Erik demorou para voltar, o que foi bom para mim, já que consegui tomar outro banho e me recompor, além de verificar um pouco mais afundo as informações que consegui com o HD.
Ao menos, conseguiria ocupar a mente enquanto ele estivesse fora, mas não foi tão simples como eu queria. Não havia nada além do que já havia enviado para Nathaly e fiquei estagnada olhando para cada uma daquelas imagens me perguntando como poderiam deixar chegar a esse estado.
Fechei o notebook e me joguei na cama, minha mente ainda estava um turbilhão e nada conseguia me fazer esquecer o que aconteceu antes dele sair. Nunca quis tanto perder a droga dessa maldita virgindade e agora, me arrependo amargamente por contar isso a ele.
As consequências poderiam ser dolorosas, mas depois disso, não teria mais volta.
Erik conseguiu fazer o que nenhum cara que tive em minha vida fez, me excitar, me causar desejo de experimentar e ainda assim, me negou.
Depois que ele voltou para o quarto, tomei alguma coragem de onde sequer existia e pedi, como se não fosse uma magricela de cabelos desgrenhados e quatro olhos. Eu deveria ter parecido patética, mas não me importava.
Eu queria e não ligava para o peso disso, sequer dava tanta importância. Já era uma mulher adulta e poderia fazer o que eu bem-quisesse com meu corpo.
Mas ele não queria tirar isso de mim, ignorando as minhas vontades e tudo mais o que eu sentia. Eu sabia que ele não tinha essa obrigação, no entanto, cada uma das vezes que ele focava seus olhos azuis na minha direção, era como se me despisse lentamente.
Embora demonstrasse que queria isso de mim, Erik me afastou e me fez colocar uma roupa decente, dizendo que havia encontrado alguém que poderia nos ajudar a encontrar esse tal mediador. Então marcou um encontro com ela, e que deveríamos sair em breve.
Eu bufei colocando a roupa íntima que ele trouxe e ignorando o fato que estava apenas de roupão esperando que ele desistisse dessa merda de cavalheirismo.
Sequer me importei em fazer algo além de enrolar meu cabelo em um coque e vestir a maior camiseta que ele havia trago para mim, precisava esconder meu corpo a qualquer custo, odiava me sentir exposta e pior rejeitada.
O que nunca senti até o momento.
— Ela deve chegar a qualquer momento, quer que eu peça alguma coisa?
Eu não costumava beber, mas me sentia frustrada e talvez algo pudesse me fazer finalmente lembrar que isso era apenas uma missão louca e que logo Nathaly me libertaria disso.
— Uma cerveja. — Erik assentiu e pediu o mesmo para ele.
Precisei me esticar para conseguir me equilibrar na banqueta do bar, mas logo desisti e o obriguei a conseguir uma mesa onde meus pés alcançassem o chão, minha vida já estava sendo ridícula demais e não queria mais essa para as minhas costas.
"Você é doce, Selene e talvez isso me torne áspero demais para você. Não posso ser o primeiro a tirar algo tão importante da sua vida."
As palavras que ele disse antes de beijar o canto da minha boca ficava rondando a minha mente e eu queria esfregá-las na cara dele. Como pode se dispor a me tocar e não me dar o que eu realmente queria? Isso era extremamente ridículo.
Bebi metade da garrafa e finalmente me senti aquecida, não ficava embriagada fácil, mas o álcool costumava me deixar leve o suficiente para relaxar.
— Erik? Não acredito que seja você!
Engoli o líquido amarelo com desgosto, o som da voz dela ecoou por dentro de mim e retorceu as minhas entranhas.
— Alex. — Erik respondeu sério e eu sequer me movi para olhar direito para a ruiva.

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ERRO 404 - Um Jogo Perigoso
RomanceVocê roubaria meio milhão para salvar a vida de seu irmão mais novo? Foi exatamente isso o que Selene precisou fazer, arriscou sua liberdade para dar uma chance ao seu irmão de ter uma vida saudável e não se importou de ser presa por causa disso. El...