01: Herdeiros do Submundo.

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O sol estava brilhando forte naquele dia, refletindo no mar cristalino enquanto eu e Luna acelerávamos nossos jets

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O sol estava brilhando forte naquele dia, refletindo no mar cristalino enquanto eu e Luna acelerávamos nossos jets. A brisa do mar batia no rosto, trazendo uma sensação de liberdade que poucos no nosso mundo poderiam entender. O som dos motores ressoava como música, um lembrete de que, por mais que nossa vida fosse cercada de sombras e perigos, ainda havia momentos em que podíamos simplesmente aproveitar o poder que tínhamos nas mãos.

— Você acha que vai conseguir me acompanhar? — gritou Luna, com aquele sorriso provocador que ela sempre usava quando queria me desafiar.

— Tô mais preocupado com você se afogando se tentar me passar — respondi, acelerando ainda mais e deixando um rastro de espuma no mar. Não era só uma questão de quem era mais rápido. Era sobre quem dominava o jogo, e eu nunca deixei ninguém esquecer quem estava no controle.

Luna sempre foi assim, uma força da natureza. Crescemos juntos, primeiro na Suíça, onde nossos pais firmaram uma aliança que iria moldar o futuro de milhões de vidas. Estudamos nas melhores escolas, rodeados de luxo e segurança, mas sempre soubemos que o nosso destino estava longe de ser normal. No meio de aulas de história e equações, aprendemos a negociar, a manipular, a dominar. E acima de tudo, prometi a mim mesmo que, não importa o que acontecesse, eu daria a vida por ela se fosse necessário.

Depois de alguns minutos, reduzimos a velocidade e deixamos os jets deslizarem até pararem perto da costa. Saltamos na água rasa, e eu assisti enquanto Luna tirava o capacete, sacudindo o cabelo molhado. Mesmo depois de anos, era difícil não admirar aquela garota que havia crescido ao meu lado. Forte, independente, e perigosa quando queria ser.

— Bom, pelo menos você ainda sabe pilotar — brincou ela, piscando para mim.

— Acho que você só tentou me distrair com esse charme todo, mas não deu certo — respondi com um sorriso, pegando a mão dela para ajudá-la a sair da água.

— Vamos, vou te mostrar o que significa relaxar de verdade — falei, já me dirigindo ao bar improvisado na praia onde um dos nossos homens estava nos esperando com drinks prontos.

Sentados sob uma tenda, o som do gelo nos copos era o único ruído além do mar. Peguei um drink e entreguei para Luna antes de erguer o meu.

— Às alianças que nos trouxeram até aqui — eu disse, tocando o copo dela com o meu.

— Às alianças... e a tudo que elas nos proporcionaram — ela completou, antes de tomar um gole. — Você realmente pensa em tudo, não é, Matteo? Como seu pai.

— Só aprendi com o melhor — respondi, olhando para o horizonte. — Ele me ensinou que poder não é só sobre quem tem mais armas ou dinheiro. É sobre saber quando e como usá-los. E eu sempre vou usar o meu para proteger você.

Luna sorriu, mas o olhar dela ficou um pouco mais sério, um contraste com o ambiente descontraído. — Matteo, às vezes eu penso... a que custo? Nossos pais... toda essa vida... será que algum dia vamos poder realmente nos livrar disso?

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