Capítulo 22

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Gabriel Medina
     Eu não acreditei a hora que demos de cara com o Amaral, no corredor. Meu nível de tesão estava nas alturas, eu precisava urgente entrar naquele quarto com a Mariana e acabar com isso. Mas óbvio que alguma coisa atrapalharia.

     Alguém conseguiu ficar com o celular ontem. Não sei como, nem quem. Estou extremamente irritado com essa situação. A única regra dos aniversários é não ter celular. Justamente para que todo mundo consiga aproveitar sem se preocupar com a mídia e tudo mais.

      Precisei pedir para a Mari me esperar no quarto, que só ia resolver um assunto e em no máximo 10 minutinhos estaria de volta. Ela fez uma carinha de decepcionada, mas me entendeu. Dei um selinho rápido nela e desci correndo com o Amaral.

     Entramos no meu escritório e lá estava meu pai e o Balbino nos esperando. Os três são minha equipe, de sempre. Tudo relacionado a Gabriel Medina profissional, eles que cuidavam de tudo. E a cara deles parecia não ser de muitos amigos..

     - Eu sabia que não daria certo - meu pai falou enquanto andava de um lado para o outro - Agora tem uma pessoa anônima querendo que a gente compre essas imagens, ou então vai vender pra site de fofoca.

     - Eu ainda acho que é blefe - Balbino retrucou olhando para o notebook - A pessoa não se arriscaria assim, de vender informação sabendo que a gente descobriria quem é.

     - O quão comprometedor são as imagens? - sentei no sofá que ficava no canto da sala.

     - Depende, o que você acha de ter um vídeo seu praticamente nu enchendo o cu de álcool? - meu pai me encarou muito irritado.

     - É.. - respirei fundo e olhei para o Amaral. Acho que a conversa ia demorar mais do que 10 minutos, e ele sabia que eu tinha um assunto muito mais interessante para resolver.

     - E o pior, outras pessoas aparecem também. Eu não ligo muito para mim, mas tem o Bruno e as meninas.. - a hora que o Balbino falou isso, meu coração parou.

     Não ligo se vazar vídeo meu, algo do tipo. Já foram tantas notícias, tanta merda falada, que tanto faz pra mim. Mas agora tudo ficava mais sério, mais pessoas estavam envolvidas. Não seria uma boa pra carreira do Bruninho, ou então das meninas. Sei como a mídia pode ser chata assim.

    Estamos de férias? Sim. Momento de aproveitar? Sim. Mas pra eles, nada disso importa. Já vão dizer que são profissionais irresponsáveis e blá blá blá.

     - O que a gente faz, Gabriel? - meu pai praticamente gritou meu nome, chamando minha atenção para ele.

     - Compra as informações - respondi rápido e me levantei, fazendo menção de sair.

     - E o que garante que mesmo assim a pessoa não vai vender para as páginas de fofoca? - ele disse e pelo seu tom de voz, estava ficando ainda mais irritado.

     - Nada, pai. Mas nos da a garantia de poder cubrir o valor para essas páginas - retruquei já sem paciência - Compra. Não importa quanto é. A pessoa não espera essa reação nossa. Eu tenho quase certeza que não vai dar em nada. - coloquei a mão na maçaneta e abri a porta - Agora se me dão licença, tenho um outro assunto para resolver agora.

     Só saí do escritório, em disparo. Todo esse assunto me deixou irritado. Eu vou descobrir quem é que está me chantageando, nem que eu precise ir até o fim do mundo. E essa pessoa vai pagar caro. Ou acha que é fácil assim. Entrar na minha casa, curtir tudo do bom e do melhor na festa e depois querer pagar de bonzão pra cima de mim? Essa pessoa deve me achar muito com a cara de otário.

     Escutei o barulho da fechadura eletrônica e empurrei a porta. O quarto estava com as luzes metade apagadas, metade acesas, criando um clima muito agradável.

     Não precisei de muito para achar a Mariana. Ela estava deitada na minha cama, sem nada. Todos aqueles pensamentos sobre as fotos e festa sumiram da minha mente no mesmo segundo. Eu só conseguia pensar no tanto que eu queria entrar nela.

     Ela me viu e abriu um super sorriso. Batendo na cama, me chamando para ir até ela.

     - Demorou surfista, achei que ia me dar um cano - ela falou no momento em que eu me joguei em cima dela.

     - Nós temos um assunto pendente, linda - falei e dei um beijo no pescoço dela - E esse assunto me interessa muito mais que qualquer outro...

     Minha respiração tava ofegante, e a dela também. Não faço ideia de que horas são. Mas a gente aproveitou muito, a nossa última noite. Ficamos trocando carícias, com ela deitada em meu peito e eu fazendo cafuné no cabelo dela. Nem percebi quando adormeci.

     Acordei com a voz doce e suave dela..

     - Ei, acorda surfista - ela passou a mão no meu cabelo e me deu um selinho - Preciso que você me leve para o hotel. Tenho que voltar pra casa hoje.

     Abri os olhos e memorizei aquele rosto tão lindo, não sabia quando poderia olhar pra ele novamente. Concordei, puxando ela pra um beijo rápido.

     - Vou tomar uma ducha e já te levo - levantei da cama e entrei no banheiro.

     Agora estávamos dentro do meu carro. Parados no estacionamento do hotel. Não queria que ela fosse embora. Não sei o que estava acontecendo comigo. Nunca me apeguei tão rápido em alguém. Essa mulher fez loucuras na minha cabeça.....

     - Tchau, surfista. Obrigada por esses dias - ela falou virando pra mim.

     - Se cuida jogadora, e quando tiver por aqui, me dá um toque - ajeitei o cabelo dela e puxei ela para um beijo. O último.

Notas da autora
Boa noite pessoal!!
Obrigada pelos 9k de visualizações, vocês arrasam!
Quem será que tá por trás desse probleminha em??? Me contem aqui o que vocês acham..
Meta de 20 comentários
Espero vocês
Beijinhos 🫶🏻

Filhos do Mar || Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora