Capítulo 21

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Mariana Rezende
     Estávamos lindos e felizes na rodinha, curtindo a vibe do luau improvisado. Cantando, rindo e nos divertindo. Nem percebi que o Gabriel tinha sumido, só reparei quando ele chegou de novo ali. Ele me puxou pela mão, e eu pensei que íamos voltar para o quarto dele e repetir a dose da noite passada.

     Mas fui surpreendida quando ele na verdade ele disse que ainda não iríamos e me levou até um portão no fundo da casa. Assim que ele o abriu, percebi que dava direto na praia. Meu sonho ter uma casa assim, a beira mar. Senti o gelado da areia entrar em contato com os meus pés e esperei ele fechar o portão atrás de si.

     Ele entrelaçou nossas mãos e nós andamos assim, de mãos dadas. Do nada paramos e eu consegui enxergar. Era um cenário muito lindo. Uma toalha, duas taças, uma garrafa de vinho e doce. Ele tinha preparado isso? Para mim?

Tentei segurar a emoção, mas foi muito difícil. Meus olhos encheram de lágrimas e eu rapidamente tentei limpar. Não queria que ele percebesse isso. Nos sentamos e eu nem percebi o tempo passar. Estava tudo muito gostoso. A noite, o ambiente, o vinho, a conversa e ele.

Acho que esse último pensamento estava totalmente ligado com o fato de a gente já ter acabado com a garrafa de vinho. Do nada surgiu um pensamento intrusivo na minha cabeça. E eu fiquei maluca de vontade de fazer isso.

- Surfista, e se a gente entrasse na água? - a minha voz embriagada se embolou para fazer a pergunta - Quero dar um mergulho!

- Vamos, eu topo! - fiz uma cara de surpresa, achei que ele ia me chamar de maluca por ter a ideia, não esperava que ele realmente iria topar.

- Mas tem que ser sem roupa!!!!! - falei rápido, e percebi que ele deu uma risada, como se tivesse gostado da minha proposta

- Eu topo mais ainda - ele me encarou forçando uma cara séria, mas obviamente ele não conseguiu.

- Eu sei, você gosta de coisas que envolvem eu sem roupa.. - soltei a frase no ar, tirei a camiseta e sai correndo em direção ao mar, sem nem olhar pra trás.

     A água estava gelada. Muito gelada. Mas o clima estava tão quente, ainda mais dentro de mim, que eu nem me importei. Segundos depois que eu já estava ali, igual uma criança me divertindo, senti alguma coisa puxando minha perna.

     - AI GABRIEL - dei um berro antes de afundar na água. Ele chegou sem eu nem perceber e me deu uma rasteira, fala sério.

     Escutei ele dando risada a hora que eu voltei para a superfície, e eu joguei água no rosto dele, como se fosse um troco. Quem olhasse essa cena de longe com certeza acharia que somos duas crianças, brincando assim. E realmente parecia. Mas isso era bom de estar com ele. Nesses poucos momentos que compartilhamos juntos, eu podia ser eu. Fazer brincadeiras e palhaçadas, que eu sei que ele entraria na onda comigo.

     Senti ele agarrando minha cintura por trás e na hora meu corpo arrepiou todinho. Eu preciso aprender a disfarçar. Tentar resistir ao poder que esse homem tem em mim. Respirei fundo e coloquei minhas mãos por cima das dele. Ele colocou ainda mais nossos corpos e apoiou a cabeça no meu pescoço.

     - Mariana, Mariana... - ele sussurrou no meu ouvido - Tinha que ter uma plaquinha em você, escrito "cuidado, perigo"..

     - Você acha, lindo? - me virei, fazendo com que ficássemos frente a frente, nos encarando.

     - Eu tenho certeza - ele me deu um selinho, que logo se transformou em um super beijo.

     Cada vez que isso acontecia, parecia que era a primeira. A sensação era a mesma. Meu estômago revirava, como se tivesse um milhão de borboletas. Cada segundo que passava, o beijo ficava mais e mais intenso. E o fogo dentro de mim também aumentava. Não conseguiria resistir por muito mais tempo.

     - Gabriel, não to aguentando mais - falei pausadamente no meio do beijo - A gente precisa ir pro seu quarto agora.

     Em questão de segundos, já estávamos vestido novamente, recolhendo as coisas do chão e entrando na casa. O Gabriel pegou tudo da minha mão e jogou em algum canto da cozinha. Subimos em direção ao seu quarto. No meio do caminho, encontramos um dos meninos, que procurava por ele.

     Foi engraçado ver a cara de desespero que ele fez. Aparentemente o assunto era mais sério, porque ele veio até mim e pediu para que eu fosse indo na frente que em no máximo 10 minutos ele estaria lá também. Ele me falou a senha da porta e desapareceu na escada com o amigo.

     Subi o último lance que faltava para chegar ao seu quarto e andei até a porta. Digitei a senha e escutei o barulho da trava abrindo. Entrei no quarto e fechei a porta atrás de mim. Não tinha nada que eu pudesse fazer a não ser esperar. Não acendi todas as luzes, deixei o ambiente mais escuro. Tirei a blusa dele e coloquei no cesto que tinha no banheiro. Fiquei completamente sem roupa, deitada na cama. Apenas esperando por ele..

Notas da autora
Oiii gente, demorei um pouco né..
Me perdoem pelo capítulo fraquinho, a criatividade não está muuuito do meu lado hoje.
Mas não queria deixar vocês sem nada então tá ai.
Na minha humilde opinião, acho que tá tudo muito paz e amor, calmo. Ta precisando acontecer umas coisas para agitar tudo né???...
Veremos... KKKKKK
Meta de 25 comentários
Boa semana pra gente galerinha
Até o próximo
Beijinhos 🫶🏻

Filhos do Mar || Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora