CENA VII

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(ouvem-se uma voz masculina e jovial e a de Isadora, cujo tom soa birrento)

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Quarto de ISADORA, luz apagada. O palco é uma escuridão. Ao fundo há o som de ondas do mar acompanhado por um acordeão à francesa. A voz viril começa.

"Certo, certo. Paris. Mas depois o Havaí. O Havaí que é bom. Que é que tem em Paris?"

"Paris tem em Paris."

"Se é assim, então..."

"Paris!"

O instrumento gaulês se intensifica à palavra concidadã; de repente, começa a soar desafinado. Então o toque descamba para uma única melodia, estridente, esquisita e sombria. Nesse som, e no das ondas quebrando-se, menos audível, ouve-se Isadora dizer, nervosamente, embora a voz tente aparentar calma.

"Vai fazer nada."

Eu Vou pro Inferno, e a Culpa É de Isadora LoredoOnde histórias criam vida. Descubra agora