Capítulo 51

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Dezembro, 23

Natal, a época do ano que Rafaella sempre quis enfeitar a casa do jeito que sua cabeça dissesse e ter daqueles jantares chiques com sua família e amigos mais próximos. Uma pequena festa dentro da sua casa que aquecesse o coração de todos com aquele clima de amor e gratidão.

E ela já havia tentado fazer antes, mas nunca tinha conseguido, como sempre Allan atrapalhando tudo em sua vida. Ele não estava mais presente. Esse seria o ano que ela realizaria essa vontade.

E por isso, lá estava ela se aproveitando de dois fatores. O primeiro, sua esposa era Gizelly Bicalho, o que significava que ela não teria que se matar para enfeitar a casa toda sozinha, Gizelly estava realmente pondo a mão na massa e sem parecer ligar que Rafaella tinha recusado a ideia dela de contratar alguém para fazer isso.

A mais velha achava que ia estragar a experiência, porque esse seria o primeiro natal feito exatamente do jeito que ela queria.

O segundo fator, só faltavam sete dias para seu repouso acabar e ela já estava se sentindo na energia para fazer qualquer coisa, então também estava colocando a mão na massa, na medida do possível, claro.

Gabriel agora estava acordando apenas duas vezes durante a madrugada e elas tinham conseguido fazer uma rotina boa para Rafaella dormir melhor. Ela estava indo dormir mais cedo que Gizelly, logo após ela amamentasse ele e Gizelly ainda ficava para colocá-lo pra arrotar, trocar a fralda e verificar se ele estava dormindo.

Quando acordava, era sempre com Gizelly já tendo Gabriel nos braços e a ajudando, então Rafaella estava tendo noites muito melhores que antes, ainda mais que até pra levar Gabriel para tomar o banho de sol, Gizelly acordava mais cedo que ela e quando Rafaella levantava, a mesma já estava no quintal, cantando músicas infantis.

As vezes Rafaella ficava se sentindo culpada por aceitar todas as ajudas de Gizelly, preocupada de que ela ficasse cansada demais, mas ela lembrava das palavras da mesma e sabia que era verdade, era a responsabilidade dela também e era algo que ela amava fazer, não importava o cansaço, porque ela ama Gabriel do mesmo jeito que Rafaella.

E Gizelly também estava sendo maravilhosa em relação a respeitar seu tempo para o sexo. Rafaella quem estava sendo completamente estranha sobre isso. Outra coisa que estava fazendo-a se sentir culpada. Ela simplLeonte não estava conseguindo chegar em Gizelly, parecia que tinha voltado a adolescência e não sabia de nada sobre o assunto, com vergonha de errar em beijos ou outras coisas mais.

Não sabia porque estava assim e sabia que Gizelly precisava de algum alívio. Pensou em usar mãos e boca, ela poderia ajudar Gizelly assim, mas simplesmente não estava tendo coragem. Quando ia pra perto dela e encostava corpo com corpo, seu coração parecia que ia sair pela sua boca e ela não conseguia ir adiante, fingia apenas querer um abraço e se sufocava no pescoço da morena, com vergonha.

Só queria voltar à normalidade, não estava entendendo porque isso estava acontecendo e só torcia para que quando acabasse o tempo de repouso, Gizelly partisse pra cima dela, a jogasse na cama e fizesse ela perder qualquer vergonha que estava.

Rafaella suspirou. Sabia que não poderia ser realmente jogada, precisavam fazer mais lento, mas não significava que ela não podia desejar que ela fizesse isso.

Pois é, sua libido estava voltando com toda a força e sua mente não estava ajudando muito com os cenários criados. Sentiu a bochecha esquentar de uma forma que sabia que seu rosto devia estar completamente vermelho.

— O que tá acontecendo comigo? — Perguntou pra Gabriel, que mamava de olhos fechados, mas os abriu na mesma hora. — Sua mãe tá ficando doida, sabia? É, sua mãe tá ficando doidinha! — Brincou com a mão dele.

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