nunca estive sozinha! Mesmo quando estou lutando minhas batalhas internas, tenho amigos que se preocupam comigo — algo que você nunca entenderá."

"Amigos? Isso é apenas uma fraqueza disfarçada," Laxus retorquiu, cruzando os braços. "A verdadeira força vem da solidão."

Erza respirou fundo antes de continuar: "Talvez você tenha razão sobre a solidão em alguns aspectos, mas eu escolho lutar ao lado daqueles que amo. E isso me faz mais forte do que você jamais será."

As palavras dela ressoaram na sala como um eco poderoso. Laxus ficou em silêncio por um momento, como se estivesse considerando suas próprias escolhas e o peso delas.

"Se você acha que isso é força," ele respondeu finalmente, sua voz mais baixa mas ainda desafiadora, "então continue vivendo nessa ilusão."

A tensão entre eles era palpável, mas naquele momento Makarov interveio novamente: "Basta! Vocês dois precisam entender que cada um tem suas próprias batalhas para enfrentar. Não deixem que isso os divida ainda mais."

Erza e Laxus mantiveram o olhar fixo um no outro por alguns instantes antes de finalmente se afastarem lentamente — cada um mergulhando em seus próprios pensamentos.

Enquanto isso, Makarov observava com preocupação a dinâmica entre eles. Ele sabia que as lutas internas eram complicadas e difíceis de superar; mas também entendia que cada desafio poderia ser uma oportunidade para crescer.

O RENASCER Onde histórias criam vida. Descubra agora