Capítulo 16

644 48 4
                                    

Gabriel Medina
Até que a regra que a Mari escolheu era boa. Estava gerando bastante risada e entretenimento pra galera que assistia. Eu também pude perceber que gerou um certo clima entre meus amigos e as amigas dela. Mas as vezes era coisa da minha cabeça, ou do álcool..

Eu estava péssimo no jogo, tinha acertado apenas um copo até agora. Se tem uma coisa que eu sou, é competitivo, e não acertar estava acabando comigo. Precisava me concentrar, não queria dar o gostinho da vitória assim para as meninas. A bolinha chegou em minhas mãos, depois de a Mari desperdiçar a chance dela.

     Precisava acertar, era agora ou nunca. Mirei a bola, encarei a Mariana e respirei fundo. A bola caiu com tudo no copo bem à frente dela. Abracei os meninos, que gritavam e comemoravam comigo, Não pude deixar de notar na cara de bunda que a jogadora fez. Isso me tirou um sorriso sincero.

     - Bom Mari, você não me deixa escolha -  cheguei perto dela para falar - Veio de vestido...

     Ela mão me respondeu, ao invés disso, olhou para mim enquanto pegava na barra do vestido. Engoli em seco. Ela começou a se movimentar, como se fosse mexer a mão para puxar o vestido para cima. Mas eu não deixei, segurei o seu braço, fazendo ela ficar com uma cara de quem não entendeu nada.

     - Não precisa tirar aqui - falei chegando um pouco mais perto - Prefiro que guarde energia pra tirar no meu quarto - sussurrei no ouvido dela, que se arrepiou na hora. - Chega galera, o jogo se encerra por aqui - me voltei para a torcida em volta da mesa, enquanto pousava minha mão na cintura dela.

     O pessoal não gostou, mas eles não tinham escolha. Lembra do clima que eu falei que rolou entre as duas equipes? Não estava errado. Nem terminei de falar e os dois casais já correram juntos para algum canto, deixando apenas eu e a Mariana ali. Eu estava em uma situação um pouco delicada, só de cueca. Então saí de perto dela, para poder me vestir novamente.

     Foi muito difícil conseguir me trocar, já que o olhar da Mariana sobre mim, só aumentava mais meu tesão. Essa mulher me deixa louco a cada segundo.

      Não tinha como eu simplesmente sumir no meio do meu aniversário, então tive que me conter e ficar de boa. Também não ia deixar a Mari sozinha, as amigas sumiram com a outra única pessoa que ela conhecia. Eu ia ter que fazer uma coisa que não fazia desde a época de casado: ficar de casal no meu próprio aniversário.

Ela ainda estava parada ali, observando tudo em volta. Cheguei perto dela, que me olhou com um ar de curiosidade. Não disse nada, apenas juntei nossas mãos e saí andando com ela. Olhei par o relógio, que marcava 04:30. A festa tinha previsão para acabar 07:00.

Eu tinha em torno de duas horas e meias para ficar sóbrio, e deixar ela sóbria também. Nunca na minha vida faria algo com alguém inconsciente. Por isso nos guiei até uma ilha com comida. Ela parecia não estar entendendo nada, mas continuou quieta, com a mão entrelaçada com a minha.

- Muito álcool, acho bom a gente comer um pouco - peguei um prato com um risoto diferente - Pega um Mari, tá uma delícia.

- Não to com fome, lindo - ela disse sentando em um banquinho que tinha ali perto.

- Mas precisa comer, jogadora - sentei do lado dela, que prontamente colocou as pernas por cima das minhas. Com uma mão eu segurava a comida, e a outra estava na perna dela, fazendo um carinho de leve.

- O que você quer comigo Gabriel? - ela virou meu rosto, fazendo com que eu olhasse para ela. - Tá me deixando maluca.

- Eu? Quero te conhecer melhor, Mari - continuei olhando para ela, que continuava com a mão no meu rosto. Deixei a comida de lado, a coisa tava começando a ficar boa.

- Mas porquê comigo? - ela tombou a cabeça para trás, me fazendo rir - Tantas mulheres no mundo te querendo, e você de joguinho comigo.

- Você, gatinha - fiz a mesma coisa com o rosto dela, para que ela olhasse diretamente pra mim - Despertou um sentimento aqui dentro, que não to conseguindo controlar mais.

- Vou dizer a mesma coisa pra você surfista - ela riu e colocou as duas mãos em volta do meu pescoço - Não sei o que tá fazendo comigo.

Nessa hora, não conseguia mais responder por mim. Era ansiedade, álcool e tesão. Tudo misturado. Ela desse jeito, praticamente jogada em cima de mim, não ajudava muito minha situação.

Ajeitei a postura no sofá, e cheguei com meu rosto para mais perto dela. Com uma mão, coloquei uma mecha do cabelo dela para trás, e com a outra eu segurava firmemente sua coxa. Ela deu uma puxada no meu cabelo, na nuca. Isso aí acabou comigo de vez. Estávamos com os rostos tão grudados, que eu conseguia sentir sua respiração. Olhei para os olhos dela, como se estivesse pedindo permissão.

Ela concordou com a cabeça, sem dizer uma palavra se quer. E finalmente, nossos lábios se encontraram. Foi um beijo cheio de desejo, mas delicado. Não sei explicar. Parecia que a minha língua já conhecia a dela. Tudo se conectou perfeitamente bem. Já não estávamos mais um do lado do outro, nesse momento ela acaba de sentar no meu colo. Uma das minhas mãos continuava em sua coxa, e a outra imediatamente foi para a sua bunda.

Meu deus. Eu preciso me controlar. Ou vou acabar fazendo besteira aqui, no meio de todo mundo....

Notas da autora
Finalmente rolou emmm.
Primeiro beijinho do casal. Mas não pensem que tudo são flores viu.... Ainda tem muuuuuita água para rolar lkkkkkkkk
Até o próximo
Beijinhos 🫶🏻

Filhos do Mar || Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora