02: Confronto Sombrio.

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LUNA MARTINS

Estava ocupada arrumando minhas malas, preparativa para a viagem a São Paulo, onde uma nova boate estava prestes a abrir. Era mais uma adição ao meu império global, e a empolgação da inauguração sempre me energizava. Matteo estava em casa, lidando com seus próprios compromissos, incluindo uma ligação com Angel, uma das suas envolventes distrações.

— Boa sorte na inauguração — ele me disse, distraído com o celular, enquanto eu me preparava para sair.

— Não se preocupe com isso. Eu sempre faço tudo dar certo — respondi, dando-lhe um rápido beijo nos lábios antes de embarcar no carro que me levaria ao aeroporto.

A viagem para São Paulo foi tranquila, e ao chegar, fui direto para o hotel onde me hospedaria. O glamour da cidade não era novidade para mim, mas a adrenalina de uma nova abertura sempre trazia uma emoção única. A noite prometia ser memorável.

No hotel, comecei a preparação com o cuidado de sempre. O cabelo estava impecável, e o vestido vermelho que escolhi estava simplesmente deslumbrante. Era justo e longo, com uma fenda enorme na coxa que ia até quase o começo da minha cintura. O batom vermelho realçava o brilho dos meus lábios, e as luvas vermelhas completavam o visual. O peito estava bem à mostra, e um cordão de rubi pendia no meu pescoço, como um símbolo de poder e elegância.

Quando estava finalmente pronta, saí do hotel e o motorista já me esperava para nos levar até a boate. A expectativa era palpável, e eu sabia que a noite seria um sucesso. A boate em São Paulo era estratégica, projetada para atrair apenas os homens mais poderosos e influentes. A fachada externa não chamava a atenção, mas por dentro era pura opulência.

Ao chegar à boate, a recepção foi calorosa. Os homens de terno, os empresários e os políticos que frequentavam o local eram parte do círculo social que eu havia criado. Cumprimentei alguns deles, sempre com um sorriso confiante e uma mão firme. O ambiente estava vibrante, com dançarinas, que preferia chamar de "Angels", se apresentando com lingeries feitas sob medida para o evento.

— Suzy, como está tudo? — perguntei à gerente, enquanto estava perto do bar, conversando com ela.

A música pulsava, e o clima estava perfeito. Mas a noite tomou um rumo inesperado quando homens de terno preto e armados entraram no local. Seus passos pesados ecoaram no chão de mármore, e eu imediatamente percebi que algo estava errado.

— O que está acontecendo? — perguntei a Suzy, tentando manter a calma.

Antes que ela pudesse responder, os homens se dirigiram para mim. Um deles, um homem alto com olhos verdes penetrantes, avançou na minha direção. Seus olhos eram implacáveis, e seu olhar fazia com que eu me sentisse desconfortável.

— Você é Luna Martins? — ele perguntou, com um tom que não deixava espaço para dúvidas.

— Sim, sou eu. — Falei, tentando manter a compostura. — E quem é você?

— Meu nome não importa muito agora — respondeu ele, com um sorriso frio. — O que importa é que você vai me acompanhar, por bem ou por mal.

Ri da situação, não acreditando que isso estava acontecendo na minha própria inauguração.

— Você sabe quem eu sou? — perguntei, desafiadora.

— Sim, eu sei. E ainda assim, você vai ter que vir — ele disse, avançando para mim. Sem esperar uma resposta, ele segurou meus braços com força, me forçando a sair do local.

— Não, hoje é a inauguração da minha boate. Não posso simplesmente sair assim — protestei, tentando me desvencilhar.

— Não estou nem um pouco preocupado com a sua inauguração — ele respondeu, com um tom de desdém. — Isso não é uma negociação.

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