Alguns meses se passaram onde a Viajante esteve em Liyue, os momentos foram bons, mas hora ou outra ela teria que ir embora e esse momento havia chegado.
Agora a dupla estava no despenhadeiro, em frente a fronteira e o túnel que as levaria para Sumeru.
- Me pergunto se a Nahida conseguiu resolver a crise dos sonhos.
- Paimon espera que sim, não aguento mais ver pessoas correndo por aí querendo saber dos seus sonhos.
- Bom, vamos esperar o melhor, certo?
- Sim, sim!
O caminho parecia mais agradável aos olhos das viajantes do que quando passaram ali pela primeira vez. Todo o sentimento de estranheza que as afetava antes não existia mais e os resquícios de definhamento tinham sido completamente irradiacados.
- Ehm... Lumine, Paimon quer te perguntar algo.
- O que foi?
- Você e o cabeça laranja brigaram?
A pequena citação do nome do ruivo já criava uma crise na cabeça da Viajante que imediatamente travou ao ouvir a pergunta.
- Humhm.... não! Por que acha isso? - Limpou a garganta.
- Quando a gente passou pelo Porto, Paimon viu você se despedir de todo mundo menos dele e vocês viviam se encontrando mas na última vez que saíram, você tava com uma expressão estranha.
- Ah... isso... A gente só.... decidiu se evitar um pouquinho por causa de.... trabalho.
- Acho que faz sentido....
Lumine balançou as próprias mãos tentando esconder a situação constrangida que se encontrava, por sorte foi passada despercebida pela pequena fada.
O caminho até a cidade de Sumero foi totalmente caótico, comum vindo da dupla. Quase foram expulsas por cocheiros que as transportavam até o local, algo que só não aconteceu devido a suas reputações.
A primeira coisa que Lumine notou quando chegou na cidade foram as diversas bandeiras espalhadas nas ruas, provavelmente era um festival.
Assim que se encontrou com a arconte dendro, não hesitou em imediatamente correr em sua direção e se ajoelhar para abraçar a deusa.
- Nahida! - A fada e a Viajante gritaram em uníssono.
- Eu também senti falta de vocês. - A pequena disse retribuindo o abraço.
- Vocês parecem duas loucas quando entram em lugares sagrados, sabia? - O de chapéu surgiu de trás da arconte.
- Eu ia dizer que também senti a sua falta mas acho que estaria me esforçando demais. - Se levantou tirando a poeira do vestido.
- Imaginei que diria isso. - Revirou os olhos.
- Vocês dois não precisam disso tudo, eu sei que são amigos. - O sorriso suave de Nahida transparecia.
- Ah... Nahida, você é um anjo. - Paimon disse com um suspiro.
- De qualquer forma já fazia tempo que a gente não se via, você parece mais adaptado com Sumeru agora. - Abraçou o andarilho, recebendo um empurrão logo em seguida.
- Mantenha distância.
- Claro, claro, como quiser senhor...
O quarteto passou a tarde inteira juntos compartilhando suas experiências no tempo separado. Sumero festejava com o pôr do Sol, era inverno afinal, o clima da nação não mudava, independentemente da estação, mas algumas coisas mudavam, no inverno, as plantas que enchiam a floresta se tornariam muito mais brilhantes. O céu ficava mais limpo, deixando as estrelas mais visíveis do que já eram.
A dupla logo se despediu da outra, deixando o santuário, foram direto para o grande Bazar com a intenção de encontrar mais de seus amigos.
E como já era o esperado, o bazar também estava decorado. Ao entrarem, seus olhos não podiam ir até outro lugar se não o palco onde sua amiga dançava. Se aproximaram, admiravam a apresentação com toda sua atenção até que uma mão tocou seus ombros, deram de cara com Kaveh.
Ao se virarem, se surpreenderam com a presença de seus outros amigos que estavam chegando. Todos queriam se falar, mas teriam que esperar o fim do espetáculo para isso.
- Incrível como sempre, Nilou! - Disse entre aplausos mas teve que parar para segurar a ruiva que se atirou em cima da Viajante para abraça-la.
- Lumine!! - Abraçou a Viajante com força.
- Olha, passou tanto tempo que eu achei que você nunca mais voltaria para nos ver. - Dehya brincou enquanto abraçava Lumine pelo ombro.
- Eu senti saudade de vocês, de verdade... - Apreciava cada momento precioso que estava tendo com seus companheiros.
A noite passava devagar com todas as risadas e histórias que eram proferidas pelo grupo. Já era perto de meia noite quando todos se reuniram em mesas em frente às águas da cidade, onde teria uma vista perfeita do céu.
- Eu não sei se já te contaram, Lumine... - Faruzan foi a primeira a quebrar o silêncio. - Mas a muitos séculos, o povo de Sumero começou uma tradição, as pessoas perceberam que todo primeiro dia de inverno, uma única estrela cadente cai quando o relógio dá exatamente meia noite. Dizem que é uma proteção divina dos céus para que o povo não seja afetado com o inverno. E a tradição que surgiu é de fazer um desejo enquanto observa a estrela cair.
- É uma tradição bonita... - Olhou para o céu estrelado de Teyvat.
- Acontece no deserto também, mas é em uma data diferente. - O general disse com um pequeno sorriso. - A lenda é a mesma, mas a estrela cai 30 dias depois da floresta, sempre no último dia do mês. Se você estiver disposta a passar mais tempo em Sumero, podemos te levar para ver isso. - Apontou para os seus companheiros do deserto.
- Não planejo sair tão cedo então recomendo você já planejar a viajem. - confirmou com um sorriso.
Antes que qualquer um pudesse quebrar o silêncio, a cidade ficou em silêncio completo, a estrela iria cair.
O céu brilhante de repente era totalmente ofuscado por um enorme brilho dourado. Era como se a trilha deixada pela enorme estrela estivesse cortando os céus. Assim que a estrela começava a desaparecer, as pessoas que viam o fenômeno, fecharam seus olhos e cruzaram seus dedos para fazerem seus pedidos.
- "Eu quero encontrar meu irmão." Era o que ecoava na mente de Lumine. O desejo era triste para a loira mas não poderia evitar de pensar naquilo.
-"Me pergunto, Aether... se você viu isso quando teve sua jornada. Me pergunto se... você também pediu o mesmo que eu. Se sim... me desculpa, irmão, por ter te deixado esperando por tanto tempo... ao ponto de você ter desistido."
Todos seguiram seus próprios caminhos depois de um longo dia de reencontros. A Viajante se hospedou na mesma casa de sempre. Aquele tinha sido sem dúvidas um dos melhores dias que teve desde que saiu de Fontaine.
- Está tudo bem Lumine? Paimon percebeu que você tava com uma expressão meio triste.
- Eu estou bem Paimon, só... estou um pouco cansada.
- Você desejou rever seu gêmeo, não é?
- Você me conhece bem.
A dupla se acomodou para adormecerem, e como sempre, dividiam a cama. A mais velha Abraçou a pequena fada como se estivesse buscando conforto.
- Obrigada por estar comigo, Paimon. - Disse como um Sussurro que não pôde ser ouvido pela fada que já estava adormecida.
Fim do capítulo.
Capítulo que não acrescenta em nada na história mas que eu sinceramente amei escrever, eu queria criar mais profundidade nos sentimentos da Lumine porque na verdade o único intuito desse capítulo era mostrar que a Lumine foi para Sumero.
Era só isso mesmo, qualquer comentário eu lembro depois💗🤌👄
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Eye On Eye
Fanfiction"Eu vejo mais do que isso em você. Você não controla o início da sua vida, mas você pode controlar o que vem depois. O Tartaglia é poderoso, o Childe tem muitos aliados, mas e você, Ajax? Quem é você?" Valia a pena colocar tudo em jogo por alguém? P...