12: A Tensão Crescendo

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LUNA MARTINS:

Assim que chegamos em casa, a atmosfera estava carregada de um tipo de eletricidade que eu não conseguia ignorar. Dylan entrou primeiro, com aquele seu jeito confiante, como se nada pudesse abalar seu mundo. Eu o segui, tentando disfarçar a mistura de sentimentos que borbulhavam dentro de mim. A raiva, a atração e a determinação se entrelaçavam, formando uma tempestade que eu precisava controlar.

Ele se acomodou no sofá, sua expressão ainda carregando o peso da noite anterior. Era uma mistura de frustração e poder, e eu sabia que precisava usar isso a meu favor. O plano que eu traçara se desenrolava na minha mente, e a próxima fase envolvia sedução.

Aproximei-me dele lentamente, tentando captar cada nuance de sua expressão. O que eu realmente queria era que ele não percebesse o que eu estava fazendo. O olhar dele era penetrante, quase como se ele estivesse esperando que eu dissesse algo, mas eu não tinha palavras. Em vez disso, optei pela ação.

Com um movimento suave, me inclinei para frente e o beijei. O toque dos meus lábios contra os dele era ao mesmo tempo tenso e elétrico. Ele ficou paralisado por um breve momento, surpreso com minha ousadia. Mas logo ele se entregou, respondendo ao beijo com uma intensidade que me pegou de surpresa.

Nossas bocas se moveram em um ritmo frenético, e eu me aproximei ainda mais, sentando-me ao seu lado. O cheiro do seu perfume misturado com o aroma do couro do sofá me envolveu, e eu sabia que precisava aproveitar essa oportunidade. A paixão entre nós parecia estar em ebulição, e eu queria que ele se esquecesse de tudo ao nosso redor.

— O que foi isso? — ele murmurou quando nos separamos, sua respiração acelerada traindo a vulnerabilidade que eu não esperava ver.

— Apenas uma forma de agradecer por me trazer para casa — respondi, sorrindo de maneira provocativa. O truque era fazer com que ele acreditasse que o beijo era espontâneo, enquanto na verdade, era parte do meu plano.

Ele arqueou uma sobrancelha, ainda tentando decifrar meus movimentos.

— Você sabe que isso não muda nada, não é? — disse ele, a voz cheia de um desafio. Mas havia algo nos seus olhos que denunciava uma curiosidade crescente.

— E se mudasse? — respondi, me inclinado um pouco mais perto, criando uma tensão palpável. — Você realmente quer que eu seja apenas uma peão em seu jogo? Ou talvez... você queira algo mais?

A resposta não veio de imediato. Ele me observava, a expressão em seu rosto mudando rapidamente. Eu podia ver a luta interna, a necessidade de controlar cada situação, e ao mesmo tempo, a tentação de se deixar levar. O poder que eu tinha naquele momento era uma arma afiada, e eu estava determinada a usá-la.

— Você está jogando um jogo perigoso — ele finalmente disse, seu olhar fixo em mim, uma mistura de advertência e fascínio.

— Eu sempre joguei jogos perigosos, Dylan. E você, por acaso, se lembra da última vez que jogou? — Eu me inclinei um pouco mais para frente, a provocação em minha voz clara como cristal.

Dylan sorriu, mas era um sorriso sombrio. Ele inclinou-se um pouco, os nossos rostos quase se tocando.

— Você pode se machucar nesse jogo. Eu não vou ser responsável por isso.

— O que você tem medo, Dylan? De se apaixonar por alguém que pode te destruir? — O tom da minha voz tinha mudado. Eu estava flertando com o perigo, e cada palavra era uma provocação deliberada.

— Não estou preocupado com isso — ele respondeu, mas a intensidade em seu olhar traiu sua afirmação.

Nesse momento, um impulso de coragem tomou conta de mim. Eu sabia que ele precisava sentir que eu era mais do que apenas uma arma em seu arsenal; eu precisava ser alguém que ele temesse perder.

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