Capítulo 32

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Cinco meses se passaram desde a separação, e a vida de todos havia mudado de maneira irreversível. Kento estava completamente focado no trabalho, dedicando-se aos negócios da empresa com uma intensidade que surpreendia até mesmo Gojo, que agora trabalhava ao lado do irmão.

Kento: (olhando para os papéis na mesa, sem tirar os olhos dos documentos) Gojo, você revisou os contratos que chegaram esta manhã?

Gojo: (sentando-se à mesa) Sim, já dei uma olhada. Mas, Kento, você não acha que está exagerando um pouco? Você nunca para, nunca tira um tempo para si mesmo.

Kento: (com um tom seco) Não tenho tempo para isso. Temos muito trabalho a fazer. Além disso, quanto mais eu me ocupo, menos penso em... outras coisas.

Gojo: (suspira) Você ainda pensa nela, não é? Em S/N.

Kento: (fechando os olhos por um momento antes de voltar a encarar os papéis) Todos os dias. Mas é melhor assim. Ela fez sua escolha, e eu estou respeitando. Só queria que pudesse esquecer...

Gojo: (com um tom mais suave) Kento, você fez tudo o que podia. Se ela queria o divórcio, então talvez isso seja o melhor para vocês dois. Você precisa seguir em frente, de verdade.

Enquanto isso, em uma pequena cidade distante, S/N vivia uma vida simples. Ela trabalhava em um mercadinho local, mantendo-se afastada do luxo e do caos que antes faziam parte de sua vida. Agora, a única coisa que importava para ela era o bebê que carregava, o bebê de Kento, um segredo que ela havia decidido guardar para si.

Colega de trabalho: (com um sorriso) S/N, você está bem? Parece um pouco cansada hoje.

S/N: (forçando um sorriso) Estou bem, só um pouco cansada. Mas é normal, sabe? Faz parte do pacote.

Colega de trabalho: (olhando para a barriga de S/N) Já está de cinco meses, não é? Está linda, sabia?

S/N: (acariciando a barriga) Sim, cinco meses. Ainda faltam quatro pela frente.

Colega de trabalho: (curiosa) E o pai? Ele sabe? Vai estar por perto quando o bebê nascer?

S/N: (hesitante) Não... ele não sabe. E eu prefiro que continue assim. Acho que é melhor para todos.

Colega de trabalho: (com um olhar de surpresa) Mas você não acha que ele deveria saber? Afinal, é o filho dele também.

S/N: (balançando a cabeça) Ele não precisa saber. Está tudo bem assim. Ele seguiu em frente, e eu também estou tentando seguir.

Enquanto S/N tentava continuar com sua nova vida, Kento estava cada vez mais imerso no trabalho. Porém, o vazio que ele sentia não podia ser preenchido por contratos ou reuniões. Ele estava cada vez mais preso em seus pensamentos, e Gojo não podia deixar de notar.

Gojo: (após uma reunião) Kento, precisamos conversar. Eu sei que você está tentando esquecer, mas isso não está funcionando. Você não pode simplesmente ignorar o que sente.

Kento: (desviando o olhar) O que mais eu deveria fazer, Gojo? Ela se foi, quer o divórcio e está claro que não há mais espaço para mim na vida dela.

Gojo: (com seriedade) Você ainda a ama. Isso é óbvio. Mas talvez você precise de mais do que trabalho para seguir em frente. Talvez... você precise saber a verdade.

Kento: (confuso) Que verdade? Não há mais nada a descobrir.

Gojo: (hesitante) Talvez haja. Não tenho certeza, mas algo me diz que essa história não acabou.

De volta à pequena cidade, S/N estava mais consciente do que nunca sobre o impacto que sua decisão teria. A cada dia que passava, ficava mais difícil esconder a gravidez, e ela sabia que, eventualmente, alguém descobriria. No entanto, ela estava determinada a manter o segredo, pelo menos até o divórcio ser finalizado.

S/N: (falando para si mesma enquanto fechava o mercadinho) Eu só preciso de mais alguns meses... só até o divórcio sair. Depois disso, eu verei o que fazer.

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