capítulo 25

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P.o.v  Maraisa

Estava devidamente arrumada em uma saia social da cor rosa claro, uma blusa de alças brancas, e um terninho que fazia conjunto com a saia. Amarrei meu cabelo em um coque com todos os fios presos e firme no topo da cabeça, passei um batom vermelho, uma base e um rímel. Para completar um salto alto fechado preto.

Estava na cozinha passando um café, Maiara e Bruno tavam comendo um resto de pizza gelado.

— Tem gente que depois que uma tal de Marília Mendonça, passou a ser a CEO da empresa, todo dia vai trabalhar impecável! – Maiara falou encarando meu corpo, e Bruno soltou um assovio.

— Eu sempre fui trabalhar bem vestida!

— Deixe de mentir Maraisa, tem dias que você nem banho tomava! – Maiara apontou um dedo pra mim.

Eu não dei muita bola pra eles, porque senão eles não parava.

Quando chegamos na empresa, Marília ainda não estava, eu me sentei na minha mesa, e comecei a organizar alguns papéis, segunda feira sempre é uma bagunça. Logo ia começar a atender telefonemas e marcar a agenda dela da semana.

Estava entretida mexendo no computador quando ouvi o bip do elevador. Desviei minha atenção rapidamente.

Eu babei quando vi as roupas que Marília usava essa manhã. Ela só pode tá brincando com meu alto controle.

Eu acompanhava ela caminhando em minha direção, eu espero que não esteja com cara de idiota.

Marília não falou nada, apenas tirou uma caixinha do bolso e jogou em cima da minha mesa. Ela piscou um olho pra mim e foi em direção a sua sala.

Peguei a caixinha e abri, vi um bilhete.

"Senhorita Henrique, já que não teve a oportunidade de rasgar minha calcinha noite passada e aumentar sua coleção, eu mesma resolvi trazê-la pra você. Espero que goste da cor"

Peguei a calcinha de dentro da caixinha, e comecei a rir quando vi que era da cor bege. Tem toda razão Marília Mendonça, qualquer cor fica perfeita no seu corpo.

Coloquei a calcinha no bolso do meu terninho, e joguei a caixinha vazia na gaveta.

Peguei toda a pilha de papéis que Marília teria que ler e assinar hoje, e sai em direção a sua sala.

Dei duas batidas e ouvi ela me mandar entrar.

Marília tava encostada na mesa tomando uma xícara de café, ela tinha abotoado o terno, obviamente só desabotoou para me provocar e me deixar ver o que ela usava por baixo.

— Bom dia senhora Mendonça!

Eu falei e eu deixei a pilha de papéis em cima da sua mesa.

— Precisa ler e assinar esses papéis. E tem um almoço com seu pai as 13:00.

Marília revirou os olhos pra mim.

— Grande dia! Mais alguma coisa? – Ela falou e desceu os olhos por meu corpo.

Eu puxei a calcinha do meu bolso e segurei na ponta do meu dedo indicador.

— Quero te agradecer pelo presente!

Marília sorriu para mim, e mordeu o próprio lábio inferior.

— Sabe Maraisa Henrique, eu ainda estou inconformada pelo tanto de vezes que me deixou excitada e não me fez gozar!

Eu enfiei a calcinha no bolso do meu terninho e caminhei em direção a ela.

Marília estava com as duas mãos nos bolsos da calça, eu parei em sua frente, ela continuou na mesma pose.

Levei minha mão para os botões do seu terninho e abri.

— Gosta demais de me provocar!

Eu circulei meus braços em sua cintura por dentro do terno, e dei um cheiro em seu pescoço. Marília tirou as mãos do bolso e circulou meu pescoço com os dois braços.

— O que acha de um sexo matinal? Sempre quis te fuder em cima dessa mesa!

— Acho que você deveria voltar aqui no final do seu expediente senhorita Henrique, estou louca por isso, mas tenho muito trabalho... pode deixar esse compromisso agendado senhorita Henrique!

Eu roubei um beijo rápido dela.

— Sim senhora!

Sai de sua sala com um sorriso quase rasgando meu rosto.

Não é possível que hoje não aconteça.

Estava concentrada trabalhando, fui até o segundo andar deixar um documento que o senhor Kyle me pediu, quando entrei na sala dele, ele sorriu ao me ver.

— Obrigada senhorita Henrique!

— Precisa de mais alguma coisa senhor? – Tentei ser simpática, mesmo não indo muito com a cara daquele homem.

Ele olhava pra duas fotos em suas mãos.

— Conhece essas duas pessoas Maraisa?

Ele falou e jogou as duas fotos na mesa.

Gelei quando vi que era uma foto minha e de Marília dançando juntas, e outra estávamos de mãos dadas.

Eu olhei das fotos pra Kyle, ele tinha um sorriso nos lábios.

— Sabe que é errado não é?

— É errado me envolver com alguém agora? Apenas por ela ser a CEO dessa empresa?

— Olha Maraisa, se eu fosse você, terminava o que começou com Marília imediatamente. Ela está apenas se aproveitando de você. Ela já te pediu em casamento?

Eu franzi o cenho pra Kyle, não entendia aonde ele queria chegar com aquela conversa.

— O que está tentando me falar senhor?

Kyle se levantou, colocou uma mão no bolso da calça, e foi até uma mesa com bebidas, se serviu de uma xícara de café.

— Marilia precisa de um casamento, de um par, principalmente que tenha conhecimentos administrativos para não perder a empresa. E por que não, a secretária que trabalhou mais de dois anos, e é super querida de seu pai? Uma jovem injenua e facilmente manipulada.

— Por que ela precisa de um casamento?

— Está na cláusula da herança.

Me lembrei da reunião com os acionistas, uns dias depois Marília realmente me fez uma proposta ridícula de casamento, então ela começou a me tratar bem, e se aproximar de mim.

Quando o convite de casamento viria novamente? Ela estava apenas se aproveitando dos meus sentimentos.

Inferno!

Sai da sala de Kyle com os olhos cheios de lágrimas. Tentei me controlar antes de chegar no último andar.

Quando a porta do elevador abriu, respirei fundo e sai caminhando pra minha mesa.

(.) (.)

Senhora MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora