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Nayla miller

Ontem, sadie havia levado meu celular em minha casa e ficou meia hora pedindo desculpas pelo ocorrido, e eu acabei cedendo, mas pedi para elas que não façam isso novamente, e contei como foi com boris.

Ainda ontem a noite, eu o vi sentado em uma arvore, fumando um cigarro de maconha sozinho.

Cheguei na sala de aula sozinha dessa vez e vi que ele ja estava lá, quieto como sempre. Eu tinha vontade de me aproximar, mas, tenho certeza que boris não iria ceder. So que, sou uma pessoa insistente.

—oi! —disse sorrindo e acenei para ele, que me encarou de volta e apenas fez um gesto com a cabeça, pelo menos não fui ignorada.

Quando ia perguntar como ele estava, sadie e millie chegaram na sala.

—bom dia! —sadie disse se sentando em seu lugar.

—bom dia. —millie fez o mesmo.

—bom dia. —respondi.

—você ainda esta brava? —a morena disse me encarando.

—não, esta tudo bem. Só não quero que façam isso novamente. —disse com clareza.

—fale por você. —boris disse em um tom provocativo, para as garotas.

—a gente não fez por mal. —millie rebateu.

—aham, sei. —ele deu um sorriso debochado.

—ai millie, deixa esse bad boy maconheiro 'pra lá! —sadie o provocou, olhei para o rosto de boris e percebi o coçar o canto da boca com a língua. Senti uma pontada em meu estômago, nossa, ele ficou muito atraente fazendo isso.

—não provoca, gente! Não acha que ja fizeram demais? —chamei a atenção delas. —deixem boris em paz.

—ai ta ta, protetora dos emo boys oprimidos. —a ruiva debochou denovo, e boris ficou quieto. Revirei os olhos e ignorei oque ela havia falado.

[...]

A professora de biologia ja havia chegado na sala. Estava explicando que iriamos fazer um trabalho sobre células.

—e o trabalho sera executado em dupla. —todos da sala começaram a se encarar, eu, millie e sadie fizemos o mesmo.

Todos começaram a se juntar com suas duplas, menos nois três.

—professora! —sadie a chamou. —pode fazer dupla de três?

—não. Fui clara quando disse, trabalho em dupla. —ela disse juntando os sombrancelhas. —e afinal, boris Pavlikovsky esta sozinho, ainda da para formar duas duplas.

Nos três se entreolhamos e as duas começaram a me encarar maliciosamente, elas juntaram suas mesas uma na outra, e eu finalmente entendi oque elas pretendiam.

—senhorita miller, forme dupla com o boris. —a professora ordenou, e eu olhei para trás. Boris ja estava me encarando com aquela expressão de sempre, que eu nunca conseguia distinguir.

Me levantei do lugar colocando meu caderno e estojo em mãos e me aproximei de uma cadeira vazia que havia do lado do garoto, colocando meus materiais em cima da mesma e juntando a carteira com a dele, tentando evitar contato visual. Me sentei ao seu lado e sentia seu olhar queimar sobre mim.

Achei engraçado o fato dele não ter recusado fazer dupla comigo, pelo oque eu percebi, boris sempre faz os trabalhos sozinhos, ou melhor, ele não faz. Por isso suas notas são tão ruins.

—então...—disse tentando puxar assunto. —a gente pode fazer um cartaz. —sugeri, e encarei o mesmo, que estava sentado todo largado em sua cadeira e rodava uma tesoura entre os dedos.

—tanto faz, eu não vou fazer nada. —disse, seco, e eu cemi serrei os olhos, o encarando indignada.

—ah, mas você vai sim! —rebati.

— a é? —ele aproximou seu rosto do meu, me encarando no fundo dos olhos. Senti meu corpo arrepiar, mas não me afastei. —e quem vai me obrigar? —ele se afastou.

—eu. —respondi convencida, erguendo o queixo.

—ah sim. —debochou, cruzando os braços e passei a língua entre os lábios. —então tenta.

Mas que droga! Pra que eu fui fazer dupla com esse garoto? Porque ele simplesmente não negou como sempre faz!? Que droga!

Revirei os olhos e comecei a escrever sobre o tema, mas boris iria me ajudar, nem que eu tenha que obriga-lo a fazer isso. Continuei escrevendo por bastante tempo e decidi que agora seria a vez dele.

Olhei em sua direção e notei que ele estava totalmente despreocupado, com a posição desajeitada e olhando para a frente, como se  não tivesse um trabalho enorme em dupla para fazer.

—sua vez, boris. —falei, e o mesmo sorriu de canto e virou seu rosto 'pra mim, totalmente debochado e isso me da odio!

—quanto mais rápido você aceitar que eu não vou fazer nada, melhor.

—mas você vai fazer!

—não vou.

—vai sim!

—não vou.

—VAI!

—Não. Vou. —ele disse pausadamente, e eu ja estava começando a desistir, mas eu com certeza não iria fazer sozinha.

—se não vai fazer, porque aceitou que eu sentasse junto com você? —questionei e ele ficou em silêncio, sem saber oque ela falar.

—me da essa droga aqui, porra. —ele puxou a folha da minha mesa.

Sorri vitoriosa, percebendo que venci nessa luta de fazer com que ele de o braço a torcer. Uma coisa que percebi sobre boris é que ele é muito difícil de lidar, sua personalidade é muito forte e ele esta pouco se fodendo para tudo.

—cade seu caderno com a materia? Eu não tenho nada.

Bufei e peguei meu caderno, abrindo na pagina do conteúdo e entregando 'pra ele.

—porque você vem 'pras aulas? Sério, era melhor ficar em casa. —provoquei.

—se a minha mãe me desse essa opção, eu com certeza estaria em casa, fumando um baseado. —ele disse começando a copiar.

Comecei a notar em suas mãos enquanto ele copiava. As veias saltadas e os dedos finos e longos davam um ar muito atraente. Levei meu olhar até seu rosto, que de perfil era muito bonito. Os cachos negros caiam muito bem em sua pele branca, o nariz grande também era muito atraente, porra, boris é atraente 'pra caralho!

—gostou? Tira uma foto. —ele virou o rosto para mim, me encarando. Senti minhas bochechas queimarem e engoli em seco.

Ficamos nos encarando sem dizer nada por alguns segundos, até que o sinal tocou, me fazendo despertar.

Desviei meu olhar do dele e comecei a guardar meus materiais.

—terminem em casa, esse trabalho é para a próxima aula. —a senhorita margarett disse séria.

—a gente pode...terminar na sua casa? —perguntei para boris, que estava colocando a mochila nas costas.

—e porque não pode ser na sua? —ele disse me fitando, e eu gelei ao pensar no que meu pai faria se me visse com outro garoto.

Sinto meu estômago embrulhar e respiro fundo, tentando ao máximo me controlar.

—é que...minha mãe não gosta que eu leve gente lá enquanto ela trabalha. —menti.

—hm, pode ser la em casa.

—tudo bem então. —forcei um sorriso. —até mais tarde. —me despedi e andei até a porta, onde sadie e millie ja estavam me esperando.



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Ai amoh

so is this love?|boris pavlikovskyOnde histórias criam vida. Descubra agora