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CAPÍTULO 17.

CAPÍTULO 17

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Madelyn arrastou Damon pela mão com passos firmes, o silêncio entre eles tão denso quanto a escuridão que envolvia Mystic Falls

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Madelyn arrastou Damon pela mão com passos firmes, o silêncio entre eles tão denso quanto a escuridão que envolvia Mystic Falls. A lua cheia iluminava suas sombras na rua deserta, mas a tensão os sufocava como uma tempestade prestes a desabar.

— Você não precisava ter feito isso, Madelyn — a voz de Damon cortou o ar como uma lâmina, baixa, mas carregada de frustração. — Eu estava perto, eu quase consegui.

Madelyn parou abruptamente, virando-se para ele com os olhos faiscando. A luz da lua refletia no olhar tempestuoso de Damon, raiva e exaustão misturadas em cada músculo tenso de seu corpo.

— Quase? — sua voz saiu entrecortada, carregada de fúria contida. — Você não entende nada, Damon. Matar o Klaus não teria resolvido coisa alguma. Mikael estava jogando com vocês, e agora ele está morto. Klaus é o menor dos nossos problemas.

Damon passou a mão pelos cabelos, irritado, sua paciência à beira do colapso. — A mesma história de sempre. Klaus é perigoso, Klaus isso, Klaus aquilo. Ele tem que morrer, Mady! Você sabe disso! Por que diabos você ainda o protege? Só porque ele te transformou?

O peso daquela acusação fez Madelyn exalar profundamente, os ombros caindo sob o fardo das decisões que tomara. — Eu não estou protegendo Klaus. Estou tentando salvar você, salvar todos nós de algo muito pior. Se ele morrer agora, o caos que vai se desencadear… você não faz ideia do que está por vir, Damon.

Damon deu um passo à frente, seu corpo carregado de eletricidade reprimida. — E você faz? — ele rebateu, a voz quase um rosnado. — Você acha que pode lidar com tudo isso sozinha? Porque é assim que parece. Sempre se sacrificando por Klaus, sempre ele.

As palavras dele atingiram Madelyn como um golpe. Ela desviou o olhar, suas mãos começando a tremer levemente. Damon nunca entenderia o vínculo entre ela e Klaus, as promessas feitas e quebradas, a dívida de sangue. Mas o cansaço de lutar contra tudo e todos a consumia.

— Não estou me sacrificando por ele — ela murmurou, sua voz carregada de emoção. — Estou tentando impedir uma destruição muito maior. Se você continuar com isso, vai acabar se autodestruindo.

Por um momento, Damon a observou em silêncio, o brilho feroz de seus olhos suavizando levemente. — Eu não quero te perder, Mady.

Um sorriso triste tocou os lábios de Madelyn, uma sombra de desespero refletida em seus olhos. — Acho que já nos perdemos há muito tempo, Damon.

O silêncio se estendeu entre eles, espesso e sufocante, até que Damon, exausto, soltou o braço dela, resignado.

— E agora, o que fazemos? — ele perguntou, a voz carregada de derrota.

Madelyn soltou um suspiro longo, o corpo tenso de raiva. — Estou cansada dessa merda toda, irritada! — A frustração explodiu em suas palavras, e Damon, conhecendo bem a tempestade que se aproximava, deu um passo para mais perto dela, seu olhar intenso cravado nela.

Ele não precisou de mais nada. Antes que Madelyn pudesse reagir, Damon a empurrou de volta para dentro da casa, guiando-a com urgência até o quarto. A tensão entre eles era palpável, feroz. Ela sabia o que aquilo significava.

— Nada como resolver isso com sangue e na cama — Damon murmurou, seus dedos se entrelaçando nos cabelos de Madelyn.

— Damon… — ela tentou resistir, sua voz vacilando. — Você está tentando me deixar vulnerável...

Ele sorriu, os lábios perigosamente próximos dos dela. — E estou conseguindo.

Madelyn sentiu o corpo estremecer ao toque de Damon. Ele sabia exatamente como desarmá-la, como fazer com que suas defesas, que já estavam em frangalhos, caíssem completamente. A proximidade dele era intoxicante, e por mais que ela quisesse resistir, havia uma parte dela que cedia toda vez. Ela o odiava por isso — e talvez odiasse a si mesma um pouco mais.

— Você sempre faz isso — ela sussurrou, sua voz quase inaudível, enquanto os dedos dele traçavam lentamente uma linha de seu pescoço até o ombro. — Sempre me manipula para conseguir o que quer.

Damon sorriu de canto, aquele sorriso que sempre fazia o coração dela bater mais rápido. — Manipulação ou apenas... saber o que você precisa?

Madelyn fechou os olhos por um momento, tentando bloquear a tempestade de emoções que ameaçava dominá-la. Ela sabia que isso entre eles era um ciclo, uma dança perigosa onde ambos saíam feridos. Mas, naquele instante, a tentação era forte demais para resistir.

— Isso não vai resolver nada, Damon — ela sussurrou, sentindo a respiração dele perto de seu rosto, o calor de seus corpos aumentando a tensão no quarto. — Amanhã, ainda estaremos no meio de uma guerra. E eu...

— Amanhã pode esperar — Damon a interrompeu, a voz baixa e rouca. — Agora, a única coisa que importa é você e eu.

Ele a puxou para mais perto, os lábios quase tocando os dela, mas hesitando por um segundo, como se estivesse esperando que ela desse o próximo passo. Madelyn olhou nos olhos de Damon, sentindo o peso da escolha. Ela sabia que, se se entregasse naquele momento, seria apenas mais uma distração, mais uma forma de adiar o inevitável.

Mas a dor, o cansaço, a solidão... tudo isso a empurrava para ele.

— Damon... — ela tentou mais uma vez, sua voz traindo a determinação que tentava manter.

Ele não esperou mais. Seus lábios finalmente se encontraram, e o mundo ao redor desapareceu. A raiva, o medo, a frustração — tudo se dissolveu naquele beijo, deixando apenas o desejo e a conexão inegável entre eles.

Enquanto Damon a deitava na cama, sua respiração acelerada, Madelyn percebeu que, por mais que quisesse acreditar que aquilo era um erro, uma parte dela precisava desse momento. Precisava sentir algo além da dor que vinha acumulando.

— Você não me deixa escolha — ela murmurou contra os lábios dele, suas mãos se entrelaçando no cabelo de Damon.

Ele riu suavemente, a respiração dele se misturando com a dela. — E quando foi que você realmente quis ter uma escolha, Mady?

Madelyn fechou os olhos, decidindo, pelo menos por aquela noite, deixar o caos do mundo lá fora. Mas, no fundo, sabia que isso não era uma solução. Era apenas uma fuga temporária da tempestade que continuava a crescer ao redor deles.

E, quando o amanhecer chegasse, a guerra ainda estaria esperando.

Essence - Damon SalvatoreOnde histórias criam vida. Descubra agora