-Bem...Com a casa não precisam de se preocupar. Como é óbvio, ficam a morar comigo.- disse James.
-James, não precisas de te preocupar. Tens a tua namorada e...não nos queremos intrometer na vossa vida.- disse eu.
-Passei dois anos sem vocês...Não penso deixar-vos enquanto estiverem em terra. A Mia não se importa de vocês cá estarem...- disse James.
-O "não penso deixar-vos" agrada-me...mas não quer dizer vamos casar, pois não?- disse Chase.
-Já sentia falta das tuas bocas...- disse James.
-Admite que tiveste saudades.- disse Chase.
-Eu não admito nada...Mas talvez...- disse James.
Eu ri-me. De seguida, uma rapariga linda entrou em casa.
-Olá, amor...- disse a rapariga a James.
-Mia, estes são o Tomás, o Chase e a Juliet. Eles são uns amigos meus que estão a fazer uma visita. Eu gostava que eles ficassem aqui algum tempo, se não fosse um encomodo claro.- disse James.
-Claro. Finalmente conheço alguns amigos teus. Eu sou a Mia, a namorada do James. É um prazer conhecer-vos.- disse Mia.- Estou feliz por ficarem cá. O James raramente trás alguém para casa...Temos uma casa enorme e não trás cá ninguém. É um prazer ter-vos cá em casa. Fiquem o tempo necessário.
-Nós agradecemos. E, no que pudermos ajudar, é só dizer.- disse eu.
Mia foi até à cozinha colocar as compras. Tomás e James foram ajudá-la com as compras. Eu comecei a falar com James.
-Então, não trazes muitos amigos, hein?- disse eu.
-Tentei convidar-vos mas acho que os correios não sabiam para onde mandar as cartas.- disse James.
-Bem visto. Ela parece simpática.
-E é.
-Escolheste bem, tens bom gosto.
-Obrigado. Então, quanto ao emprego, se estiveres interessada, gostava de vos levar aos três a um sítio.
-Claro. Quando o Tomás e o Chase regressarem vamos.
-Perfeito. Eu vou ajudá-los com as compras.
James saiu e eu fiquei sozinha na sala. Olhei em redor e sorri: apesar de já se terem passado dois anos, a sala estava igual. Permanecia a mesma.
Mais tarde, tal com prometido, James levou-nos a um bar. Consegui ler, numa placa com luzes de néon verdes, o nome do bar: "Verdant".
Entramos no bar e James disse:
-Acham que podiam trabalhar aqui? Falo com os rapazes claro, para a Juliet tenho outros planos.
Chase e Tomás sorriram e Chase disse:
-Estás a brincar? Eu vou adorava trabalhar neste sítio.
-O que vamos fazer? Vamos servir às mesas?- perguntou Tomás.
-Achas? Para isso já existe muita gente.- disse James.
-Não faz mal. Este sítio é incrível. Até me contento só de limpar o chão deste sítio.- disse Tomás.
-Limpar o chão? Não, vocês estão a interpretar tudo mal.- disse James.- Eu conheço o dono do bar. Ele está à procura de gerentes. Vocês vão gerir o bar.
-Gerir este sítio?- disse Chase.- Brutal! Vou adorar.
-E eu.- disse Tomás.
-Espera lá. Tens a certeza de que o dono confia neles? Quem é o dono?- disse eu.
-Claro que o dono confia neles. E não te preocupes que eu conheço o dono perfeitamente.- disse James.
Entretanto, um empregado passou por nós e disse, dirigindo-se a James:
-Boa tarde, patrão.
Fiquei boquiaberta.
-Patrão!?- disse eu.
-Eu disse que conhecia bem o patrão. Ninguém me conhece tão bem como eu próprio. Tenho este bar à cerca de uma ano. Pensava que conseguia geri-lo mas, com o trabalho todo que tenho, não tenho tempo para o fazer. Assim, os rapazes podem geri-lo. Sei que é só temporário, porque não vão ficar cá para sempre, mas por enquanto é uma boa solução.- disse James.
-Oh, estou tão orgulhosa do meu menino.- disse eu apertando as bochechas de James.
-Pára, pareces a minha avó...- disse James.
-Pensei que a tua avó já tinha morrido.- disse eu.
-E já morreu. Por isso é que eu digo que pareces ela...- disse James.-Agora vamos, quero mostrar os escritórios aos rapazes. E depois vamos ao teu local de trabalho, Juliet.
James mostrou os escritórios, que eram grandes e estavam bem decorados, aos rapazes. De seguida, fomos até uma gravadora discográfica.
-O que é que aqui estamos a fazer James?- perguntei eu.
-Este vai ser o teu local de trabalho.- disse James.
Uma rapariga, alta e de pele morena, veio ter com James e disse-lhe:
-Bom dia senhor, era para o relembrar que a sua cliente mais recente, uma tal "Juliet Evergreen", grava amanhã a primeira canção. Ela tem de estar presente na cerimónia de bem-vindas.
-Obrigado Rose, depois vai ter comigo ao escritório para falarmos dos outros clientes.- disse James.
-Sim, senhor.- disse Rose, saindo de seguida.
-Tu também és dono disto?- perguntei eu.- E porque é que ela disse o meu nome?
-Sim, sou dono disto. Esta é a minha empresa de management. Eu sou manager. E ele a disse o teu nome porque tu vais ser uma das minhas cliente. Por outras palavras, vais ser cantora.- disse James.
-Primeiro, Uau. Segundo, quem é que te disse que eu sabia cantar?- disse eu.
-És um anjo...Não tens de ter uma voz divinal?- disse James.
-Eu sou um anjo, não uma sereia.- disse eu.
-Existem sereias?- perguntou James.
-Não!- disse Chase.
-Então ela sabe cantar, não sabe Tomás?- perguntou James.
-Não sei.- disse Tomás.
-Não sabes? Ela é tua mulher e tu não sabes se ela sabe cantar?- disse James.
-Não. Nunca a ouvi cantar.- disse Tomás.
-Oh, não me digas que ela não sabe cantar..Estou feito. - disse James.
-Não te preocupes.- disse Chase, sorrindo.
-Como não me preocupo? Estou prestes a agenciar alguém que não sabe cantar.
Eu sorri e, com a voz afinada, comecei a cantar o The Call da Regina Spektor (música na media). James esperou que eu terminasse e depois disse-me:
-Ah, afinal sabes cantar. Não podias ter dito logo isso?
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Anjo Caído II: Retorno
RomanceDois anos depois da sua luta contra demónios, Juliet regressa. Durante os anos que se seguiram à guerra entre demónios e anjos, Juliet governou o céu em prosperidade. Mas uma nova ameaça abala o reino dos céus: os anjos começam a morrer um a um. Cab...