Love In The Dark

10

Tristan

O sorrisinho irritante de Lion em minha direção é o que me faz notar como esmago minha lata de cerveja, eu quero socar a cara dele para tirar esse maldito sorriso de lá e outro tiro em Malcom, para ver se assim cala a porra da boca.

— Boa noite, garotos! — Leah chega sorridente, tomando seu lugar no colo de D. E por falar em Denzel, ainda precisávamos ter "aquela" conversa — Vocês sabem da Mia? Não a vi o dia inteiro.

— Isso é verdade — Malcom diz.

— Realeza está de castigo, Tristan? — Lion indaga divertido.

Que filho de uma grande puta!

— Não sei da Princesa.

— Foi você quem deu o apelido a ela? — questiona Leah, timidamente. Ela era assim comigo.

— Não mexa nesse ninho, Baby — avisa Denzel, acariciando o braço da namorada.

Ela assente.

— O que quer com ela? — pergunto de uma vez, três pares de olhos masculinos se voltam para mim.

Que porra!

— Quero saber se ela pode me dar uma carona até à cidade vizinha.

— Por que a Mia iria até á cidade vizinha? — Malcom questiona.

Atiro minha lata completamente esmagada para o outro lado do quintal.

— Dar uma olhada ao redor do campus. Resolver tudo o que há para resolver — responde como se fosse óbvio.

O padrinho não tinha contado sobre o Docinho dele sendo aceita na faculdade. Certamente, isso não passaria em branco. Nunca passava em branco nada que envolvesse a menininha dele, por mais que ela pense o contrário. Por isso alguns eram ressentidos com ela, principalmente as outras garotas. Todas morriam de inveja, elas até poderiam ser cuidadas pelo padrinho, mas nenhuma tinha seu lugar como favorita, como filha dele. Não de sangue, mas, o mais importante, coração. Então, isso significava que ele não fazia ideia.

— Sendo sincero, pensei que Dick pagasse para Realeza ir bem no colégio — D. comenta, tomando sua cerveja em seguida — Não seria lá a primeira vez — junto a Mal e Lion, trocam sorrisos, eles sabem muito sobre isso.

— Nem um pouco. Mia é muito inteligente! — Leah rebate.

— Então, além de mimada é nerd — Denzel volta a falar.

Sua garota, deixa um tapa em seu braço. Ele resmunga, mas logo está deixando um beijo nos lábios dela.

— Já não passou pela cabeça de vocês que o fato dela sempre correr para o Dick, é somente culpa de vocês? — Leah insiste na defesa dela. Tinham se tornado amigas? — Ela é uma boa pessoa. Vocês quem perdem! — afirma veemente.

Assim que se cala, os mesmo três pares de olhos anteriores, estão de volta para mim. O silêncio reina somente para ser dispersado pela velha caminhonete. O carburador deveria estar com problema outra vez.

— Oi, Mia! — Leah cumprimenta assim que ela desce do carro. Ela acena, passando quase batida para dentro de casa — Espera! — ela o faz, dando meia volta, ainda sem abandonar as sacolas que carregam. Parece que o baú e frigobar ganhariam uma recarga e não a veríamos por alguns dias na cozinha — Pode me dar uma carona quando for até o campus?

Mia arregala levemente os olhos azuis irritantemente claros, para logo voltar a neutralidade.

— Meu carburador está ruim, mal consegui chegar até aqui. E, não vou á faculdade esse semestre — responde