Capítulo 3

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Meredith•

A expressão de Sofia era de espanto, e como ela não podia gritar pois estávamos em público, ela apenas me chacoalhou. Me deixando tonta.

- Meredith grey, sua safada!

-Ai Sofia! —reclamei da chacoalhada— safada? Por que?? Apenas fiz uma pergunta qualquer.

- Sei... e, respondendo essa sua "pergunta qualquer" —ela debochou de mim— sim, a soberana é casada.

Eu esperava uma resposta como essa mesmo, mas ela me afetou mais do que deveria. Ou mais do que eu pensei que fosse afetar. Mas, é claro que addison seria casada, a mulher é literalmente sem erros. Não consigo imaginar ela acordando com aqueles cabelos ruivos bagunçados, ou então, acordar com toda aquela má sorte que eu acordei.

- Entendi... —minha voz saiu arrastada e fraca. E quando o taxi chegou, eu dei graças a Deus, porque Sofia já estava com outra pergunta na ponta da língua. Entrei sem mais enrolação e ela fez o mesmo.

- Toca pra rua wiside, número 57, por favor. —pediu ela com a sua forma educada de sempre.

Eu tratei de encostar a minha cabeça no vidro, e olhei os detalhes do lado de fora. O movimento das pessoas e dos carros. Mesmo assim, podia sentir o olhar de Sofia carregado sobre mim. E sabia que, assim que chegássemos em sua casa, ela perguntaria do por que de todo esse enteresse repentino que passei a ter na montgomery. E eu não saberia responder, nem mesmo eu sei se tem resposta.




(...)




- O que acha de irmos para o the Black Pearl?

Sofia é o tipo de garota que se pudesse, iria para uma revoada todo santo dia, e o the black pearl é a balada mais animada e estilosa que eu conheço. Se fosse uma segunda feira, eu definitivamente não aceitaria, mas, hoje é quinta. Considero uma pré-sexta. É claro que eu topo.

- Tenho que acordar cedo amanhã, então prometa que não vai ficar louca e me fazer te carregar para casa ás 2:00 da madrugada!

- Prometo que juro! —Sofia cruzou os dedos e os beijou. Esse era o nosso juramento desde crianças.

Alguns longos minutos se passaram, e nós duas estávamos quietas, se arrumando em silêncio, com uma música de fundo. Hora ou outra Sofia brincava de ser uma blogueira e falava com o espelho, e isso me tirava uma gargalhada sincera. Enquanto eu cantava junto com a música, escutei o som diminuir, até ficar quase em um sussurro.

- ãn, mer?

- Sim? —disse enquanto procurava uma roupa de festa no guarda-roupa dela.

- Posso te fazer uma pergunta?

Fodeu.

- Pode, claro.

- Por que você me perguntou se a soberana era casada? Digo, seu interesse repentino é meio assustador.

- Assustador? —torci o nariz com a palavra

- É que você conheceu ela hoje, e me soltou uma pergunta daquela. É no mínimo duvidoso.

- Olha, Soso, não é nada. Admito que perguntei por impulsividade, mas realmente, não é nada.

- Admite que gostou dela vai! Não é tão difícil, montgomery é uma perdição mesmo.

O jeito que Sofia falou de addison, me incomodou, mas eu não falaria nada a respeito. E, de verdade, addison era muito mais que uma perdição.

•O diabo veste grife•Onde histórias criam vida. Descubra agora