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Mia

A implicância de Rose com Leah, fica para trás antes que a garota nova possa se defender, o que duvido pela forma como seu corpo reage, ou eu, pelas vozes altas e correria vindo da porta da frente. Leah, Fanny, Rose e mais algumas garotas e eu, corremos até lá. Que porra?! Tristan e Denzel, carregam a pequena montanha musculosa que é Mal, ele não era lá tão alto, mas sem dúvida é o mais musculoso entre eles, perde somente para Dick, ou perdia, logo a imagem do grandalhão sobre aquela cama, me vem a mente. Fanny e eu somos as únicas à continuar até eles, o sangue vai deixando seu rastro pelo caminho que os caras seguem e acompanhamos.

— Quem fez isso? — Fanny indaga preocupada, olhando para Lion, que vem logo atrás. Não tinha notado sua presença ainda, contudo ela não obtém uma resposta — Merda! — resmunga, mas não por ter sido ignorada — Que porra?! Vou chamar o Jensen.

Jensen era um médico, melhor, ex, que fazia trabalhos para Dick.

— Não vai dar tempo, está perdendo muito sangue — digo, percebendo ainda mais o quão feio está toda a coisa, quando Tristan rasga a camisa de Mal, antes de colocarem ele sobre o grande sofá — Me traz o kit de primeiros socorros, Fanny — peço, tomando a frente dos rapazes, ninguém se opõe. As outras garotas a acompanha. Leah finalmente se aproxima — Água quente, panos limpos e uma garrafa de uísque — peço a ela, que parece não me ouvir. Então, Tristan se move junto com Lion, o último para fora. Provavelmente em busca do médico. Denzel carrega sua namorada para longe dali — Bom, Mal, somos você e eu agora — ele geme.

— Vamos lá, Realeza — murmura entre gemidos.

Tristan volta antes que Fanny, e antes de começar a limpar, tomo uma bela dose do álcool, que desce rasgando tudo dentro de mim. Antes de entregar novamente a Tristan ofereço a Mal, que leva uma boa dose também. Então, começo a coisa toda, não leva muito até Fanny estar de volta com o que pedi, mas leva o bastante para que eu consiga remover a bala e se não estou errada, poderia ser muito pior do que está e aparenta.

— Preciso costurar agora — aviso, quando só resta isso para finalizar a coisa toda — Ou quer esperar pelo Jensen?

— Confio em você — Mal responde, não sei se a dor, a bebida, ou os dois, mas sua resposta me pega de jeito — Sou todo seu.

— Sua culpa, então.

Levo menos tempo do que imaginaria, ainda que não tenha sido nada rápido, ao terminar, Mal está apagado, o conjunto responsável: perca de sangue, dor, quase uma garrafa completa de uísque e analgésico.

— Fanny, chama alguns dos rapazes para se livrarem do sofá — Fanny que ainda estava assustada e preocupada com o pequeno gigante, apenas assente, desviando pela primeira vez seu olhar do corpo apagado e ensanguentado de Malcom. Olhando em minha direção com um olhar feio, Tristan tecla rapidamente em seu celular e logo sons se aproximam. Denzel chega e os dois, tratam de levantar Mal, que apenas solta alguns resmungos, mas continua com seus olhos fechados — Compra um sofá — diz para mim, antes de sumirem.

Jogo minha bunda no chão e respiro fundo, sem acreditar ainda no que aconteceu. Nunca pensei que iria de fato tirar a bala de alguém, Dick, me mostrou como se fazia uma vez, mas nunca tinha praticado de fato, costurar era outra coisa. Foi estranho, mas bom.

Meus olhos se abrem e é quando percebo que havia fechado eles, ao ouvir a voz de Lion:

— Onde ele está?

O doutor ao seu lado.

— No quarto de sempre — Tristan responde. Quanto tempo passou? — Lembra, Jensen? — o médico, um homem alto e quase beirando os quarenta, assente, trocando um aperto de mão com Tristan.

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