CENA VIII - FIM DO PRIMEIRO ATO

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(Tanto Isadora quanto o irmão trajam roupas informais, despojadas)

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Cerca de um mês antes do presente. Quarto de ISADORA, luzes se acendem. Debate acaloradamante com ÍCARO. Ela está sentada na cama; ele, em sua frente.

Ícaro (desnorteado, mãos apoiadas à cintura)
E o que é pra fazer?

Isadora (voz embargada, mãos sobre o regaço)
Nada. Já disse.

(Ícaro interjeciona e então acelera para a porta, mas é logo detido pela irmã, que lhe segura o braço)

Isadora
Ícaro! Tou falando sério.

Ícaro (cego de ódio, mas cuidadoso para não mover-se bruscamente e acabar machucando-a)
Sai!

Isadora (agarra-o pela gola da camisa, e olha-o nos olhos com determinação notável)
Ícaro!

Ícaro (indiginadamente)
Olha o que tás me pedindo!

Isadora (deboche desesperado, ainda segurando a camisa)
E ia fazer o quê?

Ícaro (muda de tom, esfria-se, olha em redor)

Isadora (senta-se na cama; fala secamente)
Deixa como está, não piora as coisas. (deita-se, respira fundo de olhos fechados e antebraço sobre o rosto) Ia fazer o quê. (isso flui dela, como que maquinalmente)

Fim do primeiro ato.

Eu Vou pro Inferno, e a Culpa É de Isadora LoredoOnde histórias criam vida. Descubra agora