Capítulo 25

422 33 0
                                    

Maratona - 1/5
Mariana Rezende
Atendi o interfone e foi ai que fiquei ainda mais confusa. O porteiro disse que tinha um presente pra mim lá em baixo. No momento pensei nas meninas, só elas sabiam meu endereço e me mandariam um presente assim. Mas elas falariam alguma coisa, ou não?

Coloquei o telefone no gancho e a campainha tocou no mesmo instante. Gente que isso? To ficando maluca. O que tava acontecendo?

Andei desconfiada até a porta, e tentei olhar pelo olho mágico, mas seja lá quem for a pessoa que estava lá, tinha tampado com a mão.

Confesso que bateu um medinho, sou meio noiada com essas coisas. Morro de medo de alguém sei lá invadir a minha casa e me matar. Mas eu também estava morrendo de curiosidade de saber quem é que, assim como eu, não estava nem ligando para a noite de Natal.

Abri a porta e meu coração bateu mais forte. Muito mais forte. Era uma surpresa e tanto para mim.

- Tudo bem? Eu estou perdido. O papai noel me passou esse endereço e falou que a menina que ganharia o presente se comportou muuuito bem esse ano.

- Você é maluco - falei sorrindo e encarando o homem que estava na minha frente - Tá fazendo o que aqui Gabriel??

- Acabei de te falar, foi o bom velhinho que me mandou - ele abriu um sorriso e deu uma risadinha - Feliz Natal, Mari - me puxou para um abraço apertado e muito bom.

     - Feliz Natal Gabriel - apertei mais ainda ele no abraço. As mãos dele pousaram na minha cintura e eu fechei os olhos. Não tava acreditando nisso. Ele realmente saiu da casa dele, da família, pra ficar aqui, comigo.

     - E a parte de dia de família, sem festa e rolê? - soltei do abraço e encarei o fundo dos olhos dele.

     - Pra você ver como essa pessoa é importante mesmo né - ele percorreu os olhos por todo o meu corpo, e parou na minha boca. Dei um sorriso convidativo e não precisei dizer mais nada. O nosso beijo era intenso, de saudade. Nem parece que no começo do dia estávamos juntos. A sensação era sempre de mais.

    Puxei a mão dele, entrando em casa. A Luna veio correndo, pulou nele fazendo uma festa só.

     - Essa é a Luna, minha filhinha - sorri quando vi a cena dos dois juntos, a Luna quase derrubava ele no chão.

     - Oi Luninha - ele fazia carinho na cabeça dela - Sou um grande amigo da sua mamãe.

     - Eu não tenho nada para te oferecer, como você pode ver - apontei para meu arredor e ele acompanhou - Eu não esperava visitas hoje.

     - Eu não preciso de nada além de você, Mari.

     As palavras dele me arrepiaram, eu estava maluca. Subimos para o segundo andar, e entramos em meu quarto desesperadamente. Os nossos corpos se encaixavam de um jeito inexplicável, parece que eles foram feitos um para o outro.

     A noite foi longa, e muito gostosa. Ficamos alternando entre momentos de safadezas e de carinho. Tudo muito incrível. Adormeci no colo dele e dormimos assim, agarrados. Acordei assustada com o barulho de celular tocando. Ele também acordou e pegou o celular na mão.

     - É minha irmã, vou atender e já volto - eu concordei e ele foi até a varanda que tinha no meu quarto. Aproveitei para ir ao banheiro rapidinho e escovar os dentes. A hora que eu voltei, ele já estava de volta e com a roupa no corpo

     - Mari, preciso ir, minha mae já tá procurando por mim - ele fez uma cara de quem não queria ir embora, e eu fiz um bico igual criança mimada.

     - Tudo bem, eu entendo de boa - dei um sorriso pra ele, que sorriu de volta.

     - Tem algum plano pra hoje? - ele perguntou enquanto colocava o tênis.

     - Nenhum - coloquei uma camiseta qualquer, já que eu ainda estava sem roupa.

     - Vamo comigo então - ele levantou super animado com a proposta, e eu fiz uma cara de desentendimento - A gente passa esses dias em Maresias e depois viaja pro Ano Novo.

     - Você tá doido Gabriel - fiz que não com a cabeça - Vou ficar aqui, passar a virada aqui com minhas amigas. Voce tem seus amigos também.... Não vamos misturar as coisas.

     - O que te impede de ir?  ele segurou minha mão e me fez olhar em seus olhos - Suas amigas podem ir junto, inclusive conheço duas pessoas que vão amar essa ideia...

     - E o que eu faço com a Luna? - soltei a mão dele da minha e dei uma volta pelo quarto - Não posso deixar ela sozinha, e a Dona Lucia que normalmente fica com ela, vai viajar - inventei uma desculpa qualquer, não tinha cabimento isso que ele estava me propondo.

     - Leva ela pra Maresias, eu tenho duas casas - ele respondeu rápido e mega animado - Certeza que ela vai se dar bem com meus cachorros, e gente pra olhar ela não vai faltar. Por favor, jogadora - foi ele quem fez a cara de criança mimada agora, e meu coração amoleceu, não tinha como negar.

     - Me da meia hora pra arrumar minhas coisas.

     Falei e ele comemorou na mesma hora, me deu um beijo e disse que me esperaria lá em baixo. Meu Deus, onde que eu estou me metendo???....

Notas da autora
Primeiro capítulo da maratona pra vocêsss
Vou tentar postar cinco entre hoje e amanhã ok?
Beijinhos turma 🫶🏻

Filhos do Mar || Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora