capítulo 12

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P.o.v Maraisa

Cheguei em casa estressada, eu só queria dormir e tirar essa mulher da minha cabeça.Graças a Deus hoje é sexta, eu vou poder respirar o fim de semana sem ela.

Vi Maiara largada no sofá ainda com a roupa da empresa, ela tinha tirado apenas o salto e a camisa social tava completamente aberta.

Eu me joguei do lado dela no sofá, tirei meus saltos e fiquei olhando o filme que Maiara assistia.

-Que foi Maraisa? Que cara de bunda é essa?

-Nada...

Ela me olhou pelo rabo do olho, eu revirei meus olhos, Maiara me conhece bem demais.

-O que Marília Mendonça tá fazendo com você? Depois que ela entrou você vive assim.

-Maiara... Eu.beijei.ela!

-Que?

-Eu.Beijei.Ela.

Falei tudo pausadamente. Maiara se arrumou no sofá em um pulo.

-Que? Mentira! Maraisa?

-Eu não sei o que deu em mim Maiara, eu fiquei babando em cada fala arrogante e empoderada que saia da boca dela em uma reunião, quando saímos de lá, eu prendi ela contra a parede da sala e a beijei.

-Ela retribuiu?

Eu balancei a cabeça em afirmação.

-Caramba, tu pegou a chefe gostosa!

-Ela não falou nada a respeito depois, e eu fingi que nada aconteceu.

-Como tu beija Marília Mendonça e depois ignora ela Maraisa Henrique. Tu é burra? Maraisa, aquela mulher é o sonho de qualquer ser humano pensante. Não existe sexualidade definida quando se trata dela, ela fala um "a" a pessoa tem que estar ajoelhada a seus pés.

-Maiara quanto exagero. Você não tem contato direto com ela, Marília é o diabo em forma humana para deixar alguém estressado.

-Você tá com tesão acumulado por ela, isso sim. Fico imaginando um dia que vocês transarem, eu queria tanto ser um mosquito pra ver isso.

-Se eu transar com aquela mulher, eu desconto cada vez que ela me deixou irritada em sexo.

Maiara começou a rir. Ela levantou do sofá e foi pra cozinha.

-Você tá é doida pra ser demitida Maraisa Henrique.

Maiara gritou de lá.

Eu me levantei e fui pro meu quarto tomar um banho.

Vesti uma calça moletom preta e um top.

Me joguei na minha cama e foi impossível não pensar nela de novo. Abri minha gaveta e peguei a calcinha dela, me peguei sorrindo lembrando do seu desespero atrás dessa peça.

Vi uma etiqueta e li o nome "la pela" Qualquer dia irei passar nessa loja, vamos ver se ela leva as vestimentas íntimas realmente a sério.

Ouvi barulho na porta do meu quarto e guardei a calcinha rapidamente. Era Bruno.

-Ei bebê, vamos sair?

-Tô com preguiça Bruno, queria ficar em casa e dormir.

-Voltamos na hora que você quiser. Vamos Maraisa, você já foi mais legal!

Eu revirei meus olhos pra ele, mas acabei cedendo.

Nem troquei a calça que eu tava, ela era bem apresentável, só vesti uma camisa, calcei um tênis, e peguei um boné. Fui no espelho e percebi que tirando o tênis, tudo em mim era preto. Preto é a melhor cor mesmo, não posso fazer nada.

Senhora MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora