Lin Beifong - Avatar: The Legend of Korra

48 5 0
                                    

❀

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Lin era o exemplo perfeito de criança dentro de um corpo desenvolvido, a chefe da Polícia Municipal da Cidade República tinha atitudes surpreendentemente teimosas para alguém com tanta experiência de vida, o que parecia hereditário no sangue Beifong.

— Amor, é só a sua mãe! Ela não vai te derreter com um olhar. – Você passa despretensiosamente a página do livro que está lendo, sem olhar sua esposa – Ela não enviou uma carta?

    Lin exala em descontentamento e anda de um lado para o outro frente a cama, o contorno tonificado do torso bem aparente sob a regata branca que usa. De repente, há um pequeno tremor nas paredes do apartamento, você se assusta e olha séria para a outra mulher, sabendo que aquilo advém da habilidade dela.

— Lin, não precisa derrubar o prédio.

— Ah bom, no prédio você presta atenção.

   Você revira os olhos, deixa o livro no móvel ao lado e a encara apontando o dedo.

— Você tem que se acalmar. Ambas são mulheres adultas, ela te ama, Lin.

— Ela não sabe que sou casada com uma mulher! E se ela tiver um infarto ou morrer de desgosto?

    Aquilo te fere, saber que Lin enxerga aquela parte dela negativamente é doloroso. "Não há nenhum mal em amar outra mulher" você sente vontade de verbalizar, mas não consegue. É fato que tal pensamento vem da repressão interna que passou por anos e, mesmo casada, certas coisas ficaram intrincadas na visão de mundo dela. Você se levanta e anda até ela, trocando um olhar angustiado ao segurar suas mãos.

— Como sua mãe poderia ter desgosto de você? Toph tem a dobradora de terra mais forte do planeta como filha, sem contar que ela é uma ótima líder, a esposa perfeita e uma mãe maravilhosa.

    Você acaricia os pulsos dela com carinho e da risada ao ver a sobrancelha de Lin se arquear com a menção do título maternal.

— Até onde eu sei nunca tivemos filhos... – Ela passa os braços por seu pescoço e te traz rente ao peito – Ou você quer me contar alguma coisa?

     O riso aumenta e você se permite ser aninhada naquele corpo tão reconfortante.

— Apesar da vontade, não estou grávida. Mas Korra pode ter ou não mencionado que somos figuras maternas para ela...

  Lin se afasta para poder te olhar.

— Então aquela pirralha apanha durante os treinos e me chama de mãe pelas costas?

— Ela te adora. – Você a beija suavemente, acariciando as bochechas dela e sorrindo em seguida. – Não tem como odiar você, a sua família já te ama incondicionalmente, Lin.

A sensação de pertencimento inunda o âmago ferido da mulher, já havia passado por tanto e sem você talvez a grande parte de suas feridas ainda estariam abertas. Foi você quem a incentivou a assumir o treinamento de Korra, a buscar ver a irmã, a permitir que o amor fizesse parte da rotina dela de novo. Tenzin tinha sido um canalha, Kya não queria compromisso, mas você mostrou a ela o que é ser escolhida dia após dia.

— Você é minha família, [Nome]. – Lin engole algumas lágrimas e tenta disfarçar a emoção com um riso forçado – E a verdade é que eu vou adorar te apresentar para a minha mãe, já que   além da mulher mais bonita de todo o País do Ar eu também tenho a esposa mais atenciosa do continente.

   Ela te beija, primeiro na testa e depois na boca, você busca um pouco mais da língua dela quando a puxa para perto. As mãos de Lin aos poucos alcançando seus quadris, vocês se separam em busca de ar.

— Não sei o que você pretende com essa bajulação, mas já conseguiu alguma coisa.

Você puxa a barra da blusa para cima e Lin corresponde com um riso baixo. Sem pudor algum ela se move na cama para beijar seu pescoço, clavícula e por fim a pélvis, provocando arrepios.

— De você eu sempre consigo o que quero, meu bem, e faço questão de adorar cada segundo do processo. – Ela pausa olhando para você maliciosamente – Me deixa agradecer, por tudo que já fez.

     A língua atrevida traçando seu ventre é um argumento muito convincente para a tese dela, afinal suas pernas se abrem num convite lascivo para o que está por vir. Se tinha algo que Lin sabia melhor do que colocar criminosos na linha, era te colocar na chapa. Coisa que teria feito caso uma batida incessante na porta não as interrompesse.

  Sua frustração é visível quando apoia-se nos cotovelos e olha em direção a sala de estar.

— Lin, acho melhor atender...

— Fala sério, eventualmente a pessoa vai embora, presta atenção no momento, [Nome].

    A carranca no rosto dela é um charme e você suspira profundamente querendo ceder. Seus olhos fecham e você pende a cabeça para trás, mas outra vez a batida te interrompe.

— Merda, Lin. Vou ver quem é.

  Ela revira os olhos e fornece espaço para que você saia da cama, você sabe que não é uma irritação verdadeira quando ela anda atrás de você para conferir a identidade do indesejado. Você abre a porta já descrente, ansiosa para voltar aos cuidados da sua mulher. Porém, a esperança morre quando vê Korra e Bolin se espremendo no batente e correndo direto para a cozinha.

— Ei [Nome] a gente tá morrendo de fome! Pode fazer aqueles bolinhos de carne de porco? – Bolin empurra a mochila no sofá e toma um lugar na mesa de jantar, o garoto ri dos pontapés que recebe da Avatar – Korra vai tentar dobrar lava hoje!

— E vidro também! 

Korra adiciona enquanto rouba uma banana da cesta de frutas disposta no balcão e se recosta ao lado do menino. Você e Lin ainda estão na porta, tentando assimilar o ocorrido. Ela te olha com surpresa e culpa, já que havia esquecido de avisar sobre o treino dos jovens essa tarde. No entanto, aquilo só é capaz de te fazer rir e você dispensa qualquer sentimento ruim com um aceno.

  Você fecha a porta e Lin vai até a cozinha repreendê-los, no caminho algumas peça de armadura passam zunindo pelo corredor. Mais uma maluquice de se morar com uma dobradora de terra. Apesar das circunstâncias incertas quanto a reação da família Beifong a seu casamento, havia a certeza de que independente da dificuldade ou do momento, você e Lin teriam o próprio núcleo familiar a quem deviam exclusivamente amor e cuidado.

Sapphic - Imagines FemininasOnde histórias criam vida. Descubra agora