Julie uma adolescente mais ou menos por uns quinze anos, vivia numa cidade bonita e vinha de uma boa família. Era bonita, com uns olhos grandes verdes, de pele branca, cabelo encaracolado e com um sorriso, que parecendo que não, era um sorriso forçado.
Era linda por fora,mas, por dentro, no fundo da sua alma estava negra como um túnel escuro. Sentia-se feia, sozinha e não atraente como as outras meninas da sua idade.
Julie!?- chama-lhe a mãe
Sim, mãe?- responde descendo as escadas.
Estavas ocupada?
Não...precisa de alguma coisa?-pergunta-lhe
Sim! Eu vou sair com umas amigas, tenho de me distrair, estou sempre em casa, também não faz nada bem. O teu pai está a trabalhar e certamente vai chegar tarde. Ficas bem?
Sim, vai á vontade, mãe. Eu fico bem- respondeu-lhe Julie
A mãe sai e Julie sobe as escadas, voltando para o seu quarto, o seu mundo onde trancava a porta á chave e sentava-se na cama, com a intenção de mais ninguem lhe aborrecer com perguntas sobre o seu dia, escola e outras coisas mais.
Mas, passando duas horas cansou-se de estar sempre no mesmo sítio a olhar em volta e só ver quatro paredes brancas já com alguma velhice e frágeis.
Neste mesmo quarto no fundo de uma parede existia um espelho que era da sua avó mas estava novo e em condições, a menina olha-o e aproxima-se com a intenção de ver o seu aspeto inferior, olhou-se ao espelho e este não lhe disse o que queria, ficou horrorizada e pálida. Fechou os olhos e voltou a abrir esperando que não passa-se de um pesadelo,mas não, era realidade e fixou o olhar na sua pessoa no outro lado do espelho.
Neste momento a sua mãe que haveria ter chegado, chama-a e vendo que não responde, sobe as escadas em direção ao seu quarto, abre a porta e a ve pálida e com os olhos fixos.
Filha!?- que se passa?-pergunta-lhe a mãe
Julie desata a chorar e cai nos braços da mãe.
No dia seguinte de manha, julie acorda,mas nem olha para o espelho,pois ele lhe foi mau e diante daí tornou-se uma adolescente depressiva e arrogante, os pais ao acharem que não estava bem chamam-na.
Julie!?
Sim-respondeu-lhes
Precisamos de falar contigo, andas muito estranha! A tua mãe disse-me que te encontrou no quarto ontem á noite a chorar em frente ao espelho.
Não se preocupam comigo!- respondeu-lhes Julie imediatamente
Saiu dizendo que necessitava de descansar e dormir.
Os pais compreensivos a deixaram descansar,mas não ficaram convencidos com a sua atitude.
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O espelho
Genç KurguUm espelho pode ser sincero e até mesmo amigo, mas também pode ser mentiroso e inimigo. Partindo de nós o espelho nunca nos é agradável e por vezes até nos revoltamos com ele e achamos que é ele que tem razão. É o que irá acontecer com Julie,uma ado...