O Grande espetáculo.

91 20 23
                                    

2/3

Capítulo 10: O Grande espetáculo

J O S H B E A U C H A M P

J O S H    B E A U C H A M P

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

The CEO.

Eu tinha um plano, e estava seguindo-o à risca. Até agora, tudo estava indo conforme o esperado, com exceção de alguns contratempos inesperados — como Dylan. O garoto, de alguma forma, havia parcialmente descoberto a verdade e agora me chantageava. Por mais que ele tentasse agir como se me odiasse, no fundo, eu sabia que era só mais uma criança se divertindo com a situação, aproveitando a oportunidade.

A cada nova provocação, cada pedido ou ameaça velada, parecia que Dylan estava jogando um jogo. Testava os limites, vendo até onde poderia ir sem que eu perdesse o controle. E eu, a cada movimento dele, me esforçava para manter a calma, para não deixar que essa pequena variável abalasse tudo o que eu tinha planejado até ali. Mas a verdade é que o garoto, com sua inteligência precoce e o senso de humor ácido, estava se aproveitando da minha situação. E, de alguma maneira estranha, eu não conseguia culpá-lo completamente.

Era frustrante ser manipulado por uma criança, especialmente porque eu sabia o quanto ele ainda tentava entender o mundo ao seu redor. Dylan não era apenas um moleque travesso, ele estava criando suas próprias regras e me usando como peça principal do jogo. Na teoria, eu podia compreender isso, mas lidar com a situação na prática era outra história. O desafio real era não surtar enquanto ele jogava suas cartadas.

— Seu telefone está tocando — Any murmurou, distraída, enfiando a mão no balde de pipoca ao nosso lado.

Estávamos assistindo a um filme numa tarde de sexta-feira. Ela que havia sugerido, e claro, eu não hesitei em aproveitar a oportunidade de passarmos um tempo juntos. Não que eu estivesse especialmente ansioso para estar ao lado dela, mas admito que essa convivência forçada estava se tornando... interessante, no mínimo.

Peguei o celular que estava tocando sobre a mesinha de centro, mal prestando atenção. Estava absorto no filme até que algo não me pareceu certo.

— Esse não é o meu celular — falei, franzindo a testa. — É o seu.

Any olhou para o aparelho em minhas mãos e, com toda a calma do mundo, o pegou de volta.

— Ah, deve ser a Joalin — comentou, casualmente, enquanto desbloqueava a tela. — Eu fui visitá-la semana passada.

Joalin. O nome não me dizia muita coisa, mas a forma como ela o mencionou despertou minha curiosidade.

— Quem é Joalin? — perguntei, tentando disfarçar meu interesse.

Any deu de ombros, como se fosse algo irrelevante.

— Uma amiga de longa data. Ela mora em Nova Iorque agora, trabalha em um grande hotel no Central Park. Está super bem-sucedida, sabe? Trabalha diretamente para o dono do hotel.

Catch me if you can - 𝗯𝗲𝗮𝘂𝗮𝗻𝘆.º ~ Onde histórias criam vida. Descubra agora