Capítulo quatro

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Rafaella Sienna Costa -20 anosApelido:Sienna,morena

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Rafaella Sienna Costa -20 anos
Apelido:Sienna,morena

📍São Paulo-Zona leste

⏳Alguns anos antes...⏳

São Paulo, região da zona leste... Minha vida sempre foi marcada pela precocidade. Tudo aconteceu muito cedo e rápido demais, como um filme acelerado que eu não consegui pausar. Mas vocês vão entender tudo assim que eu começar a contar.

Desde que me lembro, sempre vivi com minha mãe, Renata Sienna. Nossa relação nunca foi das melhores; éramos como duas estranhas dentro de casa. Meu pai morava no Rio de Janeiro, na CDD, e eu quase não tinha contato com ele. A ausência dele deixava um vazio que minha mãe nunca soube preencher.

Certa manhã, enquanto me arrumava para ir à escola, ouvi minha mãe me chamar , ela trabalhava em um bar perto de casa. Ela estava sempre vivia correndo e cheia de responsabilidades.

Renata(mãe):Garota, tô saindo pra ir trabalhar! Você vai pro colégio e é de lá pra casa, tá? Não quero você na rua não. E quando chegar da escola, você tem que fazer a janta! Às 18:40 tô em casa!- Ela disse apressada, saindo pela porta.

Naquele dia, fiz algo que sabia que não deveria ter feito. Se eu tivesse pensado um pouco mais, teria evitado muitos problemas. Naquela época, havia um menino que mexia muito comigo... Miguel. Na verdade, até hoje ainda tenho sentimentos confusos por ele. Mas a verdade é que ele me decepcionou de uma forma que eu nunca esperei.

Eu:A gente tem que ser rápido porque 18:40 minha mãe chega e eu não quero apanhar.- eu disse nervosa, tentando manter a calma.

Miguel:Calma, amor! Relaxa! Vai ser tudo rapidinho- respondeu Miguel com um sorriso confiante enquanto começava a me beijar.

Ele me jogou na cama e nossos beijos se tornaram mais intensos. Mas lá no fundo, uma vozinha dizia para eu parar e pensar. Eu estava tão confusa...

Eu:Será que vai doer? Você não vai contar pra ninguém, né?- lancei as perguntas uma atrás da outra, meu coração disparado.

Miguel:Não! Relaxa! Vai ser só entre nós.- ele disse enquanto continuava a me beijar.

A verdade é que eu estava desconfortável. Lembro-me claramente da sensação estranha no meu estômago; era como se estivesse prestes a pular de um precipício sem saber o que havia embaixo. Mas tudo isso era por causa do meu "namoradinho", certo? O amor adolescente faz a gente tomar decisões impulsivas.

Quando finalmente aconteceu, doeu muito. A dor era intensa e desconfortável; parecia que estava quebrando algo dentro de mim. E quando ele terminou... bem, foi um misto de sensações horríveis e confusas. Fiquei com ânsia e acabei cuspindo seu gozo.

Antes da minha mãe chegar em casa, entrei em modo frenético: troquei o lençol rapidamente para esconder qualquer vestígio do que tinha acabado de acontecer. Corri para o banheiro, lavei-me apressadamente e fiz a comida - tentei focar na rotina para esquecer o turbilhão emocional pelo qual passei.

Quando ela finalmente chegou em casa, encontrei-me assistindo televisão como se nada tivesse acontecido.

Renata (mãe): Cheguei Sienna! Fez a comida?- perguntou ela ao deixar a bolsa em cima da mesa com um ar exausto.

Eu:Fiz sim, mãe! Tá aí no fogão, é só esquentar! - respondi sem tirar os olhos da novela que passava na TV.

A verdade é que aquelas horas se tornaram uma espécie de burburinho na minha cabeça: tudo estava acontecendo rápido demais e eu mal conseguia acompanhar.

Era assim, eu e minha mãe mal trocávamos uma palavra em casa. O silêncio pairava no ar como uma nuvem pesada. Eu só conversava quando ia para a escola, onde tudo parecia mais leve e divertido.

No dia seguinte, acordei e fiz tudo que normalmente fazia. A rotina era quase automática. Quando o relógio marcou onze e pouco, me arrumei para ir para a escola, mas algo estava diferente. Minha perereca estava toda ardida e inchada, como se estivesse me lembrando de algo que eu preferiria esquecer.

Coloquei a mochila nas costas e saí de casa trancando tudo atrás de mim. Minha mãe já tinha ido trabalhar, então eu estava livre para enfrentar o dia.

Na escola🏫

Ana: Como que foi, amiga? Gostou? O Miguel parece estar felizão hoje! - disse ela com um sorrisinho malicioso, apontando discretamente para o garoto que me deixava nervosa.

Eu:Depois eu te conto direito no recreio, Aninha. Agora a professora vai ficar reclamando! - respondi baixinho, tentando não chamar mais atenção.

Professora: Rafaela Sienna e Ana Gabriele , parem de fuxicar e prestem atenção na aula! - chamou nossa atenção com um olhar severo.

Eu\Ana Desculpa, professora! - nós duas respondemos em uníssono.

Após quatro longos tempos de aula, finalmente chegou o intervalo. O cheiro da pizza no refeitório me fez salivar. Comprei uma fatia e me sentei com as meninas.

Isabela: Conta tudo e não esconde nada! Cê gostou? - perguntou com os olhos brilhando de curiosidade.

Eu:Aí gente, eu não achei isso tudo que vocês falam não... doeu muito! - mordi um pedaço da pizza enquanto tentava esconder minha insegurança.

Isabela: Depois melhora! É porque foi a primeira vez. - ela disse tentando me animar.

Ana: Mas o sonho de todo mundo é pegar o Miguel, e você conseguiu, né? - ela soltou uma risada leve, como se fosse mais fácil do que realmente era.

As meninas eram um ano mais velhas que eu e bem mais vividas. Era como se tivessem um mapa do tesouro que eu ainda estava tentando decifrar.

Eu:Aí sei não... acho que ele nem quer namorar comigo... - confessei com um suspiro resignado.

Isabela: Tem que ver, amiga! Talvez sim e você não sabe... - ela disse com um brilho esperançoso nos olhos.

Eu:Eu não vou sair perguntando, né? Vou esperar ele vir falar comigo... - respondi enquanto olhava ao redor na esperança de avistar Miguel.

E falando nele...

Miguel : Oi meninas! - ele sorriu ao se aproximar, fazendo meu coração disparar como se tivesse pulado uma batida.

Eu fiquei toda boba, sem saber como reagir. As palavras pareciam ter desaparecido da minha mente.

Ana : Meu Deus! - ela riu discretamente enquanto me observava ficar vermelha como um tomate.

Aquele momento parecia mágico, mas também aterrorizante. O que eu diria? Como eu agiria? Eu só queria que ele soubesse como me sentia sem precisar dizer uma palavra!

Desejos ProibidosOnde histórias criam vida. Descubra agora