A Declaração

4 1 0
                                    

Alan me segurou de uma forma que me fez sentir segura, mas também despertou algo novo em mim: uma paixão inesperada.

~ Não! Eu não posso me apaixonar agora!~

— Desculpe, não deveria ter te segurado assim! — disse Alan, arrependido.

— Está tudo bem, Alan. Acho melhor você ir embora — respondi.

— Tenente Faraday, é melhor o senhor se despedir da senhorita Cabral e ir para casa. Já está tarde, e amanhã ambos têm compromissos — disse Maria, como sempre, muito cuidadosa.

— Tudo bem, Maria, estou indo. — Alan estava saindo, mas de repente voltou. — Eu te amo, minha querida Naty! — Ele me deu um beijo na testa e se foi.

~ Poxa Alan! Colabora!~

No dia seguinte, enquanto me arrumava para a academia, os acontecimentos da noite anterior ainda estavam frescos em minha mente... Aproveitei o momento de calma para orar e ler a Bíblia. Encontrei o seguinte versículo:

"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos." Isaías 55:8-9

— Senhor Jesus, eu não entendo por que tudo isso está acontecendo, mas sei que tudo tem um propósito. Que eu saiba servi-Lo da melhor maneira! Amém.

Horas depois:

— Boa tarde, meninos! Como vocês estão?

— Boa tarde, baixinha! — respondeu Eduard. — Estou ótimo.

— O David está com saudade de você. Ele ficou preocupado com o que aconteceu ontem! — comentou Alan.

— Por que não marcamos um piquenique no bosque? — sugeriu Eduard.

— Acho difícil o vovô me deixar ir ao bosque com vocês, a não ser que a Maria vá junto... — respondi, dando de ombros.

— Eu vou falar com o Coronel! Ele vai deixar! — disse Alan.

Passamos pela mansão dos Faraday e pegamos David, que parecia ansioso. Quando chegamos à minha casa, meu avô, com um semblante sério, nos encontrou.

— Vou dizer uma vez para os quatro ouvirem — disse meu avô, com firmeza. — Vocês saem cedo da academia, desviam do caminho para deixar a Natália e ainda querem permissão para ir ao bosque? — faz uma pausa dramática — Pois bem, podem ir! Só voltem antes do jantar. Irão todos jantar aqui! — Todos nós rimos.

— Poxa, vovô, pensávamos que o senhor ia nos dar uma bronca — falei, abraçando-o e recebo um beijo na testa.

— Porque eu faria isso? — pergunta engraçado — vocês podem ir, mas juizo ein! — Fala sendo empático

Pegamos algumas coisas com a ajuda de Maria e corremos para o bosque.

— Vamos dar um mergulho no rio? — Chama David.

— Quem chegar por último é a mulher do padre! — disse eu, já correndo.

Para tentar me atrapalhar, Alan me abraçou pela cintura e me ergueu no ar.

— Me larga Alan! — falo me debatendo entre risos quando de repente ele me derruba dentro d'água e caímos na gargalhada.

Brincamos no rio como crianças. Depois, deitamos à beira do rio. Alan estava com o braço estendido e eu estava sentada. Quando me inclinei para deitar, apoiei a cabeça sobre seu braço. Envergonhada, levantei-me imediatamente e fui até a comida do piquenique.

Corações Em Tempestades ( Concluída ) Onde histórias criam vida. Descubra agora