CAPÍTULO TRÊS

15 2 6
                                    


— LAÇOS IMPROVÁVEIS —


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


É interessante observar como algumas pessoas possuem uma habilidade notável para fazer amigos. Para muitos, a amizade é algo que floresce lentamente, como uma planta delicada que precisa de tempo e cuidado. No entanto, há aqueles que parecem ser mestres na arte de fazer conexões instantâneas, quase como se tivessem um talento nato para encontrar almas afins em qualquer lugar. Newt era uma dessas pessoas.

Desde o momento em que ele apareceu na varanda da casa de Thomas, ficou claro que ele não era apenas mais um adolescente comum. Havia algo nele, algo que tornava sua presença intrigante e confortante ao mesmo tempo.

Newt começou a visitar Thomas quase todos os dias após a escola. Era como se uma espécie de magnetismo invisível o puxasse para a velha casa onde agora os Cooper viviam. Ele chegava sempre com um sorriso fácil, e uma aura de mistério que combinava perfeitamente com a atmosfera da casa. Thomas, inicialmente surpreso com a frequência das visitas, logo se acostumou com a presença dele. Talvez fosse a solidão de ser o novo garoto na cidade, ou talvez fosse a própria peculiaridade da casa que fazia com que a companhia de Newt parecesse natural.

— Ei, Thomas! — Newt chamava enquanto cruzava o jardim. Ele se acomodava na varanda como se fosse a coisa mais normal do mundo, enchendo o espaço com sua energia peculiar.

Thomas, que passara o dia navegando pelas complicadas águas sociais da nova escola, encontrava em Newt uma espécie de âncora. Apesar do mistério que cercava o passado dele e sua relação com a casa, havia algo bom em sua amizade.

— Como foi a escola hoje? — perguntou Newt, se sentando na grade da varanda.

— A mesma coisa de sempre — respondia Thomas, dando de ombros. — Um saco.

Newt sorria, seus olhos brilhando com uma luz que sugeria que ele sabia mais do que deixava transparecer. — Canyon Ridge School... Horrível. Fui expulso de lá.

Thomas ergueu uma sobrancelha, sua curiosidade aguçada. — Sério? Por quê?

Newt deu um meio sorriso, mas havia uma sombra em seus olhos. — Isso é uma longa história. Digamos apenas que eles não gostaram muito do meu jeito de lidar com as coisas.

Thomas franziu a testa, sentindo que havia muito mais naquela história do que Newt estava disposto a revelar. — Como assim?

Newt balançou a cabeça, mudando de assunto com a habilidade de alguém que já tinha feito isso muitas vezes antes. — Não se preocupe com isso. E você, como está se adaptando?

Thomas sabia que não adiantava insistir. O mistério em torno de Newt só aumentava sua curiosidade, mas ele respeitava a privacidade dele. — Odeio. Odeio aqui. Fiz alguns amigos mas... não é como a Costa Leste.

CATIVEIRO DE ALMASOnde histórias criam vida. Descubra agora