•O diabo veste grife•

Capítulo 13

•Narrador•

A noite estava clara, e as luzes brilhantes de Nova York iluminavam o terraço do edifício moderno onde Addison Montgomery comandava sua bem-sucedida empresa. O vento suave carregava o cheiro de outono, e as estrelas, ainda que ofuscadas pela iluminação da cidade, estavam presentes no céu. De fato, algo lindo.
  Addison e Meredith estavam de pé, lado a lado, com a cidade que nunca dorme aos seus pés. Era o tipo de momento que parecia ser retirado de um sonho, como um cenário perfeito para juras de amor, longe das pressões e tensões que geralmente dominavam suas vidas. A relação das duas havia enfrentado muitas provações, mas ali, sob o céu noturno de Nova York, tudo parecia simples e claro.

- Eu te amo, grey.

- Addie, o que... —antes mesmo de poder sequer continuar, addison tomou a frente.

A ruiva, com seus olhos brilhando e um sorriso suave, segurou a mão de Meredith.

- Eu nunca pensei que encontraria o amor de novo, especialmente em alguém que apareceu num piscar de olhos em minha vida —ela começou, sua voz carregada de emoção— Mas você, Meredith, me mostrou que o amor pode renascer das cinzas, e eu sou eternamente grata por isso. Você é meu lado alegre, meu lado compreensível... e, poxa vida, você é minha metade. Você me transborda.

Meredith, sentindo o coração aquecer com as palavras de Addison, apertou a mão dela de volta.

- Eu também nunca imaginei que estaríamos aqui, Addie. E só de pensar no primeiro dia em que coloquei os pés nessa empresa, meu deus, que caos! —a loira riu— Mas agora, olhando para tudo o que passamos, sei que foi para chegar a esse momento. Eu amo você, Addison Montgomery, e não há nada no mundo que eu queira mais do que passar minha vida ao seu lado.

Talvez fosse um tanto emocionado demais, todas essas juras, porém, as palavras pareciam suspensas no ar, como se o tempo tivesse parado apenas para elas. Mas, como tudo na vida, o momento de paz não durou. Elas foram interrompidas pelo som de passos pesados subindo as escadas que levavam ao terraço.   Addison e Meredith se viraram, e encontraram três homens desconhecidos, com olhares determinados e rostos inexpressivos.

Com o silêncio quase palpável, a ruiva decidiu intervir.

- Posso saber quem são vocês? —addison perguntou, seu tom misturando surpresa e suspeita.

Um dos homens, de estatura alta e corpo robusto, deu um passo à frente.

- Somos seguranças do prédio —ele respondeu sem hesitação— vocês precisam descer conosco.

Addison franziu a testa. Algo nos homens não parecia certo. Eles não usavam uniformes de segurança e, além disso, havia uma tensão palpável no ar que ela não pôde ignorar. Antes que ela pudesse falar mais, Meredith deu um passo em direção aos homens, confiando no que ouviu.
Mas a ruiva a segurou pelo pulso, impedindo-a de ir adiante.

- Vocês não são seguranças —Addison declarou com firmeza, seus olhos fixos nos deles.

A tensão no ar se intensificou imediatamente.

- O que quer dizer com isso?

- O que você escutou. —disse diretamente.

O homem mais robusto, irritado com a perspicácia de Addison, deu um passo à frente, sua paciência se esgotando.

- Quem é Addison Montgomery? —ele perguntou com voz dura, seus olhos perfurando ambas as mulheres.

Ambas também notaram as armas que eles carregavam, e tudo ali ficou mais claro ainda. Meredith viu o medo crescer nos olhos de Addison, algo que raramente acontecia. A mais velha estava prestes a responder, sua voz tremendo pela primeira vez em muito tempo, porém, antes que pudesse falar, Meredith, tomada pela necessidade de proteger a mulher que amava, gritou.

- EU! Eu sou Addison Montgomery! —os homens a encararam dos pés a cabeça, e sorriram— e quem são vocês?

O homem robusto, claramente exasperado com a situação, se moveu com rapidez, agarrando Meredith pelos braços com força, e arrastando-a para mais perto.

- Nada de perguntas —ele disse entre dentes, aproximando seu rosto do dela— Esse trabalho não é seu.

Addison tentou avançar, mas foi contida por outro homem que a segurou com força pelos ombros, impedindo qualquer movimento.

- Deixe-a ir! —addison gritou, lutando contra o aperto do homem. O pânico se espalhou por ela ao ver Meredith sendo levada— Eu sou a mulher que vocês querem —mas seus gritos caíram em ouvidos surdos.

Enquanto era arrastada em direção às escadas, Meredith tentou desesperadamente manter a compostura.

- Eu faço o que vocês quiserem, mas não machuquem ela —a loira implorou baixo para o homem que a segurava, com os olhos cheios de lágrimas, olhando para Addison.

O homem que segurava Meredith parou por um momento, claramente interessado na proposta. Ele olhou para o homem que segurava Addison.

- O que fazemos com essa aqui? —ele perguntou com desdém, enquanto apertava a mais velha.

O homem deu de ombros, não vendo importância na mulher, já que agora acreditavam ter capturado seu verdadeiro alvo.

- Tanto faz, apaga ela de uma vez, e deixa aí. Ela não importa mais.

Meredith, em um misto de pânico e desespero, gritou

- Eu disse para não machucá-la! —sua voz era quebrada, cheia de terror pelo que poderia acontecer.

Agora, fora da vista de Meredith, o homem que segurava Addison olhou para ela com um sorriso malicioso.

- Tão linda... —ele murmurou, sua voz baixa e cruel— Pena que recebo ordens.

Addison tentou lutar, mas estava em desvantagem. O homem se aproximou e, com um golpe preciso, a deixou inconsciente. Seu corpo caiu suavemente no chão do terraço, os cabelos ruivos se espalhando ao redor de sua cabeça como um halo macabro. A escuridão envolveu sua visão, e a última coisa que viu foi o rosto de meredith enquanto era levada, sua expressão cheia de medo e dor.

Meredith foi arrastada para fora, suas palavras e gritos ecoando sem resposta. Addison ficou para trás, inerte no terraço frio e vazio, sob as luzes da cidade que ela tanto amava, agora desacordada e sem ajuda, à mercê dos eventos que estavam além do seu controle.

Mas afinal, quem eram eles?

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Voltei, mas acho que era melhor ter ficado sumida! KKKKKK boa sorte pra vocês.