Capítulo 38

329 47 15
                                    

A lembrança veio como uma chuva que passa de gotas finas e suaves para uma tempestade quase que imperceptível. Rafaella havia se planejado acordar antes de Gizelly e pedir o café da manhã para servi-la na cama. Como seria apenas receber e organizar na cama, não seria muito trabalho para ela.

Gizelly havia ficado com ela durante um bom tempo na madrugada, mesmo estando cansada e não reclamou em momento algum, a fazendo companhia e a fazendo rir, como sempre a morena fazia, então Rafaella queria fazer algo pra ela e já que não havia tanta opção, pensou em pedir o café e depois transar quantas vezes Gizelly tivesse a energia.

Nada saiu como planejado, porque ela mesma não teve energia para acordar mais cedo que Gizelly e assim, quem acordou com o café na cama, foi ela.

Quando acabou de comer, a lembrança foi realmente inevitável.

— O que você tá fazendo em pé? Porque já tá fazendo o café? — Rafaella perguntou, amarrando o roupão. Ela havia dito que faria o café da manhã para Allan, que sairia para o trabalho cedo.

— Você sabe que horas são? — Allan perguntou, parecia irritado.

— São 4:30 ainda! — Rafaella respondeu.

— São 5:30! — Allan falou.

E Rafaella checou no seu relógio do pulso, mas constava 4:30. — A hora do meu celular tá errada?

— Deve estar! — Allan respondeu, o tom de voz indicando que ele não estava nada feliz.

— Me desculpa, eu atrasei sem querer! — Rafaella falou, se aproximando deles. Tinham se casado fazia apenas dois dias e tinham sido dias bons, já que Allan não havia desgrudado, atrás de sexo como um cachorro louco.

— Que não aconteça de novo! — Ele falou, ignorante. — Não me casei com uma irresponsável que não consegue nem ajeitar o relógio direito! Agora por sua culpa, não vou conseguir ir para a academia, já que faltam só trinta minutos para o horário do trabalho!

— Desculpe, eu realmente achei que ainda era 4:30! — Rafaella pediu, sentindo-se culpada.

— Não quero saber, pode voltar a dormir, inútil! — Allan virou as costas, indo até a mesa da cozinha.

— Rafa? Amor? — A voz de Gizelly a tirou dos pensamentos.

— Ahn? Oi! — Rafaella piscou os olhos algumas vezes.

Gizelly riu baixo. — Estava pensando em que? — Ela estava em pé ao seu lado, enquanto Rafaella estava sentada na cama com a bandeja de café da manhã, que agora já estava quase vazia. Gizelly beijou sua bochecha, depois sua sobrancelha, descendo pra seus olhos que fecharam automaticamente.

— Em coisa ruim! Bem melhor a realidade de agora... — Rafaella respondeu, ainda de olhos fechados, sentindo os lábios gelados de Gizelly descerem dos seus olhos para seu nariz, boca, queixo.

— Ok, então, foca em mim! — Gizelly piscou, rindo baixo e voltando a beijar sua boca.

— Hm... tava bebendo água? Sua boca tá geladinha! — Rafaella falou de forma manhosa.

— Estava! — Gizelly respondeu, segurando suave em sua nuca. — Quer esquentar?

— Quero! — Rafaella respondeu já puxando o lábio inferior de Gizelly e o sugando antes de aceitar a língua que já fazia caminho para sua boca, iniciando um beijo que não só esquentou os lábios de Gizelly, como seus corpos, rapidamente se transformando em toques ousados, com dos dedos de Gizelly fazendo caminho em sua coxa, em direção a sua bunda.

All StarOnde histórias criam vida. Descubra agora