dias após a crise no café

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Nos dias que se seguiram à intensa conversa no café, Yoko e P'faye não tiveram contato. A tensão no ar não era apenas entre elas, mas também dentro de cada uma. Yoko se sentia cada vez mais insegura, enquanto P'faye refletia sobre o que havia ocorrido. Ambas estavam ocupadas, mas era a distância emocional que mais pesava.

Naquela manhã, Yoko estava no campus, caminhando apressada entre as aulas, quando seu celular vibrou. Era uma mensagem de P'faye. Hesitante, ela abriu.

P'faye: "Posso te ver hoje à noite? Eu queria conversar."

Yoko parou no meio do caminho e leu a mensagem repetidas vezes. A oferta de uma nova conversa a deixava ansiosa, mas também lhe dava um fio de esperança. Ela queria resolver as coisas, mas ainda estava lidando com suas dúvidas e o ciúme que havia surgido.

Yoko respirou fundo e digitou rapidamente.

Yoko: "Claro, a gente pode conversar. Podemos sair hoje, mas estou um pouco cansada. Meu tempo está acabando com a faculdade. Talvez não possa ficar muito tempo."

Houve uma pausa até que P'faye respondeu.

P'faye: "Entendo. Se quiser, podemos conversar no meu apartamento. Assim você fica mais confortável."

Yoko hesitou. A ideia de estar a sós com P'faye no apartamento dela a deixava nervosa, mas ao mesmo tempo, queria resolver tudo e entender onde elas estavam.

Yoko: "Pode ser. Te vejo à noite, então."

Mais tarde naquela noite, Yoko se encontrou parada em frente ao luxuoso apartamento de P'faye. Ela respirou fundo, tentando acalmar os nervos, antes de tocar a campainha. Pouco depois, a porta se abriu, e P'faye a cumprimentou com um sorriso suave, vestida de forma casual. Sem os trajes glamourosos que Yoko via nas redes sociais, P'faye parecia diferente, quase como se estivesse tentando mostrar uma versão mais íntima e vulnerável de si mesma.

P'faye: "Oi, entre." — Ela abriu mais a porta, dando espaço para Yoko passar.

Yoko: "Oi..." — Yoko entrou, ainda um pouco tensa, mas determinada a ter aquela conversa.

As duas se sentaram na sala em silêncio por um momento. A tensão era palpável, mas elas sabiam que era preciso quebrá-la para seguir em frente.

P'faye: "Eu estive pensando muito sobre o que você disse no café. Sobre como você se sente em relação a mim." — P'faye começou, sua voz suave, mas carregada de sinceridade. — "Eu sei que minha vida é complicada, e você tem todo o direito de se sentir como se estivesse de fora."

Yoko balançou a cabeça, ainda tentando processar suas próprias emoções.

Yoko: "Eu sinto que estou sempre tentando acompanhar o seu ritmo, sabe? É como se eu fosse só uma parte de tudo o que está acontecendo na sua vida. Como se não houvesse espaço para mim de verdade."

P'faye olhou para Yoko, seu olhar carregado de vulnerabilidade.

P'faye: "Eu entendo por que você sente isso. Eu realmente me envolvo com muitas coisas, mas... eu quero que você saiba que você tem espaço na minha vida. Eu só não percebi antes o quanto estava te deixando de lado. Isso não é o que eu quero."

Antes que P'faye pudesse continuar, houve uma batida leve na porta. P'faye suspirou e foi até lá, claramente surpresa com a interrupção. Quando abriu, uma jovem vestida casualmente, com shorts e um top, segurava uma caixa e sorria.

Vizinha: "Oi, P'faye! Deixaram isso na minha porta de novo." — Ela estendeu a caixa com um sorriso sensual e olhando Yoko de cima a baixo.

P'faye agradeceu.

P'faye: "Ah, obrigada, Carla. Desculpa pelo incômodo."

Yoko observou a interação, sentindo um incômodo crescendo dentro dela. A jovem parecia muito à vontade na presença de P'faye, o que ativou um surto de ciúme em Yoko, mesmo que ela soubesse que poderia ser algo insignificante.

Quando P'faye fechou a porta e voltou, ela notou a expressão tensa de Yoko.

P'faye: "Tá tudo bem?"

Yoko: "Tá... tudo bem." — Ela forçou um sorriso, mas por dentro, seu estômago estava revirado. Ela não podia evitar a sensação de que talvez P'faye tivesse outras pessoas em sua vida que Yoko desconhecia.

P'faye se aproximou de Yoko e sentou-se ao lado dela, percebendo a tensão no ar.

P'faye: "Yoko, quero que você entenda que, apesar de tudo, eu estou investida nisso com você. Não há ninguém mais. Eu estou aqui com você, porque é com você que eu quero estar. Por que é tão difícil de você acreditar?"

Yoko olhou para P'faye, sentindo seu coração acelerar, mas ainda havia a insegurança. A dúvida sobre se ela era realmente importante para P'faye, ou se era apenas mais uma fase.

Yoko: "Às vezes eu sinto que... você está tão ocupada com tudo e com todos que eu sou apenas uma entre tantas coisas na sua vida."

P'faye pegou as mãos de Yoko, seus olhos se fixando nos dela com sinceridade.

P'faye: "Eu nunca deixaria ninguém chegar perto de mim assim, se não fosse alguém especial. Isso aqui é só seu se você quiser."

P'faye sentiu que precisava fazer mais para mostrar a verdade de seus sentimentos. Ela colocou a mão de Yoko sobre seu pau. A sensação era imediata e intensa. Yoko percebeu que P'faye estava com o corpo aquecido e que sua ereção era evidente.

P'faye: "Ninguém mais toca aqui. Ninguém mais faz eu me sentir do jeito que você faz. Eu nunca deixaria ninguém chegar perto de mim assim se não fosse alguém realmente especial."

Com um gesto cuidadoso, P'faye guiou a mão de Yoko para dentro do short, permitindo que ela sentisse a dureza e o desejo que P'faye estava experimentando. A interação era carregada de um desejo genuíno de mostrar a Yoko que seu lugar na vida de P'faye era único e significativo.

P'faye: "como falei isso aqui é só seu se estiver disposta a me aceitar. Ninguém mais tem esse espaço. Se eu estivesse apenas passando por um momento, não me exporia assim. Você tem um lugar especial em minha vida, e isso é algo que eu compartilho só com você." Yoko sentiu a intensidade do toque e a proximidade física. A sensação de ter sua mão dentro do short de P'faye trouxe uma mistura de emoções - desejo, insegurança e um início de compreensão. O gesto foi uma demonstração clara de que P'faye estava realmente investida.

Yoko: "Eu... não sabia que era assim para você. É difícil acreditar, mas eu quero entender. Quero acreditar que é real."

P'faye retirou a mão de Yoko com cuidado, que fez a Yoko ficar triste, pois ela queria continuar com a mão ali ,ainda mantendo um olhar intenso e sincero. Ela queria garantir que Yoko soubesse que seus sentimentos eram verdadeiros e profundos.

P'faye: "Eu sei que isso pode parecer intenso, mas eu queria que você sentisse o que eu sinto por você. Eu não tenho e não quero ter ninguém além de você.

Yoko, tocada pelo gesto, sentiu um misto de alívio e confusão. A comunicação física havia sido um forte sinal da seriedade de P'faye, mas a situação ainda precisava de tempo para se ajustar.

Yoko: "Eu vou tentar acreditar nisso. Quero acreditar que você está sendo honesta."

P'faye segurou o rosto de Yoko com as duas mãos, olhando profundamente em seus olhos. O gesto era um misto de carinho e compromisso

P'faye: "Nós vamos encontrar um jeito, Yoko. Não desista de mim. Estou aqui para você."

Yoko sorriu, sentindo-se um pouco mais confiante, mas sabia que ainda havia desafios pela frente. Ambas estavam começando a construir uma base mais sólida para o relacionamento, enfrentando os obstáculos juntas.

Yoko: "Eu não vou desistir. Vamos tentar."

A noite continuou com uma nova compreensão entre elas, e embora houvesse desafios à frente, o gesto de P'faye ajudou a criar uma conexão mais profunda e um compromisso mútuo.

Demorei mais voltei. O que acharam? Comenta aí o que vocês estão achando sobre a fic.

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