capitulo 9 : o peso da decisão

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Erza estava em um turbilhão de emoções, sua mente ainda presa nas lembranças daquela missão aterrorizante. O homem batendo em Wendy, a dor e o desespero que ela sentira, tudo isso a perseguia como sombras. A Guilda, normalmente um refúgio seguro, agora parecia sufocante, cheia de risos que contrastavam com seu próprio tormento. Ela não entendia o motivo pelo qual Wendy a evitava; talvez fosse culpa dela, talvez tivesse falhado em protegê-la.

Quando a ideia de que poderia ter perdido o controle novamente surgiu em sua mente, Erza se levantou abruptamente. O bar ficou em silêncio por um momento, todos os olhares se voltando para ela. O Mestre, sempre atento, apenas assentiu com compreensão. Aquela confirmação foi suficiente para fazer seu coração disparar. Maldição! Eu perdi o controle novamente! Essa ideia a consumia.

Ela não queria que seus amigos vissem sua fraqueza. O peso da responsabilidade era esmagador e, ao invés de buscar apoio, Erza preferiu se isolar. Com passos apressados, ela se dirigiu ao banheiro, onde poderia se esconder da curiosidade alheia e das perguntas que não queria responder. Ao se ajoelhar no chão frio do banheiro, olhou para suas mãos trêmulas e as lágrimas começaram a escorregar pelo seu rosto.

“Não, não, não pode acontecer novamente!” pensou Erza angustiada. Lembranças do passado invadiam sua mente como uma tempestade incontrolável. Ela se levantou rapidamente e lavou o rosto na pia, tentando afastar as memórias dolorosas. Mas ao olhar para o espelho, não viu seu próprio reflexo; em vez disso, viu o dragão que habitava dentro dela.

A imagem a fez trincar os lábios de raiva e frustração. Aquela força que sempre fora uma bênção agora parecia uma maldição. "Maldito corpo amaldiçoado", pensou enquanto apertava a pia com tanta força que ela se partiu ao meio sob sua pressão.

O barulho do vidro quebrando ecoou pelo banheiro vazio e foi como um chamado à ação dentro dela. Erza sabia que precisava agir, precisava proteger Wendy e seus amigos. Mas isso significava enfrentar seus próprios demônios sozinha. Ela não queria arrastar ninguém para essa luta interna; não queria que eles vissem sua dor ou fraqueza.

Determinada a resolver tudo por conta própria, Erza saiu do banheiro com um novo propósito pulsando em suas veias. A decisão estava tomada: enfrentaria tudo sozinha. Não importava quão difícil ou perigoso fosse; ela carregaria esse fardo sozinha.

Ao voltar para o bar, sentiu os olhares dos amigos sobre ela novamente. Mas agora havia uma nova determinação em seu olhar — uma determinação feroz que refletia sua vontade de proteger aqueles que amava a qualquer custo. Ela tomou um lugar na mesa e começou a planejar suas ações em silêncio.

Erza sabia que precisaria ser astuta e estratégica. Não poderia deixar rastros que pudessem levar seus amigos a se preocuparem ou tentarem intervir. Cada passo teria que ser calculado; cada movimento cuidadosamente pensado para garantir que ninguém mais fosse ferido por causa de suas escolhas.

Ela observou os rostos sorridentes ao seu redor e sentiu uma pontada de dor no peito ao perceber o quanto valorizava cada um deles — mas essa dor só reforçou sua determinação. "Eu farei isso sozinha", murmurou para si mesma.

Nos dias seguintes, Erza começou a investigar por conta própria sobre aquele homem da missão anterior e qualquer pista sobre suas intenções futuras. Ela se infiltrou em locais onde sabia que poderia encontrar informações sem levantar suspeitas. Cada encontro era uma batalha interna: enquanto lutava contra os inimigos externos, também lutava contra seus próprios medos e inseguranças.

A cada revelação sobre aquele homem sombrio, Erza sentia uma mistura de raiva e tristeza. Era como se estivesse revivendo cada momento doloroso da missão original — mas ela estava determinada a não deixar isso a consumir novamente.

Porém, à medida que avançava mais fundo nessa busca solitária, Erza começou a perceber as consequências de suas escolhas: as noites sem dormir tornavam-se mais longas; as feridas emocionais mais profundas; e a solidão começava a pesar sobre seus ombros como uma armadura insuportável.

Mas ainda assim ela insistia: “Eu posso fazer isso”. O desejo de proteger seus amigos era mais forte do que qualquer dor ou medo que pudesse sentir.

Finalmente, após semanas de investigação solitária e confrontos arriscados com figuras obscuras do passado de Wendy e da própria Erza, ela encontrou informações cruciais sobre o homem que milagrosamente avia escapado  — ele estava planejando algo grande novamente.

Agora era hora de agir decisivamente.

E mesmo Erza sobrecarregada decidiu que não podia envolver seus amigos.  Erza com seus olhar determinado falou  eu irei  destruir os meu demônios internos  sozinha, não preciso de ninguém eu sempre fui sozinha mesmo mais um pouco de tempo não vai fazer diferença, depois de desabafar ela foi em direção a Guilda.

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