Uma Catastrófica Notícia.

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Faye Peraya.


Yoko era incrível. Não existia nenhuma outra palavra que pudesse defini-la. Durante toda a noite nos amamos de forma intensa, nunca em minha vida havia sentido tanto prazer com alguém. Me estiquei na cama, vendo Yoko dormir ao meu lado como um bebê, era incrível como ela conseguia enganar quem olhasse para ela, ninguém jamais diria que Yoko era um terror na cama, ela havia me surpreendido, havia imaginado que ela não aguentaria nada, entretanto, ela havia superado qualquer expectativa. Ouvi o toque de um celular, ao qual não era meu, logo imaginei que fosse os pais de Yoko e nesse momento a nossa realidade voltou, ela era uma garota ao qual possuía uma vida completamente diferente da minha, eu não precisava dar satisfações a ninguém, mas ela precisava. Me levantei com cuidado da cama, afinal não queria acordá-la, talvez no fundo mesmo sabendo que ela precisava ir, eu não queria liberá-la. Tentei fazer o mínimo de barulho possível enquanto andava pelo quarto afim de colocar meu roupão felpudo. Caminhei ate a bancada que ficava no início do quarto, e minhas dúvidas terminaram quando vi o celular de Yoko tocar novamente, era o pai dela, pelo menos era o que estava escrito na tela. Por alguns minutos pensei em apenas desligar o aparelho, mas me coloquei no lugar dele, seria desesperador não ter notícias da filha, mesmo que ele fosse o pior homem do mundo. Tirei o celular da carga e ao me virar para voltar a cama e entregar o aparelho a ela, Yoko apareceu atrás de mim.


— Aconteceu alguma coisa para me deixar sozinha na sua cama?


O tom de voz dela era sensual assim como sua postura, quase titubeei, mas lembrei que precisava ser forte e resistir.


— Seu celular, seu pai não para de ligar para você. — Comentei entregando a ela o aparelho.


Yoko respirou fundo, eu a entendia, afinal já havia tido a idade dela e sabia muito bem o que se passava na mente dela ao pensar em seu pai lhe cobrando atenção. Me afastei para que ela tivesse a privacidade necessária para falar com ele, não queria atrapalhar nada. Caminhei até a cozinha onde decidi mostrar meus dons culinários a ela, pois, existiam muitas formas de se mostrar amor e cozinhar para alguém definitivamente era uma delas.


Yoko Apasra.


Não conseguia acreditar no quão irritante meu pai poderia ser. Odiava aquela superproteção vinda dele, eu não era mais uma criança ao qual precisava ser acompanhada de perto, eu era uma adulta, mas ele parecia não enxergar daquela forma. Respirei fundo algumas vezes até finalmente atender a décima quinta ligação dele.


"Você quer me matar de preocupação? Onde está? Por onde passou a noite?"


"Bom dia para você também, pai! Dormi na casa da minha amiga, a Yuki, você a conhece"


"Engraçado você comentar isso, porque a vinte minutos atrás o pai dela me ligou dizendo que Yuki não apareceu em casa e queria saber se ela estava com você aqui em casa. Pare de mentir, porque você sabe que é pior e me diga onde está!"


Ao ouvir aquilo simplesmente congelei. Não pela exigência do meu pai, pois a anos, por mais que ele fingisse estar irritado com alguma atitude minha, bastava eu mudar minha voz, deixando-a em um tom manhoso e trazendo-lhe doces que eu conseguia "dobrá-lo", mas minha preocupação estava em Yuki, pois quem a levava para o mal caminho por assim dizer, sempre era eu.

Never Be The Same - Fayeyoko (Faye G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora