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Entrei no meu camarim e me deparei com Daphne e Charlie sentados no sofá me esperando

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Entrei no meu camarim e me deparei com Daphne e Charlie sentados no sofá me esperando.

— Por que eu sempre sou a última a saber dessas reuniões? — indaguei, um tom de brincadeira na voz, enquanto me aproximava.

Daphne riu e sinalizou para eu sentar na poltrona na frente deles. — Precisamos conversar.

— O que foi dessa vez?

Charlie sorri, olhando para mim e depois para Daphne. — Também queria saber.

— Seguinte... — ela começa, entrelaçando os dedos e olhando para nós. — Vocês precisam se beijar em público.

Quase engasguei com minha própria saliva e olhei para ela com um olhar confuso e surpreso.

— O quê?

— Vocês acharam que ia fingir namoro e não iam ter que se beijar? — disse Daphne, dando uma risada que quase soou alto demais para aquele momento. — As fotos de vocês estão tendo uma repercussão imensa. Então agora é hora de dar indícios do namoro.

Charlie molhou os lábios e olhou para mim. — E quando vamos fazer isso?

Por algum motivo irreconhecivel, aquilo me arrepiou um pouquinho.

— Então, a Maisie tem a gravação de uma música hoje. Você vai acompanhar ela, e quando estiverem caminhando, você vai parar e beijá-la — ela explicou, olhando para Charlie.

Peguei o copo d'água que estava em cima da mesa de centro e bebi um gole, tentando desesperadamente me manter calma, mas a ansiedade só aumentava.

— Ok... não pode ser tão ruim, né? — tentei convencer a mim mesma.

A resposta de Charlie, um misto de doçura e provocação, me ajudou a relaxar um pouco.

— Acho que não, — respondeu ele, com um sorriso maroto.

Ele manteve o olhar em mim por tanto tempo que, incapaz de suportar a intensidade do momento, desviei o olhar, minhas bochechas esquentando.

— Ótimo! — Daphne exclamou, notando minha reação. — Maisie, você precisa se arrumar porque sua cena começa em dez minutos.

(...)

O produtor estava concentrado, observando sua tela iluminada enquanto ajustava detalhes da gravação da música. Ao seu lado, Daphne fazia anotações e enquanto isso eu descansava ao lado de Charlie.

— Gostei da música — Charlie comentou, se virando para me olhar. As coisas pareciam um pouco tensas com o fato de que teríamos que nos beijar em menos de 30 minutos. — Qual é o nome.

Traitor — respondi, bebendo um gole de água. — Um pouco triste, mas eu até gostei.

— A letra toca na ferida. — ele fez uma careta, brincando. — Mas olha pelo lado bom, muita gente gosta das músicas tristes.

— Verdade! — concordei, rindo. —

Charlie soltou uma risada suave, e percebi como era fácil me soltar ao seu lado. — E é sempre a mesma história: o cara magoa a garota, ela escreve uma música sensacional, e os outros caras ficam todos em apuros. O que será que podemos concluir disso?

— Que os homens precisam parar de ferrar com os sentimentos das garotas! — brinquei, balançando a cabeça dramaticamente.

— Maisie, agora a gente vai gravar a última parte — o produtor pronunciou e eu acenei, colocando o copo na mesa e indo novamente até a sala fechada onde eu cantava.

Quando terminei a gravação, Daphne foi embora primeiro e eu e Charlie depois.

Daphne havia comentado que tinha contratado um paparrazzi para fotografar o beijo, assim teria mais repercussão. E isso não ajudava nem um pouco com minha ansiedade.

Charlie segurou minha mão, seguindo o pequeno "roteiro" que Daphne havia explicado.

— Os paparazzi já estão aqui — ele sussurrou, apertando levemente minha mão.

Eu olhei ao redor. E, claro, estavam ali. Um deles estava de pé perto de um carro, tentando ser discreto e falhando miseravelmente. Os outros dois estavam afastados, já com as câmeras preparadas.

Isso é loucura, pensei comigo mesma.

— É agora? — sussurrei de volta, tentando controlar meu nervosismo.

Charlie parou de andar e virou de frente para mim, ainda segurando minha mão e acenando com a cabeça. Meu coração acelerou, e não era só por causa dos três paparazzi tirando fotos daquilo.

Respirei fundo e olhei para ele, tentando lembrar que aquilo só fazia parte do plano. Só um beijo. Não é grande coisa.

Então, Charlie se aproximou, um passo à frente. Ele soltou minha mão e colocou a dele suavemente no meu rosto. Eu fechei os olhos por um segundo, tentando me acalmar, e então ele me beijou.

Os lábios dele tocaram os meus, e, por um momento, tudo ficou em silêncio. As pessoas passando na rua e os papparazzi pareceram sumir. O beijo foi suave, e mesmo que soubéssemos que era encenado, havia algo gentil e cuidadoso na forma como ele me beijou. Era um beijo simples, rápido, mas tinha uma certa doçura. Talvez fosse o nervosismo ou talvez fosse algo que a gente não estava pronto para admitir.

Quando ele se afastou, eu abri os olhos devagar e vi o sorriso meio desajeitado no rosto dele.

— Pronto. Agora só esperar as manchetes — ele brincou, mas sua voz estava um pouco mais baixa.

Eu soltei uma risada nervosa. — Sim...

Olhei para o lado e vi as câmeras disparando, luzes piscando. A missão estava cumprida. Nós tínhamos feito exatamente o que Daphne pediu. 

 

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𝐅𝐀𝐊𝐄 𝐃𝐀𝐓𝐈𝐍𝐆, 𝘊𝘩𝘢𝘳𝘭𝘪𝘦 𝘉𝘶𝘴𝘩𝘯𝘦𝘭𝘭Onde histórias criam vida. Descubra agora