capítulo dezesseis

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Devolva-me o sono, aquele que roubastes, escapando com uma parte do que eu considerava meu.

Devolva-me os sonhos, já que também me roubastes preenchendo todos eles com memórias e lembranças tuas.

Devolva-me as palavras, pois sempre que te vejo fico sem fala, reduzindo-me a monossílabos.

Devolva-me o desejo, uma vez que, vez ou outra, te enxergo nele, aparecendo furtivamente me arrancando de mim.

Devolva-me eu, e isso é tão auto explicativo que eu acharia estúpido explicar o quanto de mim chega a te pertencer.

Mas devolva-me sem receio, sem pressa de partir; vem aos poucos, que eu também te roubo alguma coisa.
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