mother tongue (noart fanfic)

inicio do fim | narradora

Finalmente, Noah parou em frente a um prédio que Sina reconheceu como o apartamento dele, ou melhor, apartamento que ela conhecia como do seu irmão. Ele a encarou por um momento, como se estivesse dando a ela uma última chance de desistir. Mas ela apenas o encarou de volta, um desafio silencioso em seus olhos. Noah não disse nada, apenas abriu a porta e entrou, sabendo que Sina o seguiria. Ela o seguiu pelo corredor estreito e mal iluminado até o apartamento dele. Quando a porta se fechou atrás dela, o som ecoando pelo espaço pequeno, Sina soube que estava exatamente onde queria estar.

Noah não perdeu tempo. Ele a puxou para mais perto, seus lábios roçando os dela em um gesto provocador, mas sem realmente beijá-la. Era uma tortura lenta, e Sina sabia que ele estava fazendo de propósito.

— Eu deveria te avisar — ele murmurou, suas mãos segurando sua cintura firmemente. — Eu não sou conhecido por ser gentil.

Sina sorriu contra os lábios dele, o coração batendo tão rápido que ela sentia como se fosse explodir.

— Quem disse que eu quero gentileza? — Ela sussurrou de volta, seus olhos encontrando os dele em um desafio mudo.

Noah soltou uma risada baixa, a mão dele subindo pela lateral do corpo da loira platinada, os dedos roçando sua pele de maneira que a fez estremecer.

— Sininho, minha linda, toda minha. — Ele murmurou, a voz grave e carregada de desejo.

Sina não respondeu, apenas fechou os olhos e deixou que ele a puxasse para mais perto, o corpo dela se moldando ao dele como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Os beijos começaram suaves, mas logo se tornaram mais intensos, mais urgentes. As mãos de Noah exploravam cada centímetro do corpo de Sina, e ela se viu perdida nas sensações, nos toques, no desejo que parecia consumir ambos.

Mas, no fundo, havia algo mais. Havia uma batalha acontecendo ali, uma luta pelo controle, pelo poder. Sina sabia que estava se entregando a algo perigoso, algo que poderia destruí-la, mas ela não conseguia parar. E Noah sabia disso. Ele estava jogando com o desejo dela, provocando-a, tentando fazer com que ela se perdesse completamente.
No final, porém, quando ambos estavam à beira de algo incontrolável, Noah parou. Ele a olhou nos olhos, a respiração pesada, o desejo ainda presente, mas contido.

— Isso vai acabar mal para nós dois — ele murmurou, mas havia um sorriso nos lábios dele, como se ele estivesse ansioso para ver exatamente como aquilo terminaria.

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