nine

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Nayla miller

Essa noite estava me ajudando a esquecer os problemas. Mesmo com boris de olho em mim o tempo todo, e eu so queria saber oque se passava na cabeça dele 'pra  ficar me observando.

Bebi meu sexto copo de whisky e ja estava sentindo fazer efeito, eu não era uma pessoa que ficava bebada com facilidade, mas o álcool ja estava começando a fazer efeito, me deixando bem mais sociável e alegre.

—vem, vamos dançar! —sadie pegou minha mão e fomos para o meio da pista, olhei para o lado e vi millie aos beijos com seu namorado, ambos estavam muito chapados.

A ruiva agarrou na minha cintura e começamos a rebolar no ritmo da música, senti alguns olhares queimarem sobre nós mais ignorei completamente. O som estava me deixando electra, consumindo cada parte do meu corpo e me fazendo se soltar mais, sadie se soltou de mim e nois duas começamos a descer até o chão de acordo com a batida, olhei para trás e vi boris me encarando com uma expressão de fúria, não entendi muito bem aquilo e so voltei a me soltar.

A batida da música era envolvente e a cada rebolada que eu dava, me sentia mais viva, sadie estava da mesma forma. A bebida estava batendo forte e eu estava ficando totalmente fora de mim.

Parei de dançar depois de ficar cansada e me sentei, fiquei alguns segundos ali olhando para e nada. Notei boris sentado em um banco grande com alguns meninos, havia um pó branco na mesa e um canudo em suas mãos, boris colocou aquilo no nariz e sugou, logo depois jogou a cabeça para trás e pareceu satisfeito. Fiquei observando aquilo por alguns segundos e me peguei pensando qual era a sensação de experimentar aquilo. Senti alguem se sentar ao meu lado e me virei, vendo zack, um garoto da minha sala.

—eae. —ele disse fumando um baseado.

—eai!—respondi.

—ta curtindo a festa? —questionou.

—demais! —respondi esfregando os olhos, o sono estava batendo.

Eu estava completamente bebada.

—você curte uns bagulhos diferente? —disse mexendo no bolso e eu o encarei, curiosa.

—tipo oque?

—tipo isso. —ele tirou um saquinho com pó branco do bolso e balançou na frente do meu rosto, encarei aquilo com curiosidade.

—eu nunca...nunca usei isso.

—'pra tudo tem a primeira vez, gata. —sorriu ladino. —se quiser usar, vem comigo.

—e isso é bom mesmo...tipo, ajuda a esquecer os problemas?

—claro...melhor que remédio, confia.

Olhei para a mesa onde boris estava e percebi o mesmo com a expressão mais relaxada, talvez isso funcionasse 'pra mim também.

A bebida ja me dava esse efeito de tranquilidade, mas a droga poderia ajudar mais.

Zack se levantou e eu fui logo atrás dele, senti alguem nos encarar e olhei para boris, que parecia insatisfeito com algo. Seguimos para trás da casa onde estava vazio, ele se sentou em um banco que havia uma mesa pequena e eu fiz o mesmo, o loiro tirou o saquinho do bolso junto com um cartão, jogou a cocaína na mesa e começou a alinha-la  com o objeto, e eu observava tudo curiosa.

—quer fazer as honras? —perguntou, me encarando.

—claro. —sorri e tomei o canudo de sua mão, por ja estar mais alterada pela bebida eu estava bem animada.

Coloquei o objeto no nariz e suguei todo o pó que estava na mesa de uma vez, me fazendo tossir repetidas vezes, mas ao mesmo tempo, uma sensação boa despertou em mim, senti meu corpo inteiro se arrepiar com aquilo, cocei meu nariz para aliviar a ardência e me encostei no banco.

—bateu rápido assim? —zack riu. —toma. —ele me entregou outro saquinho e eu peguei. —pra voce usar em casa.

Guardei o mesmo no bolso e notei zack tirar mais um saquinho e repetir o mesmo processo, dessa vez foi ela que cheirou. Depois ele fez denovo, denovo e denovo.

O suficiente para meu nariz arder o resto da noite, porém, eu estava mais tranquila.

Aquilo havia feito efeito, e eu estava sedenta por mais.

BORIS PAVLIKOVSKY

Ver nayla com zack me incomodou. Não só pelo motivo dele ser um drogado, mas sim por que eu senti ciúmes, e não era 'pra ser assim. Algum tempo depois que eles foram para atrás da casa, eu decidi ir atrás. Cheguei la e pude ver a cocaina espalhada na mesa e nayla encostada no banco, olhando para cima com os olhos totalmente arregalados.

Mas que merda.

—desceu tão baixo assim, nayla? —cruzei os braços e a encarei, a mesma virou o rosto de uma vez para mim e arregalou os olhos.

Eu havia usado drogas hoje, mas a diferença é que eu posso e hoje eu não exagerei.

—você deu mais alguma coisa 'pra ela, zack? —encarei o inútil do loiro que estava sorrindo que nem imbecil para o céu.

—so...cocaina, quer? —sorriu e eu revirei os olhos.

—ta usando essa merda porque, nayla? —analisei seu rosto.

Nayla estava bêbada e drogada, tenho certeza que nem sabe onde está.

—olha boris....—a garota apontou para o céu e eu segui seu dedo. —as estrelas estão conversando comigo...elas são tão boas.

Esfreguei o rosto com as mãos e comecei a perceber a situação que ela havia se metido.

—vem. —peguei em sua mão e a mesma pareceu encarar o ato com admiração.

—nossa...—seus olhos encheram de lágrimas e eu fiquei a encarando tentando entender. —isso é tão bonito, boris...—sorriu.

Revirei os olhos e a puxei com delicadeza, rodeando meus braços em sua cintura 'pra ela não tombar para trás. Olhei para zack que estava encarando a situação e avisei.

—dê droga 'pra ela denovo, que eu arranco seu pinto fora, caralho! —ameacei.

Segurei a mesma com força, nayla tinha o corpo bem avantajado, e isso fazia com que ela fosse mais pesada, mas eu acho seu corpo bonito e ela não era gorda.

—porque ir embora agora? —bocejou.

—porque sim. —respondi, sem paciência.

—e millie...e sadie?

Olhei para trás e as garotas estavam jogadas no chão, com a boca aberta enquanto outro cara jogava bebida.

—estão ótimas!

Abri a porta do meu carro e coloquei a mesma no banco do passageiro, dei a volta e abri a porta do motorista. Escutei a porta onde nayla estava ser aberta e quando olhei, ela saiu correndo.

—não acredito nisso. Nayla, volta aqui!

Essa noite vai ser bem longa.

so is this love?|boris pavlikovskyOnde histórias criam vida. Descubra agora