Capítulo 17

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Mariana Rezende
Perdição. Essa era a palavra que definia Gabriel Medina para mim. Eu sempre fui uma pessoa centrada, com objetivos, sem deixar distrações ocuparem a minha mente.

Mas desde sábado isso mudou. Sei que faz pouquíssimo tempo, mas é verdade. Desde o minuto em que eu fui apresentada para esse homem, tive dificuldades em manter a minha postura.

     Estamos sentados, nós dois apenas. A centímetros de distância. Se ele me encarar por mais um segundo, não consigo responder por mim.

     Mágico. Essa agora é a palavra para descrever o beijo desse homem. A hora que nossos lábios finalmente se encostaram, senti uma coisa maluca. Uma sensação boa, e perigosa.

    Era uma sensação de querer mais. Só isso aqui não estava sendo suficiente.

     Assim que eu sentei no colo dele, o calor em mim aumentou mais. Involuntariamente, comecei a movimentar meu quadril de leve, enquanto ainda tinha minhas mãos passeando entre seu pescoço e sua nuca.

    - Você vai me matar assim - ele disse entre nossos beijos e eu sorri.

     Ai vocês podem pensar que eu parei né? Errado, isso me deu ainda mais gás. E cada vez mais o beijo ficava mais intenso, até o momento que eu dei uma mordidinha no lábio dele.

     - Agora é sério, Mariana - ele separou rapidamente nossos lábios, mas ainda estávamos com os rostos bem próximos - Ou você para, ou a gente vai ter que resolver aquele ponto do jogo agora... - falou me encarando.

     - Então me leva - rebolei mais uma vez - Me mostra com detalhes o seu quarto Gabriel, eu to te implorando.

    Não consegui nem terminar a frase direito. Ele me puxou, me pegando no colo. Fiquei totalmente sem graça. Estava com um vestido curto, sendo carregada no colo pelo dono da festa.

    Como não conhecia o lugar, não sabia o caminho que ele estava fazendo. Coloquei meu rosto no seu pescoço e fui dando vários beijinhos ali. Percebi que ele estava gostando, a hora que vi seus pelos da região arrepiados.

    Do nada ele parou de andar, tirei meu rosto dali e olhei em volta.

     - Vou entrar - escutei ele falando para um dos amigos, que olhava com um cara engraçada para a situação - Não deixa ninguém ir atrás de mim, ouviu? NINGUÉM - a ênfase dada na última palavra deixava tudo com um ar mais sério.

     - Relaxa maninho, curte sua noite em paz - o amigo, que eu não fazia ideia do nome, respondeu - Cuida bem do meu menino viu mocinha.

    Dei uma risadinha para ele e logo o Gabriel voltou a andar. Dessa vez fui com a cabeça levantada, prestando atenção no caminho. Não só no caminho, mas em todo mundo que estava em volta e olhava para a gente. Que vergonha.

    Mas confesso que foi engraçado ver a cara da tal de Letícia com a cena. Não só a dela, a de várias mulheres. Tenho certeza que a maioria queria estar no meu lugar. Que loucura né.

    Entramos por uma grande porta de vidro, e ele começou a subir uma escada. Acho que foram três lances, que eu consegui contar.

    Chegamos a um corredor gigante. Daqui, já não dava mais para escutar a música e a barulheira da festa. Parecia até um lugar completamente diferente.

     Ele parou na frente de uma porta branca, e colocou a senha para destravar. O quarto estava escuro, mas algumas poucas luzes iam acendendo enquanto nós entramos.

     Era gigante. Acho que meu apartamento era do tamanho desse cômodo. E a cama então, nem se fala. Do lado esquerdo da porta, ficava a cama gigantesca, bem de frente para janelas gigantes com vista para a praia. Do lado direito, tinha uma entrada para o que eu imagino ser o closet. E também tinha um grande espaço com sofás e uma televisão bem grande por sinal.

    Não tive muito tempo para reparar no ambiente, já que fui jogada na cama.

    - Vai cumprir sua parte da aposta agora, jogadora? - escutei ele me perguntando enquanto pegava um controle na estante. As cortinas começaram a se fechar. - Por mais que eu queira que você aprecie essa vista enquanto eu te como, vamos ter privacidade né?

     As palavras dele restauraram o calor em mim. Era impossível me manter sã com um homen desse na minha frente.

    - Você vai aprender uma coisa comigo Gabriel - fiquei de pé, bem na frente dele - Eu nunca deixo de cumprir minhas promessas.

    Delicadamente, comecei a puxar meu vestido para cima, sem me preocupar com nada. Senti o olhar dele queimar na minha pele. E um sorriso malicioso surgir em seu olhar. Eu estava apenas de lingerie, que era branca de renda, para combinar com o vestido.

     - Sei que é meu aniversário, mas parabéns viu - ele pegou minha mão e girou, fazendo com que eu desse uma voltinha.

     - Esse vai ser o melhor presente que você vai ganhar hoje, surfista - juntei nossos lábios em um rápido selinho - O meu chá.

    Ele me pegou no colo desesperadamente. Senti suas mãos passeando por meu corpo todo, enquanto nossas bocas se uniam em mais um beijo.

     Minhas costas encontraram com o colchão macio, e ele subiu por cima de mim. Em meio aos nosso beijos, tirou sua camiseta e o shorts, ficando só de cueca.

     Não consegui me conter, a vista era muito bonita. Mordi meu lábio enquanto passava a mão pelo seu tanquinho.

     Já nem sei quantas horas tinham passado, ou quantas vezes a gente já tinha feito. Mas cada vez conseguia ser melhor. Pelas minhas contas, era a terceira vez que eu chegava ao meu limite. E parece que ainda teriam muitas mais....

Notas da autora
Uma coisa mais quente para esse frio de hoje em.
A princípio, não quis escrever um hot explícito. Claro que vocês sabem o que aconteceu, mas acho que ainda não me sinto confortável para escrever sem restrições sabe?.
Sei que é muito chato pedir meta de comentários, mas sinto que vocês interagem muito pouco comigo.
Espero vocês em breve então
Beijinhos 🫶🏻

Filhos do Mar || Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora