{EM ANDAMENTO}
Dentro do universo emocional de Jungkook, há um lugar especial que ele chama de seu "little space". É onde ele se permite ser completamente ele mesmo, brincalhão e vulnerável. Mas essa parte delicada de sua personalidade permanece ocu...
Não esquece do votinho e do seu comentário, isso normalmente ajuda a continuar, desse jeito eu saberei que estão gostando do que faço.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A tensão na sala era palpável, e mesmo que todos tentassem manter a calma, a situação estava claramente fora de controle. O jantar, que deveria ser um momento de união e conforto, havia se transformado em um campo de batalha emocional.
Jimin já havia se levantado da mesa, levando Jungkook consigo, indo até a sala. Jimin tentando acalmar o mais novo, que permanecia assustado com a reação de Taehyung.
— Calma, amor... Tá' tudo bem, hum? — falou, balançando o pequeno em seu colo, enquanto afagava seus cabelos, afastando-os de seu rosto molhado.
Jimin cantarolava algo, na tentativa de fazer o choro cessar, o que era difícil, já que conforme os gritos de Taehyung ficavam mais altos na cozinha, o maknae ficava ainda mais assustado.
— NÃO, EU NÃO VOU FICAR QUIETO! — Taehyung gritou, após Namjoon tentar acalmá-lo. — VOCÊS NÃO QUERIAM ESCUTAR? POIS BEM, ESCUTEM AGORA, CARALHO!
— Taehyung, não há necessidade disso, vamos te escutar, de preferência, em uma altura mais baixa, certo? — Jin falou com calma, mas ainda rígido.
Taehyung olhou para Jin com um misto de raiva e desespero, as mãos trêmulas segurando a beirada da mesa como se fosse a única coisa o mantendo de pé. Seus olhos estavam arregalados, dilacerados entre o medo e a dor reprimida.
— Mais baixo? Mais baixo?! — Taehyung riu, uma risada amarga e completamente fora de controle. — Vocês sempre querem tudo em silêncio, tudo escondido, como se fosse fácil! Como se tudo isso fosse um capricho meu, como se o que eu sinto não fosse real!
Namjoon deu um passo à frente, tentando manter o tom conciliador. — Ninguém está dizendo isso, Tae. Estamos aqui para você, mas precisamos que você...
— NÃO! — Taehyung o interrompeu, a voz estrangulada. — Vocês não entendem! Minha família está me destruindo! Todos os dias, são mensagens, ameaças, um inferno que vocês nem imaginam! Eu acordo com medo de abrir o celular, medo de ser xingado, ameaçado, de saber que não sou nada para eles! E vocês... — ele apontou para todos, a mão tremendo. — Vocês não veem isso. Vocês só veem o Jungkook, sempre o Jungkook!
Os olhos de Taehyung estavam marejados, e a respiração entrecortada denunciava a luta interna que ele travava.
— Ele fica chorando, todo mundo corre. Ele cai, todo mundo levanta. Eu estou me afogando e ninguém percebe! Eu sou o lixo da família, e agora sou o lixo aqui também!
O choro de Jungkook ficou mais alto na sala ao lado, ecoando na cabeça de Taehyung como um martelo. Ele passou as mãos pelo rosto, tentando afastar as lágrimas que insistiam em cair.
