CAPÍTULO SETE

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— O SILÊNCIO DOS MEDOS —


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Antes de nos aventurarmos mais adiante na narrativa, preciso fazer uma advertência que talvez já tenha passado pela mente de alguns de vocês: há certas histórias que não devem ser lidas à noite, em especial quando se está sozinho, ou em momentos nos quais o silêncio ao seu redor parece um pouco mais profundo do que o normal. Esta, em particular, é uma dessas histórias. Infelizmente, como muitos de vocês já devem ter percebido, a vida raramente nos dá o luxo de saber qual capítulo seria melhor deixar para o dia seguinte. Portanto, se persistirem em continuar, sejam cautelosos.

Quando o último capítulo terminou, Thomas havia deixado o porão e, com ele, qualquer ilusão de controle sobre os acontecimentos. No entanto, como sempre acontece nas histórias realmente trágicas — e todas as boas histórias são, de certa forma, trágicas — o que vem a seguir é ainda mais complicado do que as escolhas que já foram feitas. E se vocês acham que o mais assustador naquela noite foi o que aconteceu no porão, lamento informar que o pior ainda está por vir.

Thomas pode ter fugido de Newt naquele instante, mas fugir de si mesmo é uma tarefa consideravelmente mais difícil. E o que fazer quando o eco de suas próprias decisões começa a segui-lo como uma sombra inescapável? Neste capítulo, irei guiá-los por um caminho onde culpa, arrependimento e medo se misturam como peças de um quebra-cabeça que, uma vez montado, revelará uma imagem que ninguém gostaria de ver.

Então, respirem fundo, ajustem seus assentos, e preparem-se, pois o que vem a seguir não é para os fracos de coração — como se eu precisasse lembrá-los disso a esta altura.


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Vamos retornar a um cenário conhecido, o escritório de Mary.

A sala, normalmente um refúgio de conversas profundas e desabafos emocionais, estava agora mergulhada em um silêncio quase opressivo. As paredes, forradas com estantes repletas de livros, pareciam se inclinar levemente, como se estivessem esperando o desenrolar daquele estranho confronto entre paciente e terapeuta. A luz amarela do abajur refletia suavemente no couro escuro da poltrona de Newt, que se mantinha imóvel. Ele estava sentado à frente de Mary, suas mãos descansando casualmente no colo, enquanto seus olhos analisavam cada detalhe ao redor, mas principalmente, focavam na mulher à sua frente.

CATIVEIRO DE ALMASOnde histórias criam vida. Descubra agora