Mary Eunice - American Horror Story

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Você fica surpresa ao encontrar com uma freira na volta do trabalho, já é muito tarde e você só está fora de casa pelo turno extra como enfermeira. A mulher loira anda calmamente pelo acostamento da rodovia com uma cesta em mãos. Você fica preocupada e recosta o carro poucos metros a frente esperando que a outra ande até você.

  Quando ela recosta no vidro aberto, você se surpreende com a beleza etérea da garota, semelhante a uma boneca de louça.

— Precisa de uma carona? Está meio tarde para mulheres como nós sairem sozinhas.

Você oferece com gentileza e observa a sobrancelha dela arquear, mas rapidamente a freira muda de expressão e responde numa voz doce.

— Ah pelo bom Deus, eu adoraria uma carona!

Vocês conversam animadamente antes de pararem num restaurante de beira de estrada para o jantar, uma coisa levou a outra e você tinha a sensação de conhece-la há anos, mesmo com poucos minutos de conversa. Ela comeu e até bebeu da sua cerveja, sempre solícita a suas piadas e tocando seus ombros e braços a cada oportunidade.

[...]

   A pele se arrepia quando as unhas dela pressionam a carne da suas coxas com força, segurando-as abertas. Era um deleite, a última refeição, o pecado final. Mary Eunice, ou pelo menos o que já fora seu corpo, arfava contra sua intimidade a medida que a língua desbravava a profundidade do seu prazer.

  — Como uma freira tem tanta experiência em chupar boceta?

   Você questiona, mas não é respondida. A risada baixa da loira reverbera contra suas dobras e você arqueia sobre o balcão, os nós dos dedos esbranquiçados devido a força com que segura no mármore o orgasmo fica cada vez mais próximo. Sem forças para anunciar, os tremores do ápice te atingem e a pressão é tanta que seus ouvidos entopem. De longe o melhor sexo que já fez. Enquanto você se estabiliza, Mary levanta para um beijo.

  — Não acreditaria se eu te contasse...

  Ela sussurra no seu ouvido ao puxar sua nuca em um beijo. Você mal assimila o que é dito e quando os lábios dela se aproximam a resposta que têm da sua parte é pouca, o beijo é languido, demorado e cheio de saliva. Por incrível que pareça, o batom dela não borra um centímetro sequer. Você inspira buscando fôlego, sua cabeça recosta no ombro dela e você fita a pele pálida, é tentadora, atrai sua boca para pequenos selares no local.

— Por algum motivo eu acredito em tudo que sai da sua boca.

— O motivo tem a ver com o fato de que na maior parte do tempo no qual estivemos juntas você não prestou atenção em nada do que eu disse?

  Mary retruca acariciando suas costas ao longo da coluna, a mulher ainda te segura contra a superfície fria oferecendo um apoio até que seu corpo se recupere. Você aproveita para deslizar as mãos pelo corpo dela, suave e brilhante à meia luz. A lingerie vermelha que usa, mostra o contraste borbulhante dentro da garota, lobo em pele de cordeiro.
 
— Não é minha culpa, você é tentadora demais. Qual o seu segredo?

— Eu sou o Diabo.

Mary responde rente a sua orelha, enviando uma onda de excitação inexplicável. Sua energia revigora em instantes e você se move para encara-la, um sorriso ladino brincando em seu rosto.

— Esse é o seu segredo?

  A loira ri e te beija. Outra vez embebedando você do perfume e lascívia dela. A língua dela era assustadoramente habilidosa, movimentando-se perfeitamente na intenção de te enlouquecer, te convencer a entregar o pouco de sanidade que restava. Uma verdadeira maldição, perseguindo suas sinapses e bagunçando tudo nelas.

— Ficaria surpresa com o quão factível essa frase é.

— Então me mostra, Irmã Mary Eunice.

   Durante a noite toda, a 'inocente' freira revela o que há de mais profano em sua mente torpe. Arrastando você para cada vez mais próximo a completa perdição, no fim, exaurida você cai no sono e volta a ver a luz do sol nove horas depois.

   Você a procura em todo canto, na esperança de ver ela mais uma vez, porém ela não está no banheiro, na cozinha e muito menos na sala de estar. Sua felicidade mina quando cai a ficha de que Mary foi embora sem se despedir. Você sente uma dor de cabeça intensa pela bebedeira da noite anterior e é a única coisa que confirma a realidade do que aconteceu.

    Exalando com frustração você se levanta da cama, seminua e a procura de um comprimido de Aspirina. O frasco está na bancada ao lado de um esmalte vermelho familiar, você lê o rótulo e não contém o riso ao vislumbrar o nome do produto.

Vermelho Violação

— Cristo, que mulher maluca.

A frase sai condescendente com o meneio de cabeça que você dá para si, Mary foi mesmo uma experiência à parte, uma violação. Você sequer percebe a mudança sutil na sala de estar quando volta a cama, pouco preocupada com o que não fosse dormir mais um pouco.

Ao lado do relógio de parede, seu crucifixo de madeira está invertido.

Sapphic - Imagines FemininasOnde histórias criam vida. Descubra agora