O RENASCER

capitulo 17 : O conflito de corações

Akito e Erza estavam cada vez mais próximos, compartilhando momentos que deixavam os membros da guilda com a impressão de que eles estavam namorando. A química entre eles era inegável e todos podiam ver a felicidade nos olhos de Erza quando estava ao lado de Akito. No entanto, em um dia qualquer, tudo mudou com a chegada inesperada de Jellal.

Jellal voltou de uma missão, decidido a reconquistar Erza e pedir seu perdão. Assim que ele entrou na guilda, o clima ficou pesado. Os risos e conversas animadas se silenciaram instantaneamente, enquanto todos desviavam os olhares para o recém-chegado. Erza, percebendo sua presença, sentiu seu coração acelerar. Ela acreditava que ele demoraria muito mais para voltar, e o fato de ele estar ali a deixou tensa.

A primeira coisa que Jellal notou foi Erza ao lado de Akito. Seu olhar se fixou na dupla, e uma onda de ciúmes tomou conta dele ao ver aquela figura masculina tão próxima da mulher que ele sempre considerou sua. Com passos firmes e decididos, Jellal caminhou até eles, sua expressão era uma mistura de raiva e determinação.

“Olha, tá vendo essa mulher do seu lado? Ela é minha,” começou ele, sua voz carregada de possessividade. “Nós até já tivemos um filho. Então, cara, fica na sua.” O impacto das palavras foi como um soco no estômago para todos os presentes. Depois de jogar essa bomba no ar, Jellal simplesmente se virou e saiu.

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Todos estavam em choque, exceto o mestre Mirajane, Gray, Lucy e Wendy, que observavam a cena com expressões de surpresa e preocupação. Erza olhou rapidamente para Akito e sussurrou um pedido de desculpas tão baixo que mal conseguiu ouvir.

Akito estava em estado de choque e raiva. Como ela pôde esconder isso dele? O desprezo tomou conta dele ao olhar para Erza; ela havia se tornado uma estranha em um instante. Ele não conseguia acreditar que ela tinha um passado tão complexo e não havia compartilhado isso com ele. Com um olhar ferido e desapontado, Akito se afastou dela.

Erza tentou detê-lo, mas ele a olhou com uma intensidade que a fez sentir como se estivesse sendo julgada por algo muito mais profundo do que suas palavras poderiam expressar. Ninguém nunca havia visto Akito daquela forma; seus amigos também estavam decepcionados com a situação.

Com o coração pesado e os olhos cheios de lágrimas contidas, Erza desviou o olhar para o chão. Embora tentasse parecer normal diante dos outros, seus amigos sabiam que ela não estava bem. Ela decidiu sair do salão rapidamente e subiu as escadas em busca de um lugar para descansar sua mente confusa.

Natsu observava tudo com um olhar feroz; a traição era algo que ele não poderia perdoar facilmente. Para ele, Jellal havia cruzado uma linha ao interferir na vida de Erza dessa maneira. A amizade deles era forte, mas Natsu estava determinado a deixar claro que não aceitaria esse tipo de desrespeito.

Enquanto isso, na solidão do seu quarto, Erza se permitiu sentir a dor da traição e da confusão. As memórias do passado voltaram à tona – momentos felizes ao lado de Jellal antes da separação dolorosa. Ela sabia que precisava esclarecer as coisas com Akito; eles haviam construído algo bonito juntos e não queria perder isso por causa das revelações inesperadas.

Erza refletiu sobre suas escolhas enquanto olhava pela janela. O céu estava nublado, refletindo seu estado emocional turbulento. O peso das palavras de Jellal ainda ecoava em sua mente: “Ela é minha.” Aquela frase ressoava como um lembrete constante do passado que ela tentava deixar pra trás.

No dia seguinte, Erza decidiu enfrentar a situação diretamente. Sabia que precisava conversar com Akito antes que as coisas piorassem ainda mais entre eles. Ela desceu as escadas da guilda com determinação renovada e encontrou Natsu no bar.

“Preciso falar com Akito,” disse ela para Natsu, tentando esconder suas inseguranças.

“Você acha mesmo que isso é uma boa ideia?” Natsu perguntou com preocupação evidente em seu tom.

“Eu preciso explicar tudo para ele,” respondeu Erza firmemente.

Natsu suspirou mas percebeu que não poderia impedi-la; ele apenas queria proteger sua amiga dos possíveis danos emocionais causados por essa situação complicada.

Erza encontrou Akito sentado sozinho em uma mesa afastada da guilda. Ele parecia perdido em pensamentos sombrios enquanto mexia em sua bebida sem prestar atenção ao ambiente ao redor. Quando ela se aproximou, ele levantou os olhos lentamente.

“Akito...” começou ela hesitante.

“Por favor,” interrompeu ele friamente. “Não venha me dizer nada agora.”

“Eu só quero explicar,” insistiu Erza.

“Explicar o quê? Que você escondeu algo tão importante de mim? Você me fez acreditar em algo que não era real!” A dor na voz dele era palpável.

Erza sentiu seu coração apertar ao ouvir suas palavras; ela sabia que tinha cometido um erro ao não compartilhar seu passado antes. “Eu sei que errei,” disse ela suavemente. “Mas você precisa entender...”

“Entender o quê?” Akito disparou com raiva crescente. “Que você teve um filho com outro cara? Que eu fui apenas um passatempo?”

Erza sentiu lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto tentava encontrar as palavras certas para explicar sua história sem ferir ainda mais os sentimentos dele. “Jellal é parte do meu passado... Eu pensei ter deixado isso para trás.”

Nesse momento tenso entre eles, os sentimentos à flor da pele pareciam quase insuportáveis. Era como se o mundo ao redor tivesse desaparecido; tudo o que restava eram dois corações lutando contra tempestades emocionais internas – amor versus dor – ambos perdidos em meio ao caos das revelações inesperadas.

Enquanto isso na guilda, os outros membros observavam preocupados pela janela; sabiam que aquele momento era crucial para Erza e Akito decidirem o futuro deles juntos ou separados – mas ninguém poderia prever qual seria o desfecho dessa história repleta de amor e conflitos emocionais intensos.

A batalha entre corações estava apenas começando…