11. Good boy

470 46 159
                                    

ˏˋ ༻🅺🅸🅽🅺🆈༺ ˎˊ

Aviso: cenas de sexo explícito com petplay. Se você não se sente confortável em ler esse tipo de conteúdo, pule para o próximo aviso.

Para quem ficar, esteja avisado que é realmente um petplay kink.

ˏˋ ༻🅺🅸🅽🅺🆈༺ ˎˊ


Pouca luz além do banho prateado que a luz despejava no quarto me permitia vê-lo em detalhes, mas o rubor sob as sardas e o brilho interessado em suas írises cor de mel acendiam em meio a penumbra. As orelhinhas cor de caramelo, que seus fios loiros contornavam, estavam viradas para frente, tão atentas quanto seu dono no que estava prestes a fazer.

Lico hesitou por um segundo antes de prender a tigela plástica entre os dentes. O material frio que tocou seus lábios enviou um arrepio por sua espinha, um misto de timidez e vergonha o reprimindo. Eu notei como sua respiração tornou-se superficial e instável, ele estava se questionando sobre o porquê de estarmos fazendo tudo aquilo.

— Está tudo bem, Lix — eu não disse muito, mas ele sabia o que cada palavra não dita significava.

A resposta para seus questionamentos internos. Não, você não está ridículo, Lix. Você não tem do que se envergonhar. Comigo você está livre para explorar tudo o que tiver vontade de fazer. Esse é o nosso espaço livre de julgamentos, estou nisso com você, estamos seguros, estamos bem, está tudo bem.

E eu percebi em seus músculos abdicando lentamente da rigidez que ele entendeu.

Lico travou uma breve batalha interna com sua moral, suas regras autoimpostas de conduta e expressão de si mesmo; mas eu seria seu escudo e sua espada para garantir nossa vitória.

Porque nosso jogo não se tratava de uma condenável atuação de um tutor se excitando por seu animal de estimação, ou qualquer outro estigma doentio naquela linha. Era sobre libertação, sobre submissão, superação de limites, cuidado e amor incondicional.

Lico já sabia racionalmente pelas minhas palavras que nada sobre uma falsa aparência ou comportamento que remetia ao animal me excitava, meu prazer estava em presenciar sua entrega tão completa ao ponto de livrar-se de suas complexidades humanas e expressar-se da maneira mais básica e instintiva que seu lobo quisesse.

Ele confiava tanto em mim que se permitia despir-se de todas as camadas sociais de etiqueta que o restringiam, que o tornavam parte da sociedade civilizada.

Lico era instintos, Lico era liberdade, Lico era selvagem.

Nada menos, nada mais. Nem animal, nem apenas um homem, e sim um estado de espírito.

Era complexo, custoso de entender, era esperado que ele levasse seu tempo para trilhar o caminho, e eu queria que fosse assim, para evitar mal entendidos, para evitar que estivéssemos em páginas diferentes.

Lico não poderia me excitar se fosse de qualquer outra espécie, ou se não fosse consciente de seus atos. Meu cachorrinho me excitava precisamente por não ser um de verdade, mas estar disposto a agir como tal para ganhar minha adoração.

E, principalmente, por se tratar de Felix e tudo o que o tornava quem era, é claro.

— Traga para mim — pedi, com acolhimento e provocação no tom de voz.

Ele me olhou fixamente e eu vi o momento em que o humano preocupado se desfez como uma aura, dando lugar para o meu precioso e obediente submisso assumir. Com um suspiro, ele se entregou por completo, afundando os joelhos no macio tapete e arqueando as costas. De quatro, Lico caminhou até mim, e no percurso a tigela escorregou de seus lábios, rolando pelo chão.

Contos Kinky | HyunLixOnde histórias criam vida. Descubra agora