Ela passou as mãos para cima e para baixo pelos tijolos da parede de pedra do edifício, testando, medindo, pesando e calculando com o menor dos toques. Olhou para cima em direção à luz que entrava pela janela a quinze metros do chão e sentiu as rachaduras entre os blocos de pedra com as pontas dos dedos. Sabia que poderia escalar essa parede sem nenhum problema.
Colocando estrategicamente uma mão na parede à sua frente e a outra alguns metros acima, a assassina de Adarlan posicionou um pé de sola macia na base da parede e começou a subir.
Movendo-se como um demônio predador do Inferno, ela subiu a parede, colocando uma mão na frente da outra e empurrando-se para cima com os pés. Não lhe incomodava que nenhum ser humano deveria ser capaz de escalar uma parede de pedra lisa; escalar coisas assim sempre fora tão fácil quanto caminhar para a assassina. Pé por pé, ela se aproximou da janela, deslizando como uma sombra em direção à luz. Os guardas posicionados ao redor da base da casa nem a notaram.
Deslizando suavemente como uma cobra na grama, ela alcançou a janela e se agachou na grande mureta da janela, ouvindo qualquer som que pudesse apresentar uma situação desconfortável.
Silêncio.
Colocando cuidadosamente um pé no chão de madeira, a assassina manteve a cabeça inclinada para o lado, esperando qualquer sinal de vida. Ainda nada. Ela desceu completamente da mureta e se endireitou, um sorriso satisfeita aparecendo em seu rosto enquanto começava a observar seu entorno.
Além da janela, não havia outras saídas. Surpreendentemente, seu sorriso não desapareceu—ela já havia estado em situações piores e escapado sem problemas. O único problema agora era encontrar o quarto do bastardo.
A assassina de Adarlan se movia como um felino montanhesse pelo quarto, a cabeça se movendo de um lado para o outro, seus músculos tensos com a perspectiva de sua presa estar próxima, dormindo e inconsciente do perigo que se aproximava a cada segundo que passava.
Ela abriu a porta para o corredor silenciosamente, mantendo-se oculta nas sombras, fazendo parecer que a porta havia se aberto por conta própria. Estava prestes a abrir ainda mais quando um riso explosivo ecoou pelo corredor—uma voz feminina—e a assassina se retirou de volta para o quarto. Ouviu a mulher enquanto ela passava, seu rosto escurecendo com malícia ao ouvir a conversa que a mulher estava tendo com seu acompanhante.
"Não importa se usamos diplomacia ou qualquer coisa que seja—eles são apenas um bando de selvagens que deveriam nos agradecer por ajudar sua economia e tomar o controle. Não é como se eles pudessem usar a terra corretamente de qualquer forma!"
"Eles podem ser selvagens," disse seu acompanhante masculino—ele era sem dúvida o homem que ela deveria matar—"mas são selvagens com armas e muita e muita raiva."
A mulher riu com desdém. "Se eles se opuserem, apenas jogue-os nas minas de sal de Endovier—os deuses sabem que precisamos de mais trabalhadores lá! Honestamente, Huntion, você pensaria ouvindo essa conversa que eu deveria ser a pessoa no conselho do rei!"
Suas vozes foram abafadas quando uma porta se fechou no corredor. A assassina de Adarlan lutou contra a fúria imprudente que começava a borbulhar no fundo de seu estômago, convencendo-se de que, enquanto mantivesse a cabeça fria até entrar naquele quarto, poderia torturar a maldita mulher o quanto quisesse sem que nenhum guarda notasse. Mas ainda...
Outro país caindo sob o domínio de Adarlan.
Um rosnado feroz apareceu em seus lábios, apesar de sua tentativa de se acalmar. Quantos mais países ainda se curvariam à espada de Adarlan?
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RAINHA DE VIDRO (A PARTIR DO CAPÍTULO 24)
FantasyEncontrei a versão que temos no Wattpad de Rainha de Vidro, porém, por algum motivo a autora parou de postar. Para achar até o capítuto 24, é só ir no perfil da @ash_ryver. Achei o PDF completo e estarei traduzindo pra vocês enquanto leio. Só peço...