capítulo 37

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P.o.v.  Marília

Hoje era terça feira, acordei e me lembrei que tinha marcado de sair com um cara. Fiz um careta por isso, droga, não tava com a mínima vontade de fazer isso.

Viajei disso para Maraisa, fiquei brincando com meus lábios lembrando daquele beijo.

Tô incerta do que fazer, investir em Maraisa? Deixar as coisas fluir naturalmente?

Eu nunca falei com ela sobre minha cláusula na herança justamente pra ela não se assustar, eu quero conhecer Maraisa e não ficar forçando algo com ela simplesmente pra não perder minha empresa.

Eu me sinto tão bem na companhia dela, mesmo me estressando, ela é minha paz.

Me estiquei na cama pra me espreguiçar.

Me assustei com meu celular tocando, quem é um infeliz que tá me ligando as 06:09 da manhã? Eu tenho preguiça de falar quando eu acordo.

Peguei o aparelho e vi que era Luisa.

— Que foi Luh... – Falei com a voz preguiçosa quase sem abrir a boca.

— Deus Marília que voz de preguiça. Bom dia!

— Bom...

— Pode quebrar uma pra mim por favor?

— Sabia que você queria alguma coisa.

Me sentei na cama e bocejei.

— Será que pode dar folga a Maiara hoje?

— Não.

— Marilia por favor! Quero levar a Maiara pra uma casa de campo que aluguei.

— Não tenho nada a ver com isso, ela tem sábado e domingo de folga.

— Marilia...

— Tô brincando Luisa. Pode ir com ela.

— Obrigada! Te amo!

—  No final do mês eu desconto no salário dela.

— Marilia!

Eu comecei a rir e fui pro banheiro.

— Vou sair com um cara hoje.

— Com um cara? Que cara?

— Não conheço, conheci por um aplicativo.

Coloquei pasta na escova e comecei a escovar meus dentes.

— Marilia! Você não vai!

— Vou sair com ele em um restaurante Luisa, relaxa. – Falei com a boca cheia de pasta.

— Eu não gostei disso!

— Se ele for um escroto, deixo ele lá e venho pra casa, prometo.

Luisa deu um milhão de recomendações antes de desligar e me perguntou qual restaurante eu iria.

Eu me arrumei pra trabalhar, minha vontade hoje era realmente zero.

Vesti apenas uma calça jeans, uma blusinha de alças preta e um suéter por cima. Amarrei meu cabelo em um coque bagunçado, e coloquei alguns jóias.

Já na empresa, avistei Maraisa sentada a sua mesa assim que cheguei no meu andar.

Ela ficou me encarando e sorriu.

— Bom dia senhorita Henrique!

Maraisa mexeu na gaveta e me entregou uma flor vermelha.

— Bom dia senhora Mendonça, como se sente essa manhã?

— Obrigada pela flor, e estou com muita preguiça. O que tenho pra hoje?

— Para sua sorte, nada muito importante. Provavelmente temos que começar a trabalhar nos lucros gerais do primeiros meses sobre seu comando.

Eu fiz apenas uma careta pra ela.

— Maraisa tá afim de pegar uma praia?

— Hoje? – Ela parecia confusa.

— Sim, vamos? Vou ligar pra Julyer, chame seu amigo.

— Marilia, estamos trabalhando, você é doida?

— Você e ele trabalham pra mim. Encontro vocês lá. Mando a localização no seu whatsapp.

No caminho pra meu apartamento liguei pra Julyer que ainda tava dormindo, ele reclamou, mas quando chamei pra ir a praia ele se animou no mesmo momento.

Eu apenas coloquei um biquíne, um short jeans, um tênis branco, resolvi colocar uma camisa social aberta por cima e um chapeuzinho.

Passei na casa de Julyer, falei com os pais dele, e enfim saímos para a praia.

Julyer usava apenas um short rosa com umas frutinha, uma camisa branca, e um tênis, tinha um óculos escuro no rosto.

Chegando na praia, já vimos Maraisa e Bruno ambos sentados no capô do carro.

Viajei na beleza de Maraisa, ela usava apenas a parte de cima do biquíne, um short jeans e um boné preto. Estava descalça.

— Marilia, você é a melhor patroa que eu já tive!

Bruno pulou do carro, deu um abraço em Julyer e um beijo no meu rosto.

Descemos pra praia, eu nunca vi alguém tão desleixada como Maraisa, ela parece que nem passou protetor solar, a pele dessa menina daqui uns minutos vai tá igual um caranguejo.

Eu me sentei na areia embaixo da sombra de uns coqueiros na companhia de Maraisa.

Julyer e Bruno pegaram uma bola de futebol e ficaram brincando entre eles. A praia tava quase vaga o que eu achei perfeito.

Peguei um protetor solar na minha bolsa e olhei pra Maraisa. 

— Deixa eu passar protetor solar em você Maraisa Henrique.

— Eu não gosto muito do cheiro disso.

— Vem logo Maraisa!

Ela fez um bico nos lábios, mas se sentou entre minhas pernas. Afastei o cabelo dela pro lado, derramei um pouco do produto em minhas mãos e passei em suas costas e braço.

Ela virou de frente, eu peguei o protetor próprio pro rosto e passei.

Vi os olhos de Maraisa no meu biquíne, ela pegou na pontinha do laço e puxou abrindo.

— Maraisa!

Eu dei um tapa na mão dela, que apenas se divertia com a situação,  amarrei novamente o negócio. Péssima ideia vim com um biquíne que amarra na frente.

Quando terminei de passar protetor nela, Maraisa me roubou um selinho e saiu correndo atrás de Julyer e Bruno.

Eu tirei meu short, vi os três olhar em minha direção. Bruno começou a rir e colocou a mão no ombro de Maraisa, ele deu dois tapinhas. Por que amigos tem que ser assim?

— Precisava matar a moça Marília? – Gritou Julyer.

Eu fui jogar vôlei com eles, quando fui pegar a bola acabei caindo com tudo de cara no chão. Ouvi a risada dos três, Maraisa tava parada próximo a mim tentando controlar a risada.

— Tudo bem?

Ela deu a mão pra me ajudar a levantar, eu puxei ela que caiu por cima de mim.

— Marilia!

Joguei Maraisa pro lado na areia e sai correndo pro mar.

Notei que ela tava me seguindo, quando fui entrando no mar, uma onda me pegou e me derrubou.

Passamos a manhã inteira na praia, andamos de Buggy, jet ski, prancha. Fazia tempo que eu não me divertia assim com amigos.

Fui para casa me sentindo leve e feliz, um dia que esqueci todas minhas responsabilidades, e fui apenas Marília.

(.) (.)

Já não aguento mais escrever, e nem chegou na metade ainda 😭

Senhora MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora