Você não quer ir para o lago, Alya?

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Atenção, este capítulo retrata alguns gatilhos como violência física e verbal extremamente explícitos, não leia caso não se sinta confortável. Também vale a pena ressaltar que esse capítulo é apenas uma "memória", para que vocês consigam entender quem é Avery e por que nós odiamos ele! 
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Regulus conheceu Avery no segundo ano.

Ele estava sentado na beira do lago enquanto lia um livro para seu dever de poções, estava um dia calmo e com um vento tranquilo. Avery já observava o garoto por um tempo, então sentou ao lado de Regulus.

— Alya né? Percebi que está lendo um livro do Slughorn, posso te ajudar se quiser, sou do sexto. — Ele diz gentilmente e regg aceita, o pobrezinho mal sabia que foi a pior decisão que poderia ter tomado.

Avery começou a ajudá-lo em poções, dando aulas particulares para regulus. Após algumas aulas eles se aproximaram bastante, Avery sempre era muito gentil e carinhoso, isso só mudava todas as vezes que regulus tentava explicar que Avery era velho demais para ele e o mais velho começava com os mesmos discursos de sempre.

"Você não me quer?" "Você está apenas me usando para te ensinar" "ninguém vai querer se não for eu" "você acha mesmo que alguém além de mim vai aguentar esse seu papinho de querer ser homem?"

Então ele apenas.. aceitou. Após alguns meses eles começaram a namorar, e parecia o namoro perfeito. Avery era tão carinhoso com ele! Mas com o tempo esse carinho virou possessão, e a vida de Regulus havia virado o próprio inferno. Ele não podia sair, teve que afastar de todos os seus amigos e só podia dormir junto de Avery em seu dormitório. Começaram os julgamentos com seu corpo, então fazia regulus ficar por horas e horas sem comer, para que ele ficasse "gostosa o suficiente" como Avery dizia.

Um dia em específico ele havia chegado extremamente bêbado no dormitório, estava duas horas atrasado para o encontro com seu namorado e o céu já tinha escurecido, mas ele não parecia ligar muito.

— Avery! Você está atrasado tem horas, eu juro que só não fui sozinho pra porra do lago por que você me trancou aqui! — Regulus diz nervoso. Em todo mesversário do namoro eles iam para beira da árvore onde se conheceram, porém a cada mês Avery parecia menos interessado.

— NÃO GRITA COMIGO, PORRA! E NÃO VEM COM ESSE LINGUAJAR  PRA CIMA DE MIM ALYA. VOCÊ É UMA M-U-L-H-E-R! — Ele grita enquanto dá um tapa em seu rosto, totalmente alterado pelo álcool. Avery pega regulus e o arrasta para fora do dormitório, ignorando namorado pedindo para que o soltasse. Como ele era mais forte e mais alto, prendeu o garoto com seus braços, deixando marcas de tanta força que usava. — VOCÊ NÃO QUER IR PRO LAGO, ALYA? VOCÊ VAI TER QUE NADAR AGORA, SUA PUTINHA, E VAI BEM CALADA!

Regulus chorava e gritava, na esperança de que alguém o salvasse, mas avery tampou sua boca com uma de suas mãos antes que tornasse possível acordar alguém. "Eu não sei nadar. EU NÃO SEI NADAR!" Era o que regulus tentava dizer, mas pareciam apenas alguns gruinhidos sem sentido.

Quando eles vão se aproximando do lago regulus começa a se debater como nunca, tentando de qualquer maneira escapar. Avery o coloca em pé na beira do lago, seu rosto já estava inchado de tanto chorar.

— Presta muita atenção em mim, piranha. Você vai ajoelhar agora e pedir desculpas por ser escrota comigo, tá entendendo? Se não fizer eu juro que seguro sua cabeça nessa água até você morrer. — Diz antes de tirar a mão de sua boca. Regulus estava em choque, pois era a primeira vez que avery ficava agressivo neste ponto.  — VAI LOGO, PORRA!

Regulus ajoelha sem ter muita escolha, já que estava sendo pressionado para baixo. Ele tenta controlar seu choro, estava tão na beirada que apenas um movimento era capaz de o derrubar no lago, e aparentemente Avery nunca prestara atenção no namorado, já que não havia se tocado que Regulus não sabia nadar e que ele estava realmente muito assustado.

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