Eye On Eye

Not dead yet

—O que? O que quer dizer com isso?

Lumine não conseguia nem sequer pensar numa ideia que pudesse explicar as palavras de Childe naquele momento.

— Eu só... eu — Um certo nervosismo era notado pela sua linguagem física — Senti sua falta. Sabe como é, né? Lumine.

Childe

Sentiu como se algo estivesse preso na sua garganta, mas também como se um peso tivesse sido tirado da suas costas. Parecia que estava fora de si a segundos atrás, nem ele mesmo poderia explicar o que teria acontecido.

Demorou alguns segundo até perceber completamente o olhar da loira. Sua expressão era confusa e distante.

— Sentiu minha falta? — Sua expressão agora parecia uma de incredulidade.

— Sim, eu não poderia simplesmente esquecer minha oponente favorita, não acredita em mim? — Sua mentira era descarada mas parecia real na cabeça do mensageiro.

Lumine não acreditou. Para a mesma, aquela desculpa não parecia fazer sentido, pensou nos acontecimentos anteriores que teve com os Fatui.

Olhou para a expressão sorridente do homem a sua frente.

Aquele sorriso, o mesmo que a enganou uma vez e estaria disposto a fazer isso denovo.

— Eu não sei se deveria dizer o mesmo. — Seus olhos se estreitaram — Sinto que você está escondendo algo de mim.

O sorriso do mais alto desapareceu em questão de segundos. Seus olhos pareciam os mesmos de antes, vazios, tão vazios que não poderia ser possível saber sua intenção naquele momento.

— Eu acho melhor eu ir, sabe, o tempo voa, eu tenho coisas para fazer agora. Se cuida. — Seu sorriso parecia ter voltado, mas agora, era tão falso que não poderia passar despercebido nem por uma criança.

— Até a próxima. — Não fez questão de esconder a desconfiança ao se despedir.

Um último toque era ouvido da janela se fechando novamente. O quarto voltaria a ser silencioso, e assim continuaria pelo resto dos dias que a Viajante ficaria sozinha.

Lumine

— Você parece significamente melhor. — O tom calmo de sempre do médico fazia Lumine se sentir tranquila.

— Lumine!! Você não sabe o quanto você deixou Paimon preocupada! — A fada gritava no ouvido da Viajante, se agarrando em seu braço.

— Está bem Paimon, desculpe... — Tinha se acostumado ao silêncio pelo tempo que passou em repouso, mas agora teria que se acostumar novamente aos gritos de sua companheira.

— O Porto todo ficou sabendo de você! — Se aproximou — Até mesmo a Ninguang fez uma declaração pública que para que ninguém viesse para cá te "perturbar" enquanto você se recuperava.

— É sério? — Ficou surpresa, havia ficado ali por apenas 7 dias, não imaginou que haveria tal comoção que chamaria atenção dos Qixing. — Eu deveria agradecer ela depois, eu acho.

— Devo dizer que a declaração da Tianquan afastou alguns "clientes" indesejados. — Baizhu retornou a fala, pegando um pequeno saco com alguns remédios dentro.