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Quando acordo, já consigo escutar barulhos repetitivos de notificações no meu celular

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Quando acordo, já consigo escutar barulhos repetitivos de notificações no meu celular. Resmungo e me sento na cama, pegando o celular na mesa de cabeceira e o desbloqueando.

Fico um pouco confusa no começo, mas logo entendi porque aquele monte de notificação. O vídeo que Dior havia postado nos stories meu e de Charlie cantando havia viralizado, e todos os fãs estavam comentando dizendo que estávamos namorando ou que tínhamos uma química incrível.

Solto um suspiro quando vejo uma mensagem de Daphne dizendo para eu encontrá-la na casa dela para conversar. Me levantei da cama e me arrumei antes de pegar minhas coisas e ir até a casa da Daphne.

Assim que toquei a campainha, Daphne abriu a porta apressada e me disse um rápido "Entre". Sem o "Bom dia, Maisie!" de sempre. Quando entrei na casa dela, vi Charlie ali também, sentado em uma cadeira e batucando os dedos na mesa nervosamente. Fiquei confusa imediatamente.

— Hm... bom dia, Char — digo em um tom gentil, sorrindo fraco para ele antes de me virar e olhar para Daphne. — O que tá acontecendo?

Ela apontou para o lugar vazio ao lado de Charlie.

— Sente-se.

A olhei confusa, mas apenas acenei, me sentando na cadeira vazia ao lado de Charlie e apoiando o antebraço na mesa.

— Você já pode me explicar o que tá acontecendo agora?

— Seguinte... — Daphne começou, se sentando na cadeira à nossa frente e colocando o tablet dela na mesa. — Tenho uma proposta urgente para discutir com vocês dois.

— Nós dois? — dizemos Charlie e eu ao mesmo tempo.

Ela liga o tablet e abre uma montagem que tem um monte de fotos minhas com Charlie, arrancadas das entranhas do Google. São fotos de paparazzi, mostrando a gente indo juntos tomar café, ou fotos individuais recortadas e coladas para ficarmos juntos. Muitas foram roubadas do meu Instagram. É chocante, mas o pior é a quantidade de corações cafonas que ela desenhou ao redor das fotos... fora a lista de nomes que podemos escolher para o nosso futuro e inexistente filho.

— O que exatamente seria isso? — perguntou, olhando para as fotos com uma expressão um pouco chocada e confusa. Charlie não estava diferente.

— Vamos direto ao ponto. Não sei se vocês abriram as redes sociais hoje. Mas o vídeo de vocês cantando juntos no karaôke viralizou...

— Muito — Charlie completou, olhando para o painel de fotos.

— Exatamente — Daphne continuou, intercalando o olhar entre mim e Charlie.

— Prossiga.. — falei, tentando entender aonde ela queria chegar com tudo isso.

— Resumindo, vocês deveriam namorar.

No momento em que escutei essas palavras, quase engasguei com minha própria saliva.

— Desculpa, como é que é? Acho que não entendi direito.

— Vocês deveriam namorar.

— Ah! Foi mal. Meu ouvido deve estar com algum problema. Ouvi você dizendo que a gente deveria...

— Namorar — conclui Charlie por mim, e calafrios acompanham a palavra por toda a minha pele. — Ela disse isso mesmo. Mas por quê? — pergunta para Daphne.

— Bom... — ela começa, apontando para algumas fotos do painel. — Como eu já disse, o vídeo de vocês viralizou. Os fãs estão loucos. Todos estão shippando vocês e comentando sobre a química entre vocês.

Engoli em seco e encostei minhas costas no encosto da cadeira, escutando atentamente.

— Tem até marcas famosas propondo parcerias com vocês — Daphne continuou.

— Tudo isso por causa de um vídeo? — interrompo.

Daphne ri um pouco, balançando a cabeça. — Você já viu aquele vídeo? A química de vocês naquilo é praticamente surreal.

Charlie limpa a garganta, olhando para mim por um momento e depois para Daphne. — Nem é pra tanto...

— Claro que é — Daphne retruca. — Além disso, se vocês namorarem vai ajudar a impulsionar a popularidade de Percy Jackson.

— A série não precisa disso. Já é famosa mesmo sem ter lançado — respondo.

— Eu sei, mas se vocês virarem um casal, vai criar uma expectativa maior sobre o casal de vocês na série até o lançamento.

— E depois do lançamento da série e das propagandas? — pergunta Charlie, me olhando de soslaio rapidinho.

— Podem terminar, casar, tanto faz... como quiserem.

Ela dá de ombros e estende para nós uma caneta junto com o contrato.

— A gente não pode simplesmente... mentir para os fãs desse jeito — Charlie disse, olhando para os termos do contrato.

— Vai ser uma mentirinha boa, e depois vocês resolvem o que fazer para acabar com isso.

— Isso é loucura... — sussurro, balançando a cabeça e pensando por alguns segundos.

Seria apenas uma estratégia de marketing para ajudar com a popularidade da série... né?

O pior era ter que enganar os fãs, mas depois poderíamos apenas fingir que terminamos e pronto. Não seria tão difícil.

Quando olhei para Charlie, vi que ele já estava assinando a parte dele do contrato. Respirei fundo quando ele estendeu a caneta para mim, me dando a escolha de assinar ou de simplesmente não assinar.

Peguei a caneta da mão dele e assinei o contrato.

— Ótimo! Vai ser tranquilo — Daphne diz, pegando o contrato com um sorriso satisfeito. — Talvez seja até divertido.

 — Talvez seja até divertido

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𝐅𝐀𝐊𝐄 𝐃𝐀𝐓𝐈𝐍𝐆, 𝘊𝘩𝘢𝘳𝘭𝘪𝘦 𝘉𝘶𝘴𝘩𝘯𝘦𝘭𝘭Onde histórias criam vida. Descubra agora