10. Puppy

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A luz do sol esgueirava-se pelas frestas das cortinas, pintando o quarto em tons de dourado. O som das ondas quebrando ao longe e o canto dos pássaros acordaram Felix. Ele abriu os olhos lentamente, sentindo a consciência voltar aos poucos para seu corpo. Memórias da noite anterior ressurgiram quando uma pontada de dor muscular percorreu sua espinha, um sorriso involuntário esticando seus lábios secos.

Jin e ele tiveram um momento tão intenso de amor e intimidade, e ele se sentia preguiçoso e contente. Os analgésicos que tomou ainda circulavam por seu sistema, embora não fossem totalmente eficazes, então ele conseguiu se sentar sem o incômodo na bunda o impedir. Olhou para aquele que repousava ao seu lado, dormindo profundamente.

Jinnie era um espetáculo etéreo, com seus músculos definidos sob a pele tatuada e os cabelos escuros espalhados pelo travesseiro. Felix se espreguiçou, sentindo uma sensação de bem-estar que o surpreendeu, apesar de ter sido cuidado com tanto carinho, ele não esperava se sentir tão... revigorado?

Fisicamente, não, mas emocionalmente, definitivamente sim.

Com um sorriso feliz, ele se colocou de pé e vestiu um roupão. Pegou o telefone e acionou o serviço de quarto baixinho. Poucos minutos depois a comida foi trazida e ele arrumou uma bandeja para acordar seu alfa com café na cama.

— Bom dia, dorminhoco — chamou, beijando Jin na bochecha.

— Mmm... — ele grunhiu, franzindo o cenho. — Só mais cinco minutinhos...

— Seu café vai esfriar. Preparei com tanto amor para você, vai fazer essa desfeita?

O tatuado lentamente abriu os olhos, focando-se no loirinho que o encarava com expectativa. Ele não pôde impedir o sorriso largo que surgiu involuntariamente em seu rosto assim que o viu.

— Você me trouxe café da manhã na cama? — Olhou para baixo, identificando a bandeja cheia de frutas, pães e bolinhos fritos. — Parece gostoso.

Felix colocou cuidadosamente em seu colo enquanto ele se sentava. Ajustou o travesseiro atrás das costas de Jin para que ficasse mais confortável e fez uma carícia em seus cabelos escuros.

— Você gosta desses, certo?

— São meus preferidos. — Os braços fortes foram parar ao redor de sua cintura e a cabeça dele em seu peitoral.

— Você está ficando muito atencioso. Vou achar que está apaixonado por mim — provocou, olhando-o de baixo com um biquinho para ser beijado.

Felix inclinou-se para ele e selou seus lábios.

— É possível. Agora, prove os bolinhos — pediu, soltando-se do abraço dele e sentando-se ao seu lado.

Jin pegou um e enfiou na boca com uma careta de sofrimento que não condizia com sua opinião favorável a respeito da comida. Felix riu, sentindo o coração quentinho.

— É bom?

O tatuado assentiu com a cabeça, farelos em suas bochechas. O Lee limpou carinhosamente com o polegar e esfregou com gentileza o rosto alheio.

— Bom. Gosto de ver meu alfa bem alimentado — contou, pegando o próximo para guiá-lo a boca de Jin.

Ele gostou um pouco demais da ideia e parou de comer sozinho, exigindo que Lix fizesse por ele. O loiro não se opôs, ele gostou de poder cuidar dele dessa vez. Quando terminaram de comer, tomaram um banho espumoso juntos, e escovaram os dentes chocando um quadril contra o outro em brincadeira.

— Hoje não é seu último dia de palestras? De acordo com a agenda que você me mandou, você deveria estar lá há pelo menos uma hora.

O menor suspirou e deu de ombros.

Contos Kinky | HyunLixOnde histórias criam vida. Descubra agora